Muito antes de ser iniciado na maçonaria, eu era membro ativo de um centro espírita. Certo dia um palestrante convidado de uma cidade “onde o vento faz a curva” falou sobre “O exemplo”. Em sua palestra além do cunho religioso ele contou uma passagem pessoal de sua vida, do qual quando criança ele tinha como vizinhos um casal de portugueses onde o marido tratava a família com tanto respeito e carinho que mesmo sem o homem falar nada, já o inspirava em se tornar melhor. Daí ele falou da necessidade de sermos exemplos para o mundo, que mesmo calados nós ajudaríamos o mundo a evoluir, que nossas ações dali para frente poderiam inspirar as outras pessoas a serem melhores. Resumindo, aquele cara falou bonito para caramba e realmente cada coisa que ele falou naquele domingo pela manhã me tocou no coração. O palestrante inspirava as outras a darem o melhor de si para o próximo.

Infelizmente não sei qual o nome daquele ser iluminado, mas uma coisa me chamou atenção. Ao final da reunião, lá estava ele indo com sua família indo para o carro, e no carro um adesivo singular do que mais tarde viria a ser a fraternidade do qual eu faço parte. Aquele dia foi providencial para eu querer me tornar maçom. Desde então eu só conseguia pensar em uma coisa “Cara, o que esse sujeito faz lá dentro que o fez se tornar um paladino?”. Logo minha curiosidade pela fraternidade aumentou exponencialmente.

O Segundo maçom a me inspirar foi um personagem fictício, mas este foi um dos motivos principais a impulsionar a minha busca. Peter Solomon, Personagem coadjuvante e por sinal a vítima no romance de Dan Brown “O símbolo perdido”. Sujeito cativante e honestíssimo, de caráter ímpar e muito sinistro, do qual fez pensar “Eu vou ser maçom. Eu preciso aprender a me tornar esse paladino do mundo real”.

Daí eu resolvi procurar um conhecido que era membro da fraternidade (Hoje meu padrinho), este era um homem sério que também fazia parte do mesmo centro espírita que eu. Mas como? A única ligação que tínhamos era que sua esposa tinha sido a minha primeira professora no jardim escola. Olha eu nunca vi algo hermético ser tão fugaz como aquilo, ou seja, A Verdadeira Vontade. Falei com minha esposa que queria muito ser um Maçom, daí perguntei se ela me apoiaria se eu conseguisse uma audiência com aqueles homens misteriosos, então a mulher da minha vida falou “Eu não sei o que esses homens fazem lá, você também não, mas se é algo do qual sua felicidade depende, vai fundo…”.

Eu dormi sem saber como procurar meu padrinho. Acordei no dia seguinte e peguei o ônibus para ir a autoescola, que para minha surpresa, lá estava a pessoa com que eu precisava falar. O universo estava conspirando, então precisava fazer algo, daí eu usei um pouco da minha cara de pau e perguntei “Oi Rogério, como funciona esse lance de maçonaria?”

Os olhos dele brilharam, conversamos mais algumas vezes e passei por uma série de entrevistas. O caminho foi árduo, mas valeu a pena!

Quando eu penso em nossa Augusta Fraternidade hoje, lembro quando fui iniciado, pois naquele dia especial colocaram um selo em minha alma, do qual toda vez que penso em algo que vai contra nossos princípios uma voz vem no meu âmago e fala “Veio, na boa. Hiram Abiff ia ficar orgulhoso disso?”, geralmente esse selo é a minha esposa que fala “que bonito hein maçom”, então apesar de todos os problemas políticos que a maçonaria atual passa, eu amo ser maçom e tento fazer a manutenção da ordem escolhendo a dedo boas pessoas, de forma a ensinar aos aprendizes nossos valores da melhor forma possível, o exemplo.

Fonte: https://maconaria-tupiniquim.webnode.com/news/quando-me-encontrei-com-a-maconaria/

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