Neste drama divulgamos mais uma das antigas lendas. Ela foi dada à humanidade em linguagem pictórica pelas divinas Hierarquias que nos guiaram pelo caminho do progresso, para que a humanidade pudesse subconscientemente absorver os ideais pelos quais teria que lutar em vidas futuras.

Embora a lenda de Tanhauser esteja envolta em fraseologia medieval e católica, e descartemos a ideia de que qualquer homem tenha o poder de perdoar pecados ou negar a remissão, ela contém verdades espirituais que se tornam mais claras a cada ano que passa. Referem-se ao pecado imperdoável: o único pecado que não pode ser redimido, mas deve ser expiado. Como se sabe, Jeová é o mais alto Iniciado do Período Lunar, o regente dos Anjos, que durante este presente Dia de Manifestação trabalha com nossa humanidade por meio da Lua. Ele é o regente da fecundação e o fator principal da gestação, o que propícia a prole ao homem e aos animais, usando o raio lunar como seu veículo de trabalho durante as épocas propícias para a fecundação.

Jeová é um Deus ciumento de suas prerrogativas e, portanto, quando o homem comeu da árvore do conhecimentoe assumiu o ato da fecundação, Ele o expulsou do paraíso para que vagasse pelo deserto do mundo. Ali não haveria perdão. Deveria expiar em trabalhos e dores, colhendo o fruto de sua transgressão.

Antes da Queda, a humanidade ainda não havia conhecido o bem nem o mal. Os homens faziam o que lhes era ordenado e nada mais. Ao tomar os problemas em suas próprias mãos pela dor e tristeza advindas de sua transgressão, aprenderam a diferença entre o bem e o mal, tornando-se capazes de escolha. Adquiriram prerrogativas. Esse grande privilégio compensa o sofrimento e a tristeza que o homem tem de suportar para expiar as ofensas contra a Lei da Vida e que consiste em praticar o ato criador quando os raios estelares não são propícios, causando assim parto doloroso e uma infinidade de outras doenças que são a herança da humanidade de hoje.

Em relação a isso, posso mencionar que a Lua é a regente do signo de Câncer e que o câncer, em sua forma mais maligna, não admite cura, não importa quantos medicamentos a ciência possa produzir de tempos em tempos. Investigações sobre a vida das pessoas que sofrem dessa doença, tem provado em todos os casos que a vítima foi extremamente sensual em existências anteriores, embora eu não esteja preparado para dizer se isso é uma lei, uma vez que as investigações foram insuficientes para comprová-lo. Entretanto, é significativo observar que Jeová, o Espírito Santo, dirige as funções fecundantes por meio da Lua, que essa governa Câncer e que aqueles que abusaram violentamente da função sexual, sofrem da doença chamada câncer, confirmando os dizeres da Bíblia de que todas as coisas podem ser perdoadas menos o pecado contra o Espírito Santo.

Há uma relação mística entre o Querubim com a espada flamejante no Jardim do Éden e o Querubim com a flor aberta à porta do Templo de Salomão; entre a lança e a taça do Graal; entre a vara de Arão e o cajado do Papa que ambos floresceram e a morte da casta e pura Elizabeth, por cuja intercessão a mancha foi removida da alma do errante Tannhauser. Quem nunca conheceu o tormento da tentação, não consegue avaliar a posição de alguém que sucumbiu. O próprio Cristo sentiu, no corpo de Jesus, toda a paixão e todas as tentações a que nós também estamos sujeitos, e isto aconteceu com o propósito de fazê-lo misericordioso, como um Sumo Sacerdote, em relação a nós. Tendo Ele sido tentado, isso prova que a tentação em si não é pecado.

A condescendência é que é o pecado; portanto, Ele estava sem pecado. Quem for assim tentado e resistir, é, com certeza, altamente evoluído; mas devemos lembrar que ninguém da presente humanidade ainda conseguiu chegar a esse estágio de perfeição. Nós nos tornamos melhores homens e mulheres quando após pecarmos, e, em consequência sofrermos, despertamos para o fato importante de que o caminho do transgressor é penoso. Assim, tornamos ao caminho da virtude e somente aí encontramos a paz interior. Tais homens e mulheres alcançam um estágio mais elevado de desenvolvimento espiritual do que aqueles que vivem vidas castas sem tentações, por estarem num ambiente protegido. Cristo enfatizou isso quando disse haver maior regozijo por um pecador arrependido, do que por 99 que não precisam se arrepender.

Há uma distinção muito significativa entre inocência e virtude e o que é mais importante ainda, é que devemos perceber a falácia do duplo padrão de conduta que dá liberdade ao homem, ou melhor, tudo perdoa no homem, enquanto insiste em que um passo em falso arruinará a vida de uma mulher para sempre. Se eu tivesse hoje que escolher uma esposa, e mais tarde descobrisse que sua vida estava manchada por um erro pelo qual sofreu, saberia que ela aprendeu a conhecer o sofrimento e com isso desenvolveu a compaixão e a indulgência. Adquiriu qualidades que torna-la-ão uma companheira mais compreensiva do que aquela que se manteve “inocente” no limiar da vida, e está sujeita a cair vítima da primeira tentação.

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