C.B.C.S – Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa – 28 e 29/09/2013

História

Do Regime Escocês Retificado – Resumo Breve
     Pelo B.:A.:I.: Deputado Mestre Custódio Junqueira Ferraz

A história das Organizações e dos Ritos Maçônicos é frequentemente de difícil esclarecimento pois apesar das datas serem importantes, os acontecimentos e fatos não são estanques a uma data, eis que são gestados lentamente e só ligamos o fato a uma data quando o ápice daquele acontece. Isto não foi diferente no RER.
O sistema maçônico e cavalheiresco cristão denominado Regime Escocês Retificado foi constituído na França no terceiro quarto do século XVIII.

É um Rito Cristão, mas frise-se, sem nenhum caráter confessional do termo, mas sim, calcado no seu conteúdo esotérico e filosófico. É aparentado com os gnosticismos judaico, cristão e helenístico, ou seja, uma gnose maldita pela ortodoxia que degenerou aqueles.

Este rito, à semelhança de outros ritos da Maçonaria Especulativa surgida no Reino Unido, mantém uma grande parte do tronco inicial, essencialmente dentro das Lojas Azuis ou dos três primeiros graus.

Temos como datas marcantes no RER a Convenção de Unwürde (1754), a Convenção de Altenberg (1764),
de Kohlo ( 1772) Convenção de Brunswick (1775), a Convenção de Lyon (1778) também chamada Convent des Gaules que definiu sua forma atual e, finalmente, a Convenção de Wilhemsbad (1782) que confirmou o Convento de Lyon.

Muitos influíram na criação do RER, como Von Hundt, Charles de Hesse, Ferdinand de Brunswick, Jean de Turkheim, Saint-Martin, Mesmer, Martinets de Pasquallys, etc. Mas foi sem dúvida o gênio de Jean-Baptiste Willermoz quem estruturou e conduziu tudo até o seu final. Ainda que tenha suas raízes fincadas em data anterior a 1767, ou mais exatamente em 1756 consoante alguns historiadores, o RER foi gestado nesta data, consolidou-se em 1778 no Convento de Lyon, e foi reafirmado no Convento de Wilhemsbad em 1782, permanecendo puro até o presente momento, embora Willermoz continuasse a trabalhar nos diversos rituais até 1802.

É preciso assinalar que a noção do Regime tem a ver com a organização estrutural do sistema e a do Rito com a prática ritual propriamente dita. As duas expressões: Regime Escocês Retificado e Rito Escocês Retificado não são pois intercambiáveis nem significam o mesmo, ainda que o uso diário as confunda facilmente, possivelmente por causa de suas siglas comuns: R.E.R. A noção de regime nos remete à época em que não havia a separação dos três primeiros graus geridos por uma Potência Simbólica. Hoje isso é inconcebível no mundo todo e, aqueles que insistem nisso são postos na irregularidade, como por exemplo o Grand Prieuré de Gaules.
Ressalte-se por oportuno, que o termo Retificado do RER não significa que este tenha “retificado” ou “corrigido” o REAA, belíssimo e largamente praticado no Brasil e Europa. Jamais pretendeu e não pretende isso. O termo “Retificado” tem outra conotação. Tem origem na Estrita Observância Templária e nas Lojas Escocesas que foram retificadas em Dresde na Alemanha. Alguns historiadores afirmam que em 1742, foi fundada em Paris uma Loja que praticava o R.E.R., e tinha raízes na Estrita Observância, mas isso carece de maiores comprovações.

Em face de uma dispersiva disparidade de Ritos e Sistemas Maçônicos existentes na Europa, e à preponderância que a Estrita Observância Templária alemã começava a ter no mundo maçônico, intrigado, fascinado e depois um pouco céptico pelo sistema maçônico dos “Eleitos Cohen” de Martinez de Pasqually, Jean-Baptiste Willermoz parte para a criação de um Rito que amalgama essas três tendências:

1) A Maçonaria existente em França na sua vertente mais significativa – Escossismo;

2) As doutrinas dos Elus Cohens do Sistema de Martinetz de Pasquallys;

3) O Sistema da Estrita Observância

Templária do Barão Von Hundt também apelidada de Maçonaria Retificada (Reforma de Dresde), sistema alemão em que a vertente cavalheiresca se sobrepunha à maçônica
já que se reclamava de não só herdeira mas restauradora da Ordem do Templo extinta em 1312.A Estrita Observância foi criada em 1764 no Capítulo de Clermont, e introduzida na Suíça em 1772 por André Buxtorf na Basiléia, e por Diethelm Lavater em Zurich.Nesta época a parte francesa da Suíça fazia parte do Diretório da Borgonha – Estrasburgo. À guisa de curiosidade vale observar que em 1844 o Diretório Escocês Retificado de Zurich participou da criação da Grande Loja Suíça Alpina.

Mas voltando à nossa linha de raciocínio, vemos que Willermoz, muito inteligentemente, retira da S.T.O. as suas pretensões Templárias, no sentido de restauração político material e temporal da Ordem do Templo e reclama-se de uma herança espiritual apenas. Mantém o conteúdo esotérico do sistema de Pasquallys mas avança para um ecumenismo não impregnado da teosofia martinezista (não Martinista, frise-se) mas introduzindo as teses de Martinetz de Pasquallys sobre a origem primeira do Homem e a sua condição atual e destino final no Universo. Willermoz pretendia através da Maçonaria, a adaptação dos ensinamentos secretos recebidos de Pasquallys e o aperfeiçoamento do sistema maçônico, com base na doutrina e no sistema oriundo da Ordem dos Elus Cohens e dos demais sistemas existentes. Em dado momento Willermoz teve a ajuda de Saint-Martin, que em setembro de 1772 foi seu hóspede em Lyon.

Enquanto em geral o R.E.R tem 3 graus simbólicos e 3 graus Filosóficos , outros Ritos têm um número muito maior de graus filosóficos, além dos três simbólicos, mas isso não significa menor volume de conhecimento ou menor instrução ou evolução a ser recebida ou percorrida através dos diferentes graus, valendo a observação de que vemos algumas semelhanças e ensinamentos de altos graus de outros Ritos ou Ordens, permeados nos ensinamentos Retificados.Em Loja Simbólica os obreiros, além de avental e luvas, usam,todos, uma espada e um chapéu triangular embora só a partir do grau de mestre se possam cobrir.

Dia 28/09/2013 (sábado) às 13h na Igreja Anglicana, MISSA TEMPLARIA, participaram como Cavaleiros Templários os mesmos mas com os cargos diferentes:- Wagner Veneziani Costa, GCT – Eminentíssimo e Supremo Grão-Mestre, Santiago Ansaldo de Aróestegui, GCT – Eminentíssimo e Supremo Grão-Mestre Passado, Mario Sérgio Nunes da Costa, GCT – GME de São Paulo e Eminentíssimo e Supremo Grão-Mestre Passado, Manoel Oliveira Leite, GCT – Eminentíssimo e Supremo Grão-Mestre Passado, Saulo Ortega Trevisan, GCT – M.A.D.E. Grande Senescal , Roberto Expedito Casemiro – M.A.D.E. Grande Senescal de Honra, Dalmo Lousada, Douglas Cetertick, GCT – Grão Prior do Templo, Fernando Colacioppo GCT, Luiz Adive Palmeira – Grão-Mestre Adjunto do MS, Gerald Koppe – Secretario Administração do Paraná, Ivanildo Francisco Gomes – Garante de Amizade da Grand Lodge of Delaware-EUA
Francisco José de Sousa (GM Piaui), José Anízio de Araújo (GM Ceará), Raimundo Farias (GM Pará), Silvio Souza Cardim (GM Bahia)

 

Os Cavaleiros Templários

                                                                                                             José Marcelo Braga Sobral – F.R.C

“É chegando o tempo da reabilitação da Ordem do Templo e, a medida que a luz do Templo, cresce, a luz de quem a havia condenando ira diminuindo. Que aquele que, neste mundo, pode compreender, compreenda: soou a hora do julgamento. O Templo, mais poderosa que nunca difundirá sobre a terra sua força e o seu vigor”. Raymond Bernard.

1. Apresentação

Oferecemos aos Respeitáveis Irmãos, a presente pesquisa sobre a venerável Ordem do Templo. Como outros trabalhos anteriores, ele visa tão somente a motivar os irmãos em direção às suas próprias pesquisas. Somente dessa forma é que poderemos mergulhar no coração do conhecimento.

Os altos graus da maçonaria homenageiam as antigas Ordens de Cavalaria e, entre elas, os Cavaleiros Templários assume grande destaque. Há mesmo um desses graus inteiramente dedicado aos ideais e à bravura dos monges guerreiros.

2. As Cruzadas:

(Para a História oficial, as Cruzadas foram expedições militares organizadas pelos nobres cristãos desde o final do século XI, durante a Idade Média com o objetivo de propagar o cristianismo e salvar o túmulo de Cristo dos “infiéis” (os muçulmanos). Além das motivações religiosas, as expedições buscavam também a abertura das rotas terrestres de comércio com o Oriente e a conquista de novos territórios.

As oito cruzadas oficiais ocorreram entre 1095 e 1270. Eram formadas por cavaleiros e comandadas por nobres, príncipes ou reis. A primeira, por exemplo, convocada pelo papa Urbano II, teve como objetivo tomar do controle muçulmano o Santo Sepulcro, em Jerusalém.

3. Os Cavaleiros do Templo – Milites Templi.

A Ordem dos Pobres Cavaleiros do Cristo e do Templo de Salomão, mais conhecida como Ordem do Templo, foi fundada em 1118 por Hugo de Payns e Godefroy Saint­Omer. Posteriormente, outros 7 cavaleiros se uniram a eles. A nova Ordem e seus nove obreiros fizeram um juramento ao Patriarca de Jerusalém, em que se comprometiam a proteger os peregrinos que viajavam para os lugares santos. Em 1227, São Bernard de Claraval lhes deu uma Regra e o Concílio de Troyes aprovou-a integralmente Em pouco tempo veio a se transformar na mais poderosa Sociedade secreta da Idade Média e exerceu tremenda influência no desenvolvimento da civilização cristã.

Na verdade. a Ordem do Templo se transformara numa Organização poderosíssima militar, econômica e misticamente

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