É com imensa alegria, meus Irmãos, que mesmo em face das minhas dificuldades e limitações
de acesso as informações maçônicas históricas, descobrieste humilde achado sobre o local onde o nosso segundo Soberano Grão-Mestre, D. Pedro (Ir- mão Guatimozim), foi iniciado à nossa Sublime Ordem. Em sabendo-se D. Pedro foi iniciado na Arte Real em 02 de agosto de 1822, na A∴R∴L∴S∴ Comércio e Artes n° 0001, Loja Primaz do GOB, hoje localizada na Rua do La- vradio, 97 – Centro – CEP: 20.230-070 – RJ – RJ, e que a mesma Augusta Loja teve outros endereços anteriormente, todos no Rio de Janeiro, antes de se estabelecer na Rua do Lavradio, como por exemplo, em 1815, na casa de João José Vahia, à rua do Lavradio, como por exemplo, em 1815, na casa de João José Vahia, à rua Pedreira da Gloria, onde a Loja Comércio e Artes foi fundada, segundo site o cial da Loja em (http://www. comercioe- artes.com.br/ historia-loja. php); depois, reer- guida a 24 de junho de 1821, com o título “Comércio e Artes na Idade d’Ouro”; sob os auspícios do Grande Oriente de Portugal, na Rua do Fogo (atual Rua dos Andradas), entre a Rua das Violas (atual Teó lo Otoni) e Rua Estreita de São Joaquim (atual Marechal Floriano), inicialmente, no Rito Adonhi- ramita (razão dos pseudônimos heróicos dados aos Irmãos integrantes) e, logo posteriormente, no Rito Francês, ou Moderno, por in uência da Maçonaria francesa, sendo o Rito o cial do Grande Oriente do Brasil àquela época.

Faz-se necessário transcrever brevíssimo tre- cho da história da A∴R∴L∴S∴ Comércio e Artes n° 0001, constante em seu sítio eletrônico o cial, (abrem-se aspas): “é oportuno registrar o trecho da Ata publicada nas páginas 23 e 24 do livro “Casos de Maçonaria”, do Irmão Pedro Henrique Lopes Casals e nas páginas 116 e 117 do livro “História Geral da Maçonaria”, do Irmão Nicola Aslan:
“Aos vinte e cinco dias do segundo mês do ano da V∴L∴ de 5822” – já aqui usando um calendário maçônico (Quarta-feira, 15/05/1822 da E∴V∴ sob a presidência do Ir∴ GRACCO – Cap. João Mendes Viana), o Ir∴ DIDEROT (Joaquim Gonçalves Ledo) propôs “nomear uma Comissão de sete membros, destinada a redigir a Constituição Brasílica Maçô- nica, para reger o Gr∴ Or∴ e Maç∴ Brasiliense” – este é o primeiro registro da intenção de se fundar a nova Obediência. Dava assim mais um passo no cumprimento das promessas feitas ao seu irmão Cus- tódio, na carta já mencionada de 1808, em que dizia: …irei organizar no Brasil a primeira Loja que será o centro da propaganda liberal do Brasil.

Na mesma sessão, ele ainda propôs “se decorarem as CCol∴ com GGr∴ maio- res e darem-se estes por comunicação”, o que pode ser uma in- dicação da mudança pretendida do Rito Adonhiramita para o Francês ou Moderno, que será, como vere- mos, o rito adotado pelo Grande Oriente Brasílico (que Ledo chamou aqui de “Bra- siliense”), e onde o grau dado “por co- municação” signi – ca a dispensa de uma cerimônia ritualística especí ca, talvez pelo desconhecimento ou falta dos rituais necessários, o que é mais plausí- vel.” (Fecham-se aspas).

Após intensas buscas, sobre a Iniciação de D. Pedro, a muitas fontes como revistas maçônicas, internet, livros, a única informação que ainda se encontrava era a de que “D. Pedro foi iniciado na A∴R∴L∴S∴ Comércio e Artes”, mas das fon- tes pesquisadas por este modesto pedreiro espe- culativo, a enorme maioria não mencionava em que endereço realmente ocorreu esta Iniciação do Irmão Guatimozim. Então, perguntava-me: onde foi o primeiro endereço ou o local, ou, ain- da, se não foi o primeiro, onde D. Pedro (ainda Príncipe Regente), foi iniciado às Colunas da Sublime Ordem?
Veri cou-se, como por uma convergência de bus- cas, um achado muito interessante: fotos de ruínas e de casarios antigos (muitos atualmente já demoli- dos), no antigo Rio de Janeiro, com pequena história de seus proprietários e mudanças urbanas da capital carioca em: Revista Kosmos, ano 2, número 4, abril de 1905, no endereço eletrônico: (https://frags.wiki/ index.php?title=Uma_Casa_Hist%C3%B3rica), em que se avistou além de uma foto antiga em especial, o seguinte trecho:

“Em seguida à casa de Paulo Fernandes, e na con- tinuação da antiga Rua do Conde (lado par), nota o observador um sobrado com cinco janelas de peito- ril. É também um prédio histórico. Ali funcionou o Grande Oriente do Brasil até sua dissolução por or- dem de Dom Pedro I, (conforme trecho da Rua Frei Caneca, demolido).
Instaladas em 24 de Junho de 1821, na casa do o cial da marinha José Domingues Moncorvo, à Rua do Fogo, as três lojas maçônicas – Comércio e Artes, União e Tranquilidade e Esperança de Niterói, co- nheceu-se em breve ser pequeno o local para as reu- niões dos associados, constituídos pela melhor gente da época, ou antes, por todos os patriotas, seculares e eclesiásticos, que trabalhavam pela Independência do Brasil. Aboletou-se então a maçonaria no prédio da Rua do Conde. Nessa casa foi iniciado maçom o
Príncipe Dom Pedro, na sessão de 2 de Agosto de 1822, recebendo o pseudônimo de Guatimozim, e no dia 5 elevado ao grau de mestre por proposta do 1° Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, sendo depois colocado no alto cargo de Grão-Mestre.”. (Fonte: Re- vista Kosmo, Ano 2, Número 4, Abril de 1905).
Em Comentários Históricos sobre o Livro de Ouro da Maçonaria Brasileira, de Hercule Spoladore, da Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”, Londrina, em subtítulo “Resumo das Reuniões do Grande Oriente Brasílico” (http://solepro.com.br/Artigos/Maconaria/ Comentarios%20Livro%20de%20Ouro.pdf), cita que “O Grande Oriente Brasiliano estava instalado jun- tamente com as suas três lojas num sobrado situado na Rua do Conde, no 4, depois Conde D’Eu e hoje Frei Caneca.”. O Livro de Ouro da Maçonaria Bra- sileira é uma coleção de dezenove atas contidas num livro próprio o Grande Oriente Brasílico, Brasilia- no ou Brasiliense, conforme, vem grafado às vezes com um destes três nomes, desde a sua fundação em 17/06/1822 até a última datada de 11/10/1822, quan- do daí a alguns dias D. Pedro I mandou o Grande Oriente encerrar seus trabalhos.
O fechamento do Grande Oriente do Brasil, Bra- sílico (ou Brasiliano) se deu em 25 de Outubro de 1822 e reinstalado a 23 de novembro de 1831. (ht- tps://bibliot3ca.wordpress.com/pequena-historia-da- -maconaria-no-brasil-william-almeida-de-carvalho/)
Resumidamente, quem foram as personagens pro- prietárias destes prédios?

PAULO FERNANDES VIANA
(Rio de Janeiro, 1758 — Rio de Janeiro, 1° de maio de 1824) foi um magistrado brasileiro, membro da Ordem de Cristo, conselheiro do Paço de Lisboa. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, acompanhou a comitiva do príncipe regente Dom João na transferência da corte para o Brasil em 1808, diante da ameaça das forças militares do Imperador Napoleão Bonaparte, que invadiam Portugal.
Foi designado pelo príncipe regente em 10 de maio daquele ano para o cargo de intendente-geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, com fun- ções equivalentes ao que seria hoje a soma de um prefeito com um secretário de Segurança Pública, conforme Laurentino Gomes, em “1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte cor- rupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007, p.219, citado em (https://pt.wikipedia. org/wiki/Paulo_Fernandes_Viana).

JOSÉ DOMINGOS DE ATHAYDE MONCORVO
Adotou o nome heróico de Alcebíades, era Capitão de Mar e Guerra, ocupou o cargo de Secretário da Loja União e Tranquilidade, membro da loja União e Tranquilidade. Em Maçons fundadores do Gran- de Oriente Brazílico, Rio de Janeiro, 1822. (https:// bibliot3ca.wordpress.com/macons-fundadores-do- -gob-rio-de-janeiro-1822/).

Referências:
– www.comercioeartes.com.br/historia-loja.php
– https://frags.wiki/index.php?title=Uma_Casa_Hist%C3%B3rica
– http://solepro.com.br/Artigos/Maconaria/Comentarios%20Livro%20 de%20Ouro.pdf
– https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Fernandes_Viana
– https://bibliot3ca.wordpress.com/macons-fundadores-do-gob-rio-de- -janeiro-1822/
– https://bibliot3ca.wordpress.com/pequena-historia-da-maconaria-no-bra- sil-william-almeida-de-carvalho/

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ARLS Álvaro Mendes, n° 2.139 Oriente de Teresina • GOB-PI

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