Todo dia 22 de março, é comemorado dia Internacional da Água e este é o momento para uma conscientização mundial.

Em nosso planeta há a seguinte distribuição de água: É 97% de água salgada e 3% de água doce e essa água doce está distribuída da seguinte forma; 1,8% em forma de gelo, 0,96% no subterrâneo, 0,02% em lagos e rios e 0,001% em forma de vapor. Sabemos que em média o corpo humano tem de 70% a 75% de água em sua composição. Em todas às sociedades existentes até hoje, há um respeito por esse elemento já que é indispensável para a manutenção da vida. Em sua homenagem ela é cantada por poetas e foram proclamados seus direitos pela ONU.

Desde que Empédocles propôs como princípios da realidade natural, os elementos, água, fogo, terra e o ar, e a cultura ocidental a chamou de “a cultura dos quatros elementos”, a água é entendida pela sociedade exotérica e esotérica como o bem mais precioso que os deuses nos brindaram, ao ponto de haver sacrifícios de humanos e animais, para eles, em pedido desta substância.

Na Bíblia, no livro Gêneses cap. 1 versículo 2, esta escrito “A Terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de DEUS pairava por sobre as águas”. A partir daí tomamos conhecimento da importância da água em toda a cultura, poderíamos relatar vários casos em que o elemento mais importante da narrativa é à água. O dilúvio, Moises “salvo das águas”, a travessia no Mar dos Juncos pelos Hebreus fugindo dos Egípcios, etc.

Nas Religiões e seitas, o uso da água segue um ritual que vai da completa imersão a aspersão, ingestão de águas abençoadas ou sagradas e a utilização de mares e rios com finalidades ritualísticas. O dilúvio foi sem dúvida o mais importante episódio de regeneração do homem, (não sendo possível cientificamente o ato em si devido às complicações de ordem lógica), esse dilúvio não é propriedade narrativa dos Hebreus e sim de toda à humanidade em várias regiões do globo, já que em todas às sociedades, desde as mais primitivas até as mais modernas são relatados com características em comum. Um exemplo é os velhos índios Guaranis no Brasil, que relatam sobre a lenda do dilúvio semelhante em conteúdo com a epopéia de Ghilgamesh na antiga Mesopotâmia.

A conotação do dilúvio é de um “Juízo Final”, em que a força divina, associada a potência das águas, decreta o extermínio do mal e o ressurgimento do bem, aparecendo como o restaurador da ordem que se desfez.

O que a água faz no planeta, claro, também verifica em nós humanos, de certo modo somos composto por água. A palavra homo (ser humano em latim) deriva de húmus = terra úmida. Nós na fase de gestação estávamos envoltos no líquido amniótico. O fato de a água estar em eterna renovação é a mensagem que renovamos sempre em relação à vida física e deveríamos renovar também na vida mental.

Nas religiões abraâmicas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo) o paraíso é representado como um pomar irrigado com rios de águas eternas.

A busca do jardim da vida eterna, irrigado pela fonte original é o caminho místico de muitas tradições religiosas. Para os alquimistas ele tem origem subterrânea e suas águas possuem qualidades mercuriais. Para o profeta Ezequiel, estas águas brotam no lado oriental do Templo em Jerusalém (EZ. Cap.47 1-12).

Na única iniciação, que há na Maçonaria, o Candidato ainda vedado, em sua terceira viagem é purificado nas águas do Mar de Bronze, simbolizando a retirada de toda nódoa que há em seu Espírito profano, para ser aceito, depois da prova do fogo, entre os Irmãos como Maçom.

Masaro Emoto, um cientista Japonês, executou uma experiência com a água, submetendo-a a palavras e pensamentos humanos e fotografou as moléculas congeladas como resultado. Segundo ele os pensamentos e as palavras fazem com que as moléculas de água se comportem de formas diferentes, esses experimentos são narrados no filme “Quem somos nós”.

Meus Irmãos, tudo isso vêm comprovar que além dos benefícios que a água nos traz para a vida fisiológica é também indispensável para á nossa espiritualidade, fazendo com que, tudo que pensamos e falamos reflita em nossa constituição física, se for o bem, seremos saudáveis, se for mal, seremos doentes, quem sabe com estes conhecimentos científicos e alquímicos que tanto são condenados pelos céticos, não venham trazer mais paz aos homens que são sofredores pelas suas próprias atitudes em relação à vida. E assim teremos um mundo melhor graças aos conhecimentos que tanto procuramos e almejamos em nossa Arte Real.

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