A Maçonaria é uma instituição admirável. Pelos seus princípios, pela sua história e pela sua razão de ser.

Dentre os princípios que lhe asseguram a existência, destacam-se como fundamentais o culto permanente à virtude e o combate sem trégua a toda sorte de vícios.

Do ponto de vista de sua história, pode-se afirmar que nenhuma nação do planeta pode se jactar de não lhe dever a consolidação de suas conquistas, sobretudo no que respeita à defesa de seus direitos fundamentais, sobremaneira a liberdade.

A luta permanente em defesa da fraternidade universal e o combate sem trégua a todas as ideologias e ações que atentem contra a dignidade do homem e à ética nas relações de convivência, dentre outras, justificam, cabalmente, sua razão de ser.

É dever fundamental de todos aqueles que por meio da Iniciação penetram, ainda que superficialmente, nos mistérios da Maçonaria, conhecer e interpretar seus símbolos e alegorias. Não se pode entender que o Maçom não saiba o significado da ritualística que pratica e da liturgia dos diversos atos maçônicos.

Se o Maçom não sabe o significado real de sua Iniciação e o que significam os símbolos que ornamentam o interior de uma Loja Maçônica; jamais poderá fazer progresso na Sublime Ordem e o que é pior inapelavelmente, por não saber o que está fazendo na Maçonaria, seu desinteresse e sua inércia só concorrerão para a fragilização da Instituição.

A obediência cega, sem curiosidade aos comandos daqueles que dirigem as Lojas, é perniciosa e inglória. Não se trata aqui de aplaudir o velho chavão sem lógica, mas usado com freqüência, de que FULANO ENTROU NA MAÇONARIA, MAS A MAÇONARIA NÃO ENTROU NELE. Não é isso, quem entra para a Maçonaria tem que conhecê-la para poder amá-la e contribuir para o fortalecimento de sua existência. Quem entra para Maçonaria tem que honrar os sagrados juramentos que faz e os compromissos a que se submete. Quem entra para a Maçonaria tem que tomar posse de seus postulados, estes sim devem penetrar no território de seus conhecimentos.

A Maçonaria, já se prega com freqüência, não é mais aquela sociedade secreta que, pelos segredos de suas ações despertou intrigas, inveja, perseguição dos déspotas e até a condenação da Igreja Católica Apostólica Romana.

O que ainda se consegue, de algum modo preservar, a despeito das atitudes estúpidas dos boquirrotos que conseguiram ludibriar nossa vigilância e iniciaram na sublime Instituição, é a forma de comunicação entre os Maçons.

De igual modo, apesar da devassa da Internet, o ritual e o desenrolar das sessões ainda estão, de algum modo, preservados.

A Maçonaria, segundo palavras do saudoso Irmão Octacílio Schuller Sobrinho, é uma Escola de Conhecimento.

Os conhecimentos adquiridos conduzem o Maçom à senda da Perfeição, da Justiça, da Moral e dos Bons Costumes; se praticados dentro de um Templo interior, que denominamos de Cátedra Maçônica, que em nossa interpretação é o Templo Sagrado onde o Irmão eleva-se espiritualmente, em presença do Ser Onisciente e Onipotente, e isso é o que difere de uma cátedra comum no mundo profano.

O que significa estar o Maçom DE PÉ E À ORDEM? Qual a definição da expressão DE PÉ E À ORDEM?

Significa o Irmão de forma digna, séria, elegante, com o corpo ereto, erguido verticalmente, estando de pé ou sentado no interior de um Templo Maçônico;

Significa que, estando o Maçom em Loja “de pé e à ordem” ele estará fazendo o sinal do grau em que a Oficina da Arte Real está funcionando; de forma absolutamente correta.

Que o Irmão ao dizer-se “de pé e à ordem” para outro irmão, seu Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto, Venerável Mestre, 1º Vigilante, 2º Vigilante, etc. ele está dizendo que está pronto para receber e cumprir ordens e, principalmente,

Que o Maçom diz-se DE PÉ E À ORDEM por estar cônscio de suas obrigações para com a Sublime Ordem, a Família, a Pátria e a Humanidade.

DE PÉ E À ORDEM o Maçom é elegante, ou seja, é aquele que demonstra interesse por assuntos que desconhece; quem cumpre o que promete; quem retribui carinho e, primordialmente, solidariedade; é muito elegante não falar de dinheiro nos bate-papos informais. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância!

O primeiro ensinamento que nos passam na Iniciação diz respeito ao sinal de ordem, cuja interpretação tem conexão com o juramento que prestamos. Aprende-se também, no mesmo momento, que o dito sinal não se faz quando se estiver sentado e nem quando nos movimentamos em Loja. Ensina-se na mesma ocasião que o sinal de ordem deve ser usado quando de pé, sempre de pé, quando se pede a palavra ou se está entre colunas.

E quando aquele que preside a sessão (Grão Mestre, Venerável Mestre, etc.), determina, às vezes tem o som do autoritarismo, até porque alguns ao invés de pronunciarem DE PÉ E À ORDEM pronunciam, erradamente, DE PÉ É A ORDEM.

Mas por que de pé? Porque sem dúvida alguma em todos os costumes conhecidos o gesto de FICAR DE PÉ, expressa RESPEITO, REVERÊNCIA, CONSIDERAÇÃO e em alguns casos quer significar FORTE HOMENAGEM. É o caso, por exemplo, quando se aplaude de pé alguém que pronunciou um belo discurso, ou que adentra a um determinado recinto…

DE PÉ E À ORDEM, sem embargo de melhor entendimento, para mim significa que estamos aguardando ordem, à disposição, tanto individual quanto coletivamente. Pronto para receber e procurar cumprir as ordens emanadas de quem pode dar.

Pode, ainda, expressar um gesto de humildade, dado que, a humildade é uma das muitas virtudes cultuadas pelos Maçons e pela Maçonaria.

Finalmente, toda organização se rege por normas, por regras que se destinam a assegurar a hierarquia e a disciplina.

DE PÉ E À ORDEM é mais do que uma mera passagem ritualística; é um ato que homenageia a LITURGIA MAÇÔNICA.

Faz lembrar que nas missas, em alguns momentos fica-se de pé, em outros de joelho, tudo para obedecer à liturgia.

Faz lembrar também que, em algumas solenidades, fica-se de pé, quando certa autoridade chega; fica-se de pé, quando se executam ou se cantam os hinos oficiais.

Nos nossos Templos Maçônicos, quando neles adentram certas autoridades, fica-se de pé, ainda que para isso seja necessária a ordem do dirigente.

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