Um rapaz simpático, educado, de bons hábitos e bem-sucedido na vida exercendo a profissão de caixeiro viajante, resolveu comemorar o seu noivado num restaurante discreto e aconchegante em uma cidade com as mesmas qualidades. Como já havia viajado muito não foi difícil encontrar a cidade ideal.

O rapaz partiu com sua noiva e a sua mãe, em direção à cidade escolhida. Após algumas horas de viagem, chegaram à cidade Pedra Bruta. Hospedaram-se e em seguida o rapaz saiu à procura do restaurante ideal. Era cedo, a manhã estava bonita e calma, andou pelas ruas pacatas e encontrou um restaurante à beira de um Riacho: Restaurante 3 Irmãos.

O nome do estabelecimento lhe agradou. Deu, na porta desse restaurante, três pancadas. Em seguida, uma voz respondeu-lhe às batidas:

*.. Quem vem lá?

*.. Sou um cliente que deseja tratar de um jantar comemorativo. – respondeu o rapaz. Pois, então, entre. O viajante entrou e um homem simpático e educado o esperava no salão.

– Bom dia ! – cumprimentou o recém-chegado e perguntou:

– Sois garçom?

– Meus clientes como tal me reconhecem.

– De onde viestes? – De uma cidade chamada São João.

– O que fazes na vida?

– Sou caixeiro viajante. Viajo a negócios e visito Lojas.

– Vens muito por aqui?

– Não muito, esta é a minha 3a viagem..

– O que quereis?

– Um jantar para três pessoas em lugar reservado…

– Que tal entre aquelas colunas? É um lugar bem privativo.

– Parece-me bom… Ficaremos entre elas.

– O que beberão na ocasião?

– Para minha mãe e noiva uma taça de bebida doce. Eu prefiro algo amargo como aperitivo.

– Pode ser whisky?

– Nacional?

– Não, escocês!

– Bem se for antigo eu aceito, mas gostaria que as mesas fossem bem ornamentadas.

– Podemos ornamentá-las com romãs, ficam bonitas e exóticas.

– E quanto às flores? Fique tranquilo, fazemos arranjos com rosas e espigas de trigo.

– Pois então faça, não poupe nada, quero fartura em abundância. Você estará aqui?

– Sim, trabalho do meio-dia à meia-noite.

– Bem, pela conversa o atendimento é bom. E o preço?

– O preço é justo e o atendimento é perfeito, mas qual é o seu nome?

– Salomão e o seu?

– Hiram, sou conhecido como ‘Hiram dos bifes’, sou bom em corte de bifes. Meus irmãos também atendem… Um chama-se Emmanuel e o outro José, mas é conhecido por ‘Zé’.

– Você é desta cidade ?

– Não, também fui caixeiro viajante. Gostei tanto desta cidade que na minha 5a viagem resolvi ficar por aqui. E já faz cinco anos, que acabei comprando este restaurante. Olhe, meu Irmão, no começo foi difícil. Este estabelecimento era mau visto, pois pertencia a três trapalhões chamados 3J. Fizeram tantas trapalhadas que acabaram assassinados.

– Olhe Hiram, coloque a mesa de minha mãe separada, para haver mais privacidade.

– E o seu pai não vem?

– Não minha mãe é viúva.

– Que coincidência! Eu também sou filho de uma viúva.

– Eu há muito percebi.

– Como se chama sua mãe? Temos cortesia para ela.

– Minha mãe chama-se Acácia.

– Esse nome me é conhecido, tivemos uma ótima cozinheira com este nome.

– Bem, eu já vou indo. Logo mais retornarei com elas. Ah! Já ia me esquecendo. Qual é a especialidade da casa?

– Churrasco.

– Ótimo! É macio?

– Sim, tão macio que a carne se desprende dos ossos.

– Senhor meu Deus! Que maravilha, não posso perder! O lugar é seguro? Sim, temos dois rapazes espertos que cuidam disso. E no salão temos dois vigilantes.

– Parabéns, o seu restaurante está coberto de qualidades, salve o adorável mestre. Até logo.

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