pouco mais de 2000 anos, Nicodemos perguntava ao mestre dos mestres, como poderia o homem nascer de novo? Naquela ocasião, Jesus explicara que o homem para ver o reino dos céus deveria nascer mais uma vez

No rudimentar pensamento arcaico os interlocutores do Mestre não entendiam como poderia um homem adulto adentrar novamente ao ventre materno. Obviamente nesta passagem bíblica como em muitas outras há metáfora, vista por ângulos diferentes e com prisma adaptado a evolução de cada um de nós. E disse o avatar que quem não nascesse da água e do espírito não poderia desvendar-se da matéria, porém, no tempo certo a humanidade teria um esclarecimento, viria o tempo apropriado e a verdade afloraria no amanhecer de novas épocas.

A Maçonaria é uma instituição que tem como matéria-prima o próprio homem, um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. O caráter objetivo de um símbolo é de ser compreendido pela mente infantil, quer a de um indivíduo de pouca idade, quer a de um povo em estado primitivo. Este é símbolo, tem sua grandeza por ter toda uma universalidade de interpretações, símbolo é algo que substitui alguma coisa, ou melhor, é algo que se refere a uma coisa que está no lugar de outra.

Nós, os homens são um grande símbolo divino, e quando lemos o início desse artigo, devemos sim considerar a Maçonaria como tendo grande importância no contexto humano de nascermos para uma “nova vida”, não vejamos sectarismo espírita nas palavras de Jesus, mas também não vamos negar a espiritualidade latente que a mensagem nos inspira. Se fizermos uma analogia dessa passagem com nossa iniciação, veremos claramente que para nossa vida nos é dado essa oportunidade, um divisor de águas, somos clamados a nascermos de novo, mesmo sendo velhos.

Eis aí a grandeza do Criador, o resumo alquímico dos hermetistas. Transformarmos essa carcaça de ossos em ouro puro, sedimentado pelo amor indissolúvel e inquebrantável, transmitindo-nos unicamente pelo Verbo.

Aqui meus irmãos, temos essa oportunidade. Está aí o incognoscível, o valor e a discrição inefável de nossa Ordem. Voltemo-nos interiormente, busquemos canalizarmos nossas energias para o bom êxito de nossos trabalhos, não só em loja, mas também no mundo profano, onde devemos espalhar essa centelha divina que trazemos de nossas meditações. Desejo a todos os IIr.’. de nossa Ordem, que continuem orbitando em torno da palavra divina, contribuindo assim para que seja farta a seara do G.’.A.’.D.’.U, sejamos operários e semeadores de luz.

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