Amídia, durante este ano, foi pródiga no preenchimento de espaços com a situação da Educação no Brasil. E foi realista com seu noticiário, revelando o estado em que se encontra esse setor da vida brasileira, em virtude da maneira como vem sendo cuidado. Tratava-se não somente de oferecer o diagnóstico, mas, sobretudo de, com ele, despertar e contribuir para a formação de um novo tempo que o Brasil haverá de construir, se quiser conviver, em pé de igualdade, com a onda da globalização que envolveu o mundo e nele se implementou.

Teremos que EDUCAR para a convivência com esse amanhã, sabendo que nosso esforço deverá ser maior que o de outras nações, considerando o estágio de inferioridade em que nos encontramos, agravado, segundo muitos analistas, pela má-vontade de que está recheada grande parte da liderança política de nosso País.

Apontou, nesse sentido, o “repórter JC”, com a seguinte narração: “Não poderia haver constatação estatística pior em plena campanha eleitoral para Presidente da República e Governadores de Estado do que o balanço apresentado pela Folha de S. Paulo, com base no IBGE, a respeito de Educação. […] Mesmo com todas as melhoras sociais no País, a Educação avança bem devagar. Para os políticos é uma boa notícia. Afinal, quanto menor o nível escolar da juventude, menor a sua capacidade de criticar o Estado. E menor sua aptidão de votar contra esses políticos.”(JC de 21. 9.2010).

Não houve tempo para respostas e defesas e justificativas. Veio o relatório do Pisa de 2009, e nele os alunos brasileiros aparecem nas últimas colocações. Ah! Senhor meus Deus! O Pisa é o “programa internacional de avaliação de alunos” da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que, de 3 em 3 anos, avalia estudantes de 15 anos em 65 países. Foram, no mundo, 470 mil estudantes, dos quais 20 mil são brasileiros de todos os estados, avaliados nas áreas de conhecimento: leitura, matemática e ciência.
Ficamos na incômoda posição de 530 lugar.

Vejamos uma síntese da avaliação dos estudantes brasileiros que reflete a qualidade de nossa Educação nas três áreas mencionadas. A síntese é de Jorge Werthen, doutor em Educação pela Universidade de Stanford que foi representante da UNESCO no Brasil:

“… mais de 50% de nossos estudantes não passam do nível 1 de proficiência em leitura de uma escala com 6 níveis. A situação é pior na área de matemática. Em ciências, uma das áreas que qualificam as crianças e jovens para a produção futura do conhecimento científico e tecnológico , mas de 54% dos estudantes ainda estão no nível 1 e abaixo dele.”(JC de 12.12.2010).

Esse é um quadro preocupante, diante dos propósitos do Brasil que se apresenta ao mundo como um país que almeja chegar ao grupo dos desenvolvidos com uma economia forte e em progresso. Isso resultará em frustração, porque sem Educação qualificada não teremos desenvolvimento.

O Presidente da República recebe, hoje, das mãos de seu Ministro da Educação, projeto para o Plano Decenal de Educação que será imediatamente enviado ao Congresso, para análise e conversão em lei no ano que segue. São dez diretrizes e dez metas com que o próximo Governo pode até nem concordar, pois “cada cabeça um mundo”, alerta a sabedoria popular. E, segundo um dos blogs mais visitados da internet no Brasil, “o Ministério do Planejamento recomendou um corte de R$ 3 bilhões no Orçamento de 2011. Em termos nominais, o maior corte foi na Educação (R$ 500 milhões). A área de Ciência e Tecnologia também sofrerá cortes.”

Por isso, a Maçonaria intensifica sua ação contra a ignorância, “lutando e pelejando” para que nada de empecilho aconteça ao esforço pela melhoria da qualidade de nossa Educação, devendo cada maçom continuar alertando o povo para seus direitos de cidadania, apontando-lhe caminhos, acendendo lampiões.

Enviado pelo Emin.’.Ir.’. Antônio do Carmo Ferreira Presidente da ABIM (Associação Brasileira da Imprensa Maçônica).
Acesse: www.domcarmo.blogspot.com

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