Nas reuniões, resume-se a receber os maravilhosos fluídos, as sadias vibrações, o calor humano e as lições que são o saldo positivo de tudo.

Essa participação, contudo, será “passiva”, e, portanto, insuficiente; o Maçom precisa trazer consigo, de casa, uma parcela de contribuição; raros são os casos em que um Ir.’. traz um trabalho espontâneo, pois se sente proibido diante do Tempo de Estudos já programado e teme uma ingerência não solicitada. Esse comportamento traduz a falta de conhecimento do Ritual e das Leis Maçônicas, pois todo o Maçom, independente de seu grau, no âmbito do Rito Brasileiro, tem o direito à palavra.

Cremos que a participação do Maçom deve ser ativa, presente, forte, pois será o “conjunto” dos Obreiros que formará a Egrégora. A pior posição, que é cômoda, é a do Obreiro que “exige” de seu Venerável Mestre uma programação que o deixe satisfeito. Isso não é “participação”, mas egoísmo. Somos da opinião que deveria haver nas lojas o “rodízio” dos cargos, obrigando assim todos a exercitarem uma tarefa em benefício comum. O trabalho de todos é o verdadeiro trabalho maçônico, pois uma construção de alvenaria exige a participação de todo o grupo convocado para tanto.

Ninguém pode desprezar a tarefa que não aparece como o alicerce que some no subsolo, como a parte que fica oculta sob o reboco. O conjunto arquitetônico merece, é verdade, os louvores do arquiteto ou do empreendedor; nós sabemos que a Humanidade é injusta e que premia somente aqueles que aparecem – e na Maçonaria, malgrado toda sua filosofia contrária a esse disparate, infelizmente, há ocorrências até contumes a respeito. Contudo, a Maçonaria não visa premiações, mas o término da obra. O Obreiro tem o direito de exigir de seu Venerável, por meio do Saco de Propostas e Informações uma programação que o satisfaça.

O Maçom que não dá a sua “participação” não tem o direito à crítica e muito menos à ausência. A Maçonaria não pune, mas isso não significa ausência de responsabilidade. Temos um fator muito importante, embora possa ser considerado arcaico e ultrapassado na conceituação moderna: o Juramento.

Não seria ele suficiente para comprometer o caráter do Maçom? A leviandade do “esquecimento” do Juramento certamente impõe ao Maçom a imputação de traição, pois se separado do Grupo o deixa enfraquecido. Medite o Maçom sobre essas considerações: amplie-as e adapte-as ao seu caso peculiar, e terá plena certeza de que a sua Loja, com a sua contribuição participativa, crescerá em todos os sentidos.

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