A maçonaria, em apertada síntese, é uma instituição tradicional cujas doutrinas básicas são o amor fraterno, a filantropia e o desenvolvimento pessoal através da busca da verdade. Sua prática oferece a oportunidade de um contato regular e engrandecedor com homens de caráter, reforçando o próprio desenvolvimento pessoal e moral, num clima de companheirismo e fraternidade.

Nesse contexto, a maçonaria encoraja um homem a ser religioso, sem defender uma religião em particular, tanto quanto incentiva que ele seja ativo na comunidade, sem defender um sistema ou partido político em particular.

Nós, maçons, também somos conhecidos como pedreiros, pois usamos, simbolicamente, as ferramentas então utilizadas nos canteiros de obras medievais, na construção de nosso caráter, que deve ser trabalhado diariamente. Dessa forma, a maçonaria se distingue de outras organizações por sua ênfase no caráter moral e no seu sistema de rituais. Embora os rituais se realizem em nossas reuniões semanais nas Oficinas ou Lojas, eles são trilhados particularmente por cada um de seus membros em seu dia a dia e na medida de sua compreensão.

Todo maçom deve se manter inabalável na luta permanente em favor de valores fundamentais da sociedade, como a liberdade, a igualdade e a fraternidade, sendo um agente ativo na construção e manutenção do processo democrático de nosso país que, até hoje, necessita de atenção e cobrança de cada cidadão brasileiro para poder ser, de fato, efetivado.

O papel de nós, maçons, na sociedade remete a um dia a dia de deveres e afazeres contínuos, tendo como um dos seus princípios fundamentais o apoio incessante à educação dos jovens através de bons exemplos, prática essa que, certamente, colabora com a construção de uma sociedade mais justa e mais feliz.

Nos dias atuais, importante citar que esse ano de 2013 marcou a história de nosso país pelos legítimos movimentos e protestos que buscavam fazer ouvir aquilo que a sociedade, em suas diferentes camadas sociais e formas de representação, queríamos dizer para nossos governantes.

E nada melhor que ressaltar esse episódio, pois o que todos nós brasileiros queremos e os movimentos sociais ocorridos buscam é, em síntese, um governo do povo, pelo povo e para o povo, tendo como focos o respeito à coisa pública e o combate contínuo contra a corrupção e a imoralidade. A corrupção gera a exclusão e a desigualdade, na medida em que o dinheiro público é desviado da educação, da saúde, da segurança e dos transportes, prejudicando tudo e a todos.

Nesse campo, as potências maçônicas possuem entre si um TRATADO assinado por todos os Grãos-Mestres de nosso Estado, de que o maçom deve se opor sem limites à prática da corrupção e buscar sempre a eleição de bons e corretos cidadãos, sejam eles maçons ou não, para o exercício de qualquer função pública.

Logo, é necessário o envolvimento de todas entidades civis organizadas e do povo em geral, na luta pela superação dos desmandos e na construção de uma sociedade mais ética, fraterna e solidária. Temos que, juntos – sociedade e maçonaria, criar políticas públicas onde a transparência seja o fio condutor das ações governamentais para garantir os direitos e estimular a participação popular e a cidadania plena, criando mecanismos mais efetivos de fiscalização, de aferição da vontade popular e de participação nas decisões que a todos afetam.
O importante papel da maçonaria, organizada nas Lojas que se encontram reunidas em torno do Colégio de Veneráveis, na luta contra os males que vêm causando tantos danos ao povo, na esperança de que, com a ajuda e participação de todos que aqui hoje estão, sejam alcançadas as mudanças sociais, culturais e estruturais que tanto almejamos, para que, num futuro próximo, a família brasileira possa conviver em um país cada dia mais justo e fraterno.

Nesse ponto, nós, os maçons, temos que nos colocarmos à total disposição do poder público e das instituições civis nas quais participamos para colaborar como agentes sociais, para juntos alcançarmos o que de melhor nossa sociedade pode gerar. Certos estamos de que a educação é a base de tudo, e nela devem estar concentrados nossos esforços para que possamos colher no futuro uma cidade, um estado e um país dignos de ser exemplo de tudo aquilo que é bom e duradouro.

Nós, maçons, não devemos nunca nos abater pelos maus exemplos que vemos no nosso dia a dia, pelo contrário, devemos buscar forças nos bons exemplos dos quais nosso país está cheio e em nossos antepassados, que deram um passo muito importante para a nação brasileira desde aquele 20 de agosto de 1822!

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