Ao se conhecer a verdade e a plenitude e beleza que ela nos revela, negar é um retrocesso. Possuímos como filhos de Deus todas as chaves o que nos torna livres. Quando um grupo de pessoas reúnem-se formando um só pensamento progressista, iluminado e repleto de amor, estas chaves são ativadas. Entretanto quando nossos véus tornam-se mais poderosos que a própria divindade do Eu, não somos e não estamos em sintonia com a verdade, ou seja não agimos com bons costumes.

A base é LIVRE E DE BONS COSTUMES, mas em não ter a pureza ficamos LIVRES DE BONS COSTUMES…

Esta reunião de pessoas cumpre seu objetivo verdadeiro, ou seja, a verdade? Em sua reunião é praticada a união verdadeira da canalização despojada de qualquer véu?

Alguma razão deve haver na ordem das palavras, sendo o termo DE BONS COSTUMES ser precedido da palavra LIVRE.

Será que o caminho da busca pela elevação espiritual possui proprietários? Ditadores? Exércitos? Regras tácitas, que aqueles que não as cumprem são enviados as masmorras da sociedade? Regras ligadas aos véus, véus estes que encobrem o amor e são usados para mascarar as imperfeições tão perfeitas que rodeiam o nosso dia a dia como a busca desenfreada pelo poder oprimente. A Santa Inquisição continua viva neste tipo de sociedade, e tudo que provoca temor na perda do poder deve ser queimado.

Parece que não há a real busca da iluminação baseada e norteada pelo amor, e sim pelo medo da perda de posições obtidas pelos bens materiais.

Frutos são colhidos, entretanto não há a preocupação em cuidar da árvore que os dá e com o solo onde ela está enraizada. Chegará a ter apenas frutos doentes, débeis e insuficientes para saciar a fome. O poder é concebido por aquele que chegou primeiro e colheu mais frutos que os demais e não perde seu tempo em cultivar para que todos possam ter acesso e alimentação abundante e saudável.

Nós como cidadãos ficamos chocados quando ainda nos deparamos com o coronelismo de alguns recantos do nosso pais. Manter o povo em privação de cultura, água, e alimentos para exercer o poder. Entretanto sociedades fechadas fazem o mesmo, mas com uma roupagem sutil e elegantemente paramentada.

Então esta sociedade, dirá que aqueles que a contrariam foram aniquilados por abandona-la e não mais engrossar a fileira dos catadores, dos extrativistas sem a menor preocupação com a preservação dos bons costumes, da verdadeira iluminação e ascensão dentro do plano universal livre de véus.

Mas o homem realmente livre não é oprimido por esta circunstancia. Não é sequer tangenciado pelo poder dos frutos. O homem livre lava os pés de todos aqueles que o rodeiam, principalmente daqueles que em um ato de total liberdade de escolha, promove o crescimento.

As dores do crescimento não são suficientes para oprimir um homem livre e sim motivo de agradecimento por um irmão se dispor a ajudá-lo da forma mais condenável possível. Condenável do ponto de vista que os nossos véus permitem ver, entretanto se forem removidos são atos de grande pureza.

Reverenciamos aos coronéis, a Santa Inquisição, e a todos os extrativistas, pois eles são aqueles aos quais devemos agradecer.

Somente existe a luz nas trevas.

Nosso poder infinito como filhos de Deus, aos poucos é desvendado quando nos libertamos, ou seja, voltamos para a única verdade, que sempre fomos livres e sim nós mesmos nos acorrentamos em coisas que não são reais. Somente o bem existe. Somente o bem exerce poder. Tudo que não é amor não é realidade e sim fantasmas que criamos em nossas mentes adormecidas e encobertas pelo véu que tentamos levantar. Mas tudo tem sua hora. Tudo tem seu momento.

A nossa liberdade é esta. De viver dentro da realidade e não na ilusão que formamos com os medos. O medo e o vazio é um estágio que trazemos do momento que saímos do UNO, é o medo do nascimento e da separação daquela sensação de total plenitude.

Procuramos de forma desenfreada e queremos ser os primeiros dentro de uma corrida que não existe. Não é um campeonato e sim a calma do universo, o silencio da energia e a vibração harmônica do amor e da razão.

Concluímos então que aquele que mais nos oprime é aquele que mais próximo anda a nós – o nosso ego.

Ele nos provoca a ira, avareza, e todos outros sentimentos que tentam nos afastar da verdade, que é tão simples e elementar. Tão serena e perfeita.

Ser livre não deve consistir em nenhum esforço e sim apenas ser, pois assim sempre fomos. De bons costumes todos somos, mas esquecemos de perceber sua presença nos menores atos. A simplicidade se torna complexa para aquele que vive na ilusão.

Retornemos então ao Pai, ou seja, a nós mesmos.

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