O título, Grão-Mestre, pode ser traduzido como grande mestre. Para alcançar esse nível é preciso ter, como perfil, uma ilibada carreira maçônica, pavimentada pelo estudo contínuo e profundo de nossa história e de nossos ensinamentos. A ascensão à este cargo, é tido após uma profunda e pormenorizada pesquisa de perfil maçônico e profano. Além disso, é necessário saber ser líder.

A liderança deve equilibrar três dimensões: resultados de projetos e melhorias, atenção aos irmãos e a flexibilidade para inovar. Existem três tipos de líderes: os que melhoram as coisas, os que pioram as coisas e os encarregados que não fazem nem uma coisa nem outra.

O Ir.’. Cláudio Roque Buono Ferreira, quando esteve como Grão-Mestre do GOSP soube ser um líder em todos os aspectos. O primeiro dever de um líder é formar novos líderes, e assim ele fez, no momento em que nomeou IIr.’. responsáveis e amantes de nossa Ordem, responsáveis pelas Grandes Secretarias.

Inovou várias vezes, principalmente quando implantou o Projeto ISO 9001; disponibilizou formulários impressos on-line e viabilizou a digitalização de documentos e processos.

Deu a devida atenção aos IIr.’. ajudando no crescimento de Lojas e obreiros, além do suporte dado às Grandes Secretarias com a formação das equipes de colaboradores.

No quesito de resultado de projetos e melhorias, durante a gestão do Ir.’.Cláudio houve, entre outros, o revestimento da lateral direita do Palácio Benedito Pinheiro Machado Tolosa, que estava com os tijolos expostos às intempéries há mais de 25 anos, causando infiltrações e umidade nos cômodos internos; reformou a estrutura de espaço das vigas com a ferragem comprometida; restaurou o elevador e o sistema elétrico; instalou novos sistemas de ar-condicionado para o Centro de Processamento de Dados e adquiriu um sistema de Circuito Fechado de Monitoramento Interno; além de apoiar e dar suporte técnico à edificação de mais de 17 templos no interior do Estado de São Paulo.

Porém, uma das ações mais importantes do então Grão Mestre do GOSP, foi revitalizar a Biblioteca Maçônica do Grande Oriente de São Paulo, Biblioteca Ibrahim Nobre, a Hemeroteca Américo de Campos e o Museu Maçônico do Grande Oriente de São Paulo, Museu Maçônico José Bonifácio.

Sabedor de que a história é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura, o Ir.’. Cláudio R. Buono, criou o DEPAHIC (Departamento de Acervo Histórico e Cultural), no dia 17 de fevereiro de 2006. Esse departamento tinha como missão preservar, catalogar e organizar a Biblioteca (livros), Hemeroteca (jornais, revistas, trabalhos de IIr.’….), Pinacoteca (coleção de quadros), a Numismática (moedas, cédulas e medalhas), a Filatelia (coleção de selos) e a Gliptoteca (coleção de esculturas).

Para isso, o espaço que abrigaria todo o material, foi reformado e ampliado para 183m2. A reforma contou com a alteração completa do seu antigo lay-out, ampliou-se o acervo em mais de 5 mil obras, todas catalogadas e codificadas; pin por pin; chaveiro por chaveiro. As obras antigas, além de passarem pelo mesmo processo, também foram resgatadas e restauradas. Cada peça ganhou um código que está disponível na internet com sua descrição e foto. A área destinada à Filatelia, por exemplo, aumentou o número de 06 selos, para 591. Uma meta sem precedentes da História da Maçonaria Universal.

Outra mudança importante dessa gestão foi a disponibilização de diversas obras para download na home-page do GOSP (www.gosp.org.br), totalmente gratuito. Entre elas, uma obra interessantíssima sobre a Administração de Loja Maçônica, Manual de Hiram – Um Guia para o Venerável Mestre, de autoria de um ex-Grão-Mestre, o Ir.’. Wayne T. Adams, que gentilmente permitiu a viabilização do seu trabalho no site. O tradutor da obra foi o Ir.’. Alberto Conchero, que também cedeu os direitos de tradução.

Para facilitar o acesso dos IIr.’. às obras contidas no site, e no desenvolvimento de seus trabalhos, instalou-se um workstation com dois computadores na Biblioteca. Além de pesquisar, os IIr.’. também podem realizar seus trabalhos, digita-lo no computador e enviá-lo por e-mail. Os secretários das lojas não foram esquecidos, através dessas máquinas, eles conseguem imprimir qualquer documento oficial do GOSP e protocolá-lo na hora, perante a Guarda dos Selos.

Tudo isso fez da cultura maçônica um formidável e curioso caleidoscópio, em que se mesclam ritos e se misturam múltiplas concepções de ensinamentos, expressando uma enorme variedade de influências. O mais interessante, no entanto, é que toda essa diversidade não implica, ao contrário do que ocorre em algumas sociedades, conflitos ou exclusões de qualquer natureza em relação ao diferente, isto é, àqueles que expressam identidades culturais distintas. Ao contrário, uma das mais extraordinárias características da cultura maçônica está em seu caráter acolhedor e integrador. É um sinal de que, no Brasil, os diferentes ritos servem para integrar-nos e não para excluir-nos ou dividirmo-nos.

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