Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei. “ABRAHADABRA Ele toca o sino Onze vezes Agora começo a Orar: Vós, Criança Sacro e imaculado é vosso nome Vosso reino é vindo, Vossa vontade foi feita Aqui está o Pão, Aqui está o SangueTrazei-me através da meia-noite ao Sol Livrai-me do Bem e do Mal!” – Fragmento da Missa da Phoenix de Aleister Crowley Olhai as coisas da vida do ponto de vista do Sol – disse Crowley ao seu discípulo. Essa identificação com o Astro Rei nos fará ser a fonte de Luz, que brilha, aquece e abrasa os corações, tornando o verdadeiro sentido do Amor, num amor puro e desinteressado, o Amor de Ágape. Tal concepção só é conseguida pela depuração interior, no momento que o Iniciado morre para o mundo mundano e assim como a Lenda da Phoenix que após uma existência secular com o acúmulo de sabedoria, inflama-se para ressurgir de suas próprias cinzas. Este é um aspecto elementar na maioria das escolas de pensamento. Aprendi por todos esses anos de estudo do Oculto, que devemos ser sempre originalmente abertos para abraçar o infinito, e a cada passo dado fomentarmos a pesquisa e finalmente partirmos para a prática pura. Essa experiência pessoal é que nos faz deslumbrarmos a possibilidade de crescimento interior. Ora, imaginem dois artistas pintores contemplando uma mesma paisagem, esboçando e pintando um quadro artístico sobre ela, ao final da obra, veremos duas concepções que representam em síntese a mesma coisa, só que com formas diferentes de serem vislumbradas. É isso que nos faz sermos de fato estrelas com órbitas diferentes, pequenos universos ou microcosmos, cada um com sua diretriz, mesmo que alinhados num só objetivo e fundamento, o crescimento interior. Entretanto o sentido de crescimento só poderá ser atingido, quando compreendemos o sentido de liberdade. Quando libertamos nossos sentidos da teia ilusória do plano físico. Este é um trajeto para a Verdadeira busca de nossa Vontade Interior. A Verdadeira Magia da vida está em aprendermos com todos os Ordálias de crescimento e de conhecimento que a vida nos impõe. Certa vez numa palestra disse que aspectos da vida diária se mesclam sempre com os caminhos Iniciáticos, pois a própria aventura da vida é o maior aprendizado do ser humano. Neste aspecto é importante ser dito que aqueles que seguem seus próprios instintos e inspirações, seguem a sua vontade num trajeto original de compromisso consigo mesmo. O incentivo a idiossincrasia gera um sentido amplo mais apropriado para o crescimento pois não limita a ação particular do pensamento. A somatória das experiências que todos passam de suas próprias percepções de suas linhas de ação e pensamento trazem o crescimento para todos. Na A.’.A.’. (Astrum Argentum) escola de pensamento criada por Crowley, a introspecção direta do Aspirante em seu sistema filosófico, gerará as introspecções mágickas que engendrarão entendimentos plenos e profundos de muitos aspectos do cotidiano, por uma simples análise dos planos da existência, através do sentir pleno com suas forças e energias, e principalmente pelo respeito a todas as formas de existência. Com isso, o desvendar desses véus ou neblinas que encobrem a mente, é que geram a originalidade de novos pontos de vista para muitos aspectos da vida, ou seja, é um incentivo pleno a criatividade. Como Templário reivindico o direito do homem criar o seu próprio templo dentro de si; como Thelemita reivindico o direito inalienável do homem seguir a sua Verdadeira Vontade, sua e de nenhum outro; como Universalista reivindico o direito do ser humano de compreender abertamente todos os mistérios que envolvem a sua criação com total consonância com o Universo; como Rosacruz reivindico finalmente a Liberdade plena para a dedicação e a realização da Grande Obra. Tais reivindicações nada representam para os escravos dos sentidos. Agora, nós estamos nos aproximando do centésimo ano do Aeon de Hórus, isso nos faz meditar sobre a grande diversificação e variedade de pensamentos que surgiram nesse período, mas ao mesmo tempo perceber claramente a grande massa de ceticismo, vítimas em sua maioria das influências de uma outra grande massa subversiva do pensamento humano representado por uma infinidade de seitas sem fundamento ou por outras vezes dogmatizadas ao extremo. Surpreendem-nos a incapacidade de tais céticos e escravos incapazes de buscar uma compreensão para os ensinamentos daqueles verdadeiros mestres que muitas vezes entregaram-se de corpo e alma para trazer a liberdade plena aos sentidos humanos. A humanidade pouco mudou apesar da meditação desses mais diversos mestres que passaram por aqui deixando suas marcas e ensinamentos. Se somos críticos de alguns deles, deveríamos antes ter a capacidade de mudar algo em nós mesmos. A humanidade, agora mais uma vez encontrar-se a beira de um novo conflito, é fácil compreender que nada poderá ser mudado se continuarmos a fazer as mesmas coisas que fazemos todos os dias, se não mudarmos nossas atitudes, se não revermos nossos valores, e formas de enxergar o mundo. Quando se defronta com estes aspectos, existe sempre o medo da pessoa no que tal mudança possa representar ou prejudicar em sua vida. Assim só me resta proclamar e incentivar através da escrita, a pesquisa e introspecção inovativa, que com certeza faria muitos adicionar a nossa causa um material mais novo, mais emocionante, num mundo esplêndido e magnífico da pesquisa iniciática. Uma introspecção ou conceito podem eventualmente conduzir à equação de um ou mais pontos da vista, apesar de que quando o resultado dessa tal introspecção é revelado a outrem o resultado quase sempre é uma mescla de surpresa e às vezes confusão. Assim poderia dizer que meu ponto pessoal de vista vem da fidelidade a meus juramentos, minhas aspirações e a minha vontade inflamada para mais e mais buscar a realização plena de meus ideais rumo a Grande Obra. A metodologia para a introspecção deverá ser sempre a Ciência e a experimentação. Amor é a lei. Amor sobre vontade. Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ