POESIA


O poder está no plural das palavras do mestre,
no limiar do significado das coisas,
e para decifrá-lo
basta procurá-lo vivo ou morto, sem hesitar.
Na morte não haverá poesia.
Magra cova rasa da vida, sabedoria.
Aprendizado e maçonaria…
Só o perfume das rosas

resiste ao tempo e ao meu silêncio.
Dentro de mim,
uma sucessão de pontos impossíveis
formam códigos, mágicos escritos,

ondas que aceleram meus fragmentos
decréscimos de minutos
que lapidam as fórmulas dos meus pensamentos.
Assim, fecho os olhos, petrificados…

Não importa se o planeta e os homens,
os erros, a raiva e a verdade,
estarão aos poucos desaparecendo,
importa sim, o novo amanhã que já está nascendo…

O poema emite um grito para o universo
e as escórias de hoje não o escutam,
não se amam
nem lamentam.

Dê-me a luz que invento o mundo
sem deixar resíduos
ou farpas de mentiras e dragões…
Dê-me a palavra que invento o tempo

da verdade das pedras
das histórias das cavernas…
A união dos verdadeiros irmãos!!!
Só o poema está no centro de tudo

no centro do arco
no centro do palco
no coreto da vida.
Inteligente escadaria para o futuro

flechada certeira repleta de respostas.
Só o poema
em seu estado gasoso
evapora a ignorância

esculpe-me a tolerância
gira no entorno da geometria
viaja no tempo da sabedoria
aponta-me o sinal sagrado
sangra-me, pedra bruta,
e alimenta minha alma no entorno da poesia.

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