Quanto mais fecho os olhos, melhor vejo. Em relativo estado de meditação perfazendo o Todo, mentalizando o ponto dentro do círculo, vejo-me como uma fração, uma pequena parte do Todo, uma simples fagulha somada a muitos outros. Engendrando no peito o ar da vitalidade, a quintessência, o hálito Divino. Em incessante busca, norteado pela partícula hermética, ladeado por ininterruptos lembretes e avisos em intervalos de dias e sonhos. Somos todos chamados a nos lembrar, nos ratificar, procedendo assim o traçado, onde nós mesmos, através do livre arbítrio, começamos em outrora.

A Geometria é perfeita, a simetria molda e entrelaça os muitos ângulos de nossas existências. A dicotomia está no que hoje é somático e amanhã somente restará aquilo que é psíquico. O corpo psicossomático é então levado aos páramos da Consciência Cósmica Universal, onde o Pai, em Sua eterna misericórdia Divina, reconhece em Seu filho a ligação morfológica que os une e engendra no vazio a origem e a terminologia, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Quando, em arroubos de intensa consciência, nos enxergamos frente ao nosso Criador e, depois regressamos a densidade do corpo físico, percebemos que nos falta algo. A Palavra Perdida! Em meio a provas e expiações a procuramos, ora perto, ora longe, mas sempre com o desiderato de um dia alcançarmos e assim, nesse momento de intensa luz, nos deleitaremos enfim nos braços de nosso Criador, sem precisar comer nem beber para viver, desprendido em definitivo, descansando sobre a égide Divina.
Concluo que a Maçonaria se não é a maior, é uma das maiores ferramentas do Grande Arquiteto do Universo, é em verdade, uma caixa de ferramentas que é confiada àqueles que são iniciados, para que estes a usem, lapidando-se e sendo uma criatura de luz na vida daqueles que os rodeiam. Tornam-se assim Maçons que, em última análise, é um estado de espírito.

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