uma mudança de “fazer Maçonaria”. A pandemia causada pelo Corona vírus – COVID 19 – provocou a suspensão das reuniões presenciais das LOJAS MAÇONICAS em todo o território nacional, em benefício da preservação da saúde dos irmãos.

Os dias foram passando, a saudade foi apertando, os abraços e conversas nas antessalas das Lojas deixaram de existir e o espírito buscador ficando inquieto. A ação maçônica nas LOJAS SÍMBOLICAS e ALTOS GRAUS foram adormecidas abruptamente por um “cowans” chamado COVID-19, um intruso, uma goteira, perigoso e muitas das vezes letal.

Estávamos acabrunhados e tristes. Mas a Maçonaria sempre se renova, pode até ser paradoxal, mas mesmo antiga se renova e continua tradicional. Esse renovar e continuar tradicional é um grande segredo da Instituição Maçônica jamais desvendado.
A Maçonaria emerge do “caos”, uma associação mais que tricentenária não poderia curvar-se ao “inimigo social”, a Sublime Ordem nunca se curvou aos ataques de inúmeras outras instituições, nunca se curvou aos seus detratores e, também não se curvaria ao “inimigo viral”. Como uma nova perspectiva, um renovar, irmãos encontraram uma forma, uma maneira de produzir uma reunião sem ferir os princípios de sigilo das reuniões. Aquilo que os “muito conservadores” temiam foi “o fênix” do hodierno, a tão poderosa pós-moderna INTERNET possuía as ferramentas necessárias para manter a união, manter o convívio, manter o diálogo e continuar a aproximar os irmãos. Em uma sala virtual, isso mesmo, virtual, encontramos a saída para nossas angústias causadas por um sujeito chamado COVID-19 que se não houver cuidados especiais seria um “ceifador de maçons”.

Alívio geral, muitos irmãos começaram as tentativas de uso das plataformas de videoconferências para encontrar com os irmãos de suas respectivas LOJAS, sem ferir nenhum regulamento, sem ferir nenhum artigo da Constituição e Regulamento Geral, já que os participantes são maçons regulares e suas “salas virtuais” estão fechadas aos diversos “cowans”.

Voltamos a ver os irmãos, voltamos a tratar assuntos administrativos e presenciar trabalhos, inclusive preleções de qualidade sobre assuntos ditos “antigos” com qualidade muitas vezes superior aos apresentados em LOJA. Irmãos palestrantes de orientes distantes são convidados e fazem preleções fantásticas, projetando assim um novo rumo aos caríssimos e porque não luxuosos encontros, em cidades paradisíacas, onde poucos irmãos podem se deslocar para participar, devido ao alto custo da logística e hospedagem como também ao tempo dispensado. Podemos aproximar as administrações estaduais “POTÊNCIAS” dos irmãos do interior, não só com palestras semeando o conhecimento como também informações importantes. As videoconferências, as “salas de Lojas virtuais” vieram para ficar, vieram para somar como ferramenta de trabalho, e não, como pensam muitos para dividir.

As reuniões presenciais são necessárias, a Maçonaria não vai jamais deixar do contato fraterno, as iniciações e mudanças de graus, a prática da ritualística tão importante para o nosso crescimento e desbaste da “pedra bruta”. Mas todo “mal” tem seu lado “bom” e para a Maçonaria a sensação é de extrema felicidade; o moderno e o antigo andam a partir de agora e sempre de mãos dadas. Jamais a Maçonaria será a mesma.

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