Dificilmente os homens estão em paz consigo mesmos. Dificilmente os homens conseguem enxergar a verdadeira ciência do viver, duvidas marretam sua mente como o galope de um cavalo sobre estepes quentes do deserto. Deserto que queima porque é alimentado por um sentimento tão nobre que mora onde o verdadeiro homem mora, e esse homem não o ouve, há aqueles que ouvem, sempre ouviram, uma vez que se vê o que é a face da mãe não se permite não amar mais. Ah ciência e conhecimento, poder e honrarias que tu não me garantes o domínio do que nunca será meu! Um porque digo aos que me leem – Por que tu que tens o conhecimento de me sentir, como pode tanto me atrapalhar? Claro que não me compreendem e compreendem, como diria o sábio antigo que tudo tem seu gênero, tudo tem seu oposto, como em cima é como em baixo, e eu vos digo seu carrancudo – Eu respeito tua opinião! Quando se sabe das coisas sejam elas o que forem, porque não há homem mais do que outro homem, e tolo mais do que outro tolo, tolos são tolos e homens são homens e eu dizia, quando se sabe das coisas se coloca em prática o que se sabe para não se desviar de nossas metas e princípios, para algum objetivo que até hoje vejo não ter traçado nenhum se não a paz para comigo mesmo, e batem então os soldados que querem o meu tesouro, o meu sagrado tesouro, o verdadeiro homem está sozinho e tem uma lança que pode dissipar o medo e a todos os olhos da ilusão diante de sua porta… Protegei-me é a única coisa que eu te peço, a tu que é Senhor. Protegei-me, Tu que veio antes, Protegei-me Tu que és a flor graciosa que brota somente no inverno. Quando se quer, empenha-se em conseguir, é a vontade do homem que protege com sua lança em mãos todo o seu tesouro, mas aqui ele não protege, ele sai para caçar no tesouro dos outros. O Alquimista aqui tem uma grande concha que move as forças ao seu redor de modo que seus pés se torcem e as raízes da árvore se fundem e brota uma rosa de inverno no coração dos filósofos alheios. Daí então é assim mesmo, assim o trabalho começa, os galhos não podem envelhecer com a cegueira ou melhor com nenhum tipo de mancha na água que escorre do arquétipo e se manifesta no verbo. O tesouro do Alquimista ontem, hoje e sempre é o que importa e eu em verdade vos digo seu grande tolo, quer transmutar o quê? Se nem a pedra bruta tu tens? Quando se ousa, a se bater o pé adiante mesmo sem pensar em pisar, a mente está lá nas alturas, viajando as possibilidades infinitas do êxito na nossa empreitada, se conseguimos ousar, ah é uma glória muito grande e não mais tem vez aqui a vergonha ou a incerteza, o alquimista colocou algo no fogareiro que fez muita fumaça – Ora não vejo um palmo adiante do meu nariz. Não se pode parar o trabalho, devem continuar as labaredas, devem consumir e renovar, forjando agora a espada que sai da boca na visão do grande profeta que não sabia o que via, mas viu e não entendia. Quando se cala é a espada que está nos lábios do mago, e seu fio é afiado o bastante para cortar o seu robe sagrado, aqui já não quero acreditar ter vez o diabo da mente, a água flui com graciosidade, o deserto queima, mas não queima o casco do cavalo que cavalga manso, o homem e sua lança partiram a bruta pedra com um só golpe e teve metades as milhares que justificavam todo o seu labor e todo o seu intento, justamente porque preferiu ouvir a verdade ao invés de ouvir a certeza, e a espada está sobre sua cabeça, não cale e decepada é sua sentença. Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ