O maço e o cinzel

Desde que iniciado na Arte Real, vejo na Ordem maçônica uma associação que possui grandes valores éticos e morais, que visa enaltecer nossas virtudes e erradicar nossos vícios respeitando o modo de agir e pensar de cada um. Por isso, sinto orgulho de ser parte desse universo maçônico.

Já nas primeiras instruções do grau de aprendiz, nos é apresentado alguns instrumentos para nosso aperfeiçoamento espiritual e moral, dentre eles: o Maço e o cinzel.

Dentre as significações em torno do M∴ e do C∴ – principais utensílios de trabalho do Ap∴ para desbastar sua P∴ B∴, e apesar de ainda me encontrar na escuridão do grau de Ap∴ tive a ousadia de escrever sobre estes indispensáveis objetos. Chamo os IIr∴ a meditarem sobre eles, fazendo uma simbologia do pensamento e das palavras que utilizamos, muitas vezes, de forma afoita e com intemperança.

O M∴ e o C∴ “pode marcar impressões sobre os mais duros materiais”, e quanto mais duros esses materiais, mais difícil se torna corrigir uma lapidada imperfeita. Por isso, essas ferramentas devem ser manejadas com extrema cautela, para que não façamos marcas indesejáveis em nossa P∴ B∴, ou pior na P∴ de outras pessoas.

Assim é com o pensamento e com as palavras (Maço e Cinzel) que se bem empregados podem construir/moldar coisas maravilhosas, no entanto, se mau empregados podem destruir. Podem levantar a autoestima de uma pessoa, mas também podem machucar a alma de um ser humano, deixando feridas que nunca cicatrizam.

Quantas vezes, no intuito de aparar arestas, dizemos palavras que machucam as pessoas que amamos. Daí requer que sejamos verdadeiros maçons, medindo a força com que utilizamos o M∴ e o C∴ (aqui representados pelo pensamento e pela palavra) para que não sejam usados como armas de destruição, mas sim de construção.

E se, por um infortúnio, utilizarmos essas ferramentas de forma incorreta ou imprudente, que o G∴A∴D∴U∴ nos nutra de sabedoria para reconhecer e reparar esse erro. E o mais importante, que tenhamos humildade para pedirmos PERDÃO.