Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 — Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo ou Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Os chifres na cabeça da majestosa escultura Moisés, do gênio Michelangelo, concluída em 1545, encomendada pelo Papa Julio II, situada na Basílica de San Pietro, em Vincoli, Roma, (que em muito não são comentados e passam até despercebidos, muito ignorados).

Esses chifres tratam de uma referência a uma interpretação medieval do Livro do Êxodo (34, 29). Na vulgata, “Quando Moisés desceu do Sinai, seu rosto resplandecia…”, isto é, lançava ‘raios’, e a palavra ‘raios’ é traduzida no sentido próprio de ‘chifres’, e por isso, os artistas medievais representavam Moisés com um par de chifres.
Outra explicação é a tradução errônea, feita por São Jerônimo, para o Latim, quando da palavra hebraica karan (baseado na raiz keren, que geralmente significa “chifre”). Todavia, o termo é atualmente interpretado como significando “radiando” ou “emitindo raios”.

A representação de Moisés com chifres decorre da descrição do rosto de Moisés como iluminado, que na tradução Vulgata da passagem em que o profeta retorna ao povo, após receber os Dez Mandamentos pela segunda vez, assim se apresentou ao seu povo.

Graças ao nosso Supremo Demiurgo, a tirania, a ignorância e a superstição não “arrancaram” os “demoníacos” ou “sacros” chifres de Moisés, adulterando a originalidade da arte de Michelangelo, muito embora, ironicamente, a própria igreja demonizara com chifres a iconoclastia de mefisto, diabolizando a tantos, inclusive aos nossos e à nossa própria Sublime Ordem, sobretudo, canonicamente, a partir da bula In Eminenti Apostolatus Specula, através do papa Clemente XII, em 24 de abril de 1738.

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