A mídia vem insistindo na divulgação dos males que ora atormentam o Brasil, apontando-se a corrupção como vertente deles todos. Uma das conseqüências mais referenciada dessas atribulações por que passamos, tem sido apontado o desemprego da população que, segundo as pesquisas do instituto do governo, abarca cerca de 14 milhões de pessoas. Um mal que aflige muita gente, não somente 14 milhões. Pois considerando que desse contingente 10 milhões sejam chefes de família, e, que essas famílias sejam de 3 pessoas, teríamos 34 milhões vivendo à espera do “Deus dará”. Sendo-lhes nulo o poder de compra, que inibe a produção, que desativa mais postos de trabalho, que encurta o mundo de negócios e embala a economia de ladeira abaixo.

Dá uma tristeza danada na gente vê o tamanho das filas que se formam ao aceno de um emprego! Ou vê a quantidade que povoa os salões das agências de emprego! Poucos, muito poucos, são os que irão conseguir êxito obtendo uma nova colocação. É que, em nossos dias, não basta possuir experiência, para obter uma nova colocação. É que, bem provável, a atividade desenvolvida nem existe mais. A inovação vai extinguindo muitas das profissões. Introduzindo outras. A tecnologia pariu o robô que vem substituindo o humano. E o empresário exerce sua atividade não pra fazer caridade, mas para obter lucro.

Então é preciso que se dê um novo rumo a essas informações. A mídia, acrescentando algo mais às suas funções, ao colaborar com a sugestão de soluções e não ficar presa ao problema do repetitivo de que a economia vai mal e que o desemprego é alarmante. Disso todos nós já sabemos. Até porque somos vítimas do mal, sofrendo-o. E sofrendo, ensina-nos o cancioneiro popular: “… a dor vai ensinando a gente…”

Convém passar para o outro capítulo, o da solução. Orientar as pessoas para o retorno à escola. Para a aprendizagem de uma nova profissão, sem o que vai ser remota a possibilidade de êxito na procura da recolocação no trabalho.

E não falta escola para isto, sabido do empenho do governo e centros empresariais na oferta de cursos profissionalizantes. O atual Ministro da Educação foi muito feliz quando reorganizou a grade da educação para o ensino médio, incluindo-lhe a responsabilidade pelo fortalecimento do aprendizado técnico, ampliando o período de permanência na escola e disseminando o modelo das escolas de tempo integral.

Chega, portanto, o tempo de mudar de página. De animação. Sair do problema. Fazer parte da solução. Semear esperança. Deixemos de “riscar no papel” que isso “é fácil”. Vamos “riscar na vida”, embora isso “seja difícil”. Acreditemos nos que estão limpando o terreno! Enfim, “não desistir do Brasil”.

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Presidente da ABIM (Associação Brasileira da Imprensa Maçônica) na sede do GOIERN, em 20 de agosto de 2014, durante  Sessão Magna Pública comemorativa do DIA DO MAÇOM.

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