Graus primitivos cristãos Revista Universo Maçônico 16 de maio de 2014 História 1. Caius Flavius Valerius Aurelius Claudius Constantine (c.274-337 d.C.) era filho de Flavius Valerius Constantinus Chlorus e Helena, uma princesa britânica e filha de Caylus. Constantino nasceu na cidade inglesa de York. Ele sucedeu seu pai como governador da Espanha, Gália e Bretanha, e foi proclamado imperador do Oeste pelas legiões romanas em York e pelo derrotado Maxentius. 2. Constantino foi o primeiro imperador romano a, abertamente, encorajar o Cristianismo, e celebramos sua conversão na fundação da Ordem da Cruz Vermelha. 3. Candidatos que entram nessa ilustre Ordem são devidamente admitidos sobre um triângulo equilátero e precisam obedecer à Nova Lei, tomar a cruz e seguir os passos do Cordeiro, o que significa que podem nutrir a esperança de reconstruir em seus corações o templo do Mais Alto Deus. 4. Eles buscam Emanuel. São dirigidos de perto por Hiram, o Filho da Viúva. Esperam descansar em Shiloh, a Cidade de Deus. E são descendentes de Uzziah, rei de Judá, famoso por seus sucessos militares. 5. O dístico da Ordem é “In Hoc Signo Vinces”, que significa “Sob esse signo, vencerás”. 6. Essa Ilustre e Cavalheiresca Ordem foi fundada por Constantino depois da batalha de Saxa Rubra, no ano de 312 d.C., na qual ele finalmente derrotou o imperador rival, Maxentius. Fundou-a em memória do milagre divino que o levou à conversão na fé cristã, e como uma recompensa ao valor e à constância de alguns de seus soldados. 7. A Ordem da Cruz Vermelha é, portanto, não apenas a mais antiga, mas a mais honorável instituição de nobreza maçônica; e cabe aos Cavaleiros da Ordem honrar os privilégios advindos daqueles valorosos irmãos, e sempre lembrar as suas palavras de ordem, que são: Fé, União e Zelo. 8. Antes de sua conversão ao Cristianismo, Constantino tinha sido iniciado nos Mistérios no Collegium Artificium, ou Colégio de Artífices, em Roma, e tinha alcançado a posição de Magister, ou Mestre. Esse treinamento, sem dúvida, iluminou sua mente e o predispôs a desejar um conhecimento mais completo do Mais Alto Deus, cuja devoção formava o âmago de um dos antigos mistérios e, assim, quando assumiu a Púrpura Imperial, nem mesmo as necessidades do império ou as responsabilidades de comando puderam erradicar ou restringir seu profundo interesse pela Verdade e Sabedoria. 9. A forma de sua conversão é assim relatada: em uma tarde, durante a marcha de seu exército em Roma, Constantino meditava sobre o destino das coisas sublunares e sobre os perigos de sua expedição, e, sentindo que não poderia ter sucesso sem assistência divina, suplicou ao Céu que lhe desse inspiração e sabedoria para escolher o caminho certo. O Grande Arquiteto do Universo ouviu suas preces, e o sol já se punha quando, de repente, surgiu no céu um Pilar de Luz com a forma de uma cruz e com a inscrição “In Hoc Signo Vinces”. 10. Tão extraordinário fenômeno criou um extremo assombro nas mentes do imperador e de seu exército, e os pagãos julgaram isso um mau presságio; mas, no dia seguinte, Constantino, amparado pelas visões da noite, mandou fazer um Estandarte Real portando a cruz como ele a tinha visto nos céus, e determinou que deveria ser sempre carregado, à sua frente, em suas guerras, como uma Insígnia de Vitória e Proteção Celestial. 11. A tradição relata que, por isso, diversos maçons cristãos entre os soldados apresentaram-se à frente e abertamente declararam sua fé; e que o imperador, para comemorar o evento, convocou-os a usar em suas armaduras uma Cruz Vermelha com 16 estrelas representando as 16 letras das palavras místicas. 12. Chegando à capital, diz-se que Constantino, com a assistência do Irmão Eusebius, abriu um Conclave de Cavaleiros da Ordem e posteriormente esses valentes e ilustres homens formaram a guarda pessoal do soberano. 13. A Rosa e o Lírio foram adotados pelo nosso Real Fundador como emblemas do Ser Divino que ele tinha aprendido a adorar. Misticamente, eles representam a Rosa de Sharon e o Lírio do Vale. 14. Entre os outros atos de Constantino, seu encorajamento ao aprendizado é notável; ele também ordenou que as Escrituras fossem mantidas cuidadosamente e frequentemente lidas em todas as igrejas; e destinou a quarta parte de seus rendimentos aos pobres e a outros propósitos piedosos. Por conta disso, sua memória ficará nas mentes dos bons homens e maçons até o fim dos tempos. 15. Em 329 d.C., Santa Helena, filha de Caylus, rei da Bretanha, consorte de Constantino e mãe de Constantino, o Grande, fez uma peregrinação à Terra Santa em busca da cruz do redentor. 16. Depois de revirar as colinas do Calvário, destruindo o Templo de Vênus, três cruzes foram encontradas; mas era difícil determinar qual delas tinha supliciado a forma divina do Cordeiro de Deus. 17. O pontífice Marcelino, sendo consultado, sugeriu colocá-las ao lado da cama de uma mulher doente há muito tempo e a ponto de morrer, e, pondo suas mãos sobre as cruzes, seria constatada a virtude e eficácia daquela que havia pertencido ao Senhor, conforme a mulher fosse curada. As ordens do pontífice foram obedecidas; duas das cruzes não deram resultado, mas, quando ela colocou as mãos sobre a terceira, ficou miraculosamente curada e imediatamente se levantou, dando glórias a Deus, dizendo: “Ele foi ferido por nossas transgressões, Ele foi injuriado por nossas iniquidades, o castigo de nossa paz estava sobre Ele, e com Seus vergões somos curados”. 18. No lugar onde as cruzes foram encontradas, Santa Helena e Constantino ergueram uma igreja imponente, cem passos de comprimento por 60 passos de largura, parte dela cobrindo o lugar da crucifixão e, por causa do rebaixamento do piso, o Sepulcro aparece acima do solo da igreja como uma gruta. Há uma soberba cúpula sobre o sepulcro; e no corredor estão as tumbas de Godfrey, o defensor do sepulcro, e Balduíno, o primeiro rei cristão de Jerusalém. 19. A seguir, Santa Helena, com a sanção de Constantino, instituiu a Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepulcro. A Ordem foi confirmada pelo Pontífice Marcelino, e o Patriarca da Cidade Santa foi nomeado Chefe dos Cavaleiros, que eram selecionados dentre os Irmãos da fraternidade da Cruz Vermelha. Ajoelhando na Tumba Sagrada era compromissado por um solene juramento de guardar o Santo Sepulcro, proteger os peregrinos e repelir os ataques dos infiéis e inimigos da Cruz de Cristo. Publicado no grupo “Os Veneráveis são os únicos representantes das Lojas Maçônicas” 20. De acordo com a Tradição Maçônica, o grau de Cavaleiro de Constantinopla também foi fundado por Constantino, o Grande, com o propósito de corrigir certos males que ameaçavam sua soberania. O orgulho e a arrogância da nobreza e seu poder tinham aumentado muito sob o fraco poder exercido pelos seus predecessores; e ele antevia que seu trono poderia ser ameaçado, a menos que pudesse trazê-la a um estado de maior submissão. 21. Portanto, com o objetivo de curvar a nobreza e trazê-la para um nível apropriado, com súditos mais humildes, ele instituiu uma ordem de cavaleiros que concedia a algumas pessoas comuns, artesãos e trabalhadores. O imperador comprometeu-se, em solene engajamento, que ele, pessoalmente, nunca mais conferiria esse grau a ninguém; quem quer que desejasse obter essa honraria deveria tê-la merecido e ser reconhecidamente premiado por aquelas pessoas comuns que já tinham sido criadas Cavaleiros da Ordem. 22. Ele também concordou que não mostraria favor a ninguém que não fosse os Cavaleiros de Constantinopla. E deu ordens para executar qualquer pessoa que recebesse o grau e que não reconhecesse que todos os homens são iguais perante Deus. 23. Os nobres diziam sobre os maçons: “Estas são as pessoas comuns; eles estão abaixo de nossa visão; seria degradante para nós, a nobreza, falar com eles”. 24. Eles falaram a Constantino, dizendo: “Poderia vossa majestade conferir o grau de Cavaleiro de Constantinopla a nós, seus humildes servos?” Constantino respondeu: “Eu não o confiro a nenhum homem.” 25. Os nobres perguntaram: “De quem então podemos recebê-lo?” Constantino respondeu: “Desses construtores e laboriosos maçons a quem vocês referem-se como inferiores, os Cavaleiros de Constantinopla”. 26. Rapidamente, os nobres perceberam que tinham perdido a confiança de seu soberano. A delegação foi informada de que seu favor só seria mostrado aos Cavaleiros de Constantinopla. 27. A percepção de que não poderiam sobreviver sem o favor e a amizade de seu imperador fez a honraria ser largamente perseguida. Muitos dos nobres, tendo cumprido os quesitos do grau, receberam-no das devidamente constituídas autoridades maçônicas. Assim, Constantino teve sucesso em submeter seus orgulhosos súditos e em preservar a autoridade de seu trono. 28. Esse grau enfatiza a virtude da humildade. Ensina-nos a odiar a arrogância e o orgulho, para lembrar que aqueles que ocupam um nível de vida mais baixo podem ter mais mérito intrínseco que nós mesmos, e acima de tudo nunca esquecer que aquele que exalta a si mesmo será humilhado, mas aquele que se humilha será exaltado. 29. Constantino e Helena insistiram que nossa Ordem deveria para sempre reconhecer que todos os homens são iguais perante o Mais Alto Deus. 30. Possa o sempre abençoado Soberano do Universo tomar os membros desse Conselho em Seu sagrado resguardo pelas vigílias da noite e os labores do dia, e assim eles possam estar preparados para a chegada da noite, quando nenhum homem poderá trabalhar. 31. Depois da morte de Constantino, um Irmão Cavaleiro que foi mandado para visitar as ruínas do antigo templo retornou de lá, tendo encontrado as Escrituras de nosso santo patrono. Essas foram as circunstâncias do fato: 32. Tendo chegado às ruínas do Templo de Herodes, ele descobriu que o imperador Juliano tinha começado outro templo sobre elas. Ele foi compelido a ajudar os trabalhadores que estavam preparando as fundações e, ao removerem uma das pedras, uma câmara foi descoberta. 33. Como o interior não podia ser visto com clareza devido à sua grande profundidade, ele foi solicitado a descer para verificar o que lá havia. Seus companheiros trabalhadores o baixaram com uma corda, e ele achou uma grande quantidade de água acumulada no chão da câmara e, no seu centro, uma coluna no topo da qual estava um livro embrulhado em um fino tecido de linho. 34. Ele não descobriu mais nada e, tomando o livro, foi puxado para cima. Algum tempo depois, o volume foi aberto e um grande medo caiu sobre todos os presentes, tanto judeus como gregos, pois já no início, em grandes caracteres, estava escrito: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus”. Isso prova de fato ser a cópia de um manuscrito de nossos escritos sagrados. 35. Esse incidente, junto com outros milagres mandados pelo céu na mesma época, tornaram evidente que a profecia da desolação do Templo nunca se tornara inválida, pois o Livro declarava que Ele, que tinha ordenado isso, era o Mais Alto Deus, o Criador de todas as coisas. Mostrou ainda que os que estavam trabalhando naquele edifício trabalhavam em vão, pois uma divina e imutável sentença tinha decretado sua destruição final. Essas circunstâncias motivaram que todos, imediatamente, declarassem que não era agradável ao Mais Alto Deus que o templo fosse restaurado. 36. A tradição que acaba de ser revelada deveria ficar impressa em nossa mente, dizendo que os decretos do Mais Alto Deus não podem ser revertidos pela mão do homem. Juliano, o Apóstata, tentou reconstruir o Templo judeu, mas falhou na tentativa de alcançar seu desígnio, e como punição pelo pecado, achamos que seu fim foi uma cena miserável de blasfêmia. 37. Dizem as narrativas que, quando foi ferido pelo dardo persa, ele tentou montar em seu cavalo para liderar uma segunda carga contra o inimigo, mas caiu exausto nos braços de seus atendentes. Enchendo suas mãos com o sangue que corria de suas feridas, ele as elevou ao ar e morreu, exclamando amargamente: “Tu conquistaste, ó Galileu”. 38. Depois da morte de Juliano, a religião cristã espalhou-se velozmente, exceto no leste. Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ