abemos que a Maçonaria, tem a mais espiritualizada finalidade de proporcionar, ao maçom e a toda humanidade, o maior aperfeiçoamento possível, tanto intelectual, quanto espiritual, moral e social. Pugna, com amor, pelo cumprimento inflexível do dever assumido e defendendo, dentro dos limites da razão, a tolerância como princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções, a ética e a dignidade coletiva ou própria de cada um. Mas, infelizmente, a humanidade está cada vez mais doente, cada vez mais neurótica. A humanidade está sofrendo de poluição moral e espiritual. Já lamentava Erwin Seignemarlin, fundador da Academia Paulista Maçônica de Letras e um dos grandes baluartes em defesa da moral sadia e dos direitos humanos a uma ética coletiva de padrões elevados. A corrupção antiética pelos pornófilos, patologicamente prenhes de céfalos – coliformes e a inversão de valores de mãos dadas com o destempero entero – gástrico e do exagero das vaidades, como os germes patogênicos, está tentando atingir os lugares mais sagrados: os templos à virtude da filosofia maçônica e, os da cultura geral: as Academias de Letras. Já dizia Zoroastro, o grande mestre do mazdeísmo persa: “Pensar bem e honestamente, falar bem e honestamente, agir bem e honestamente”. Aquele que, exclusivamente e ostensivamente, despreza a ética da sua comunidade, aquela mesma que lhe ofertaram seus irmãos com tanto carinho, respeito e esperança, por admiração à sua intelectualidade, ele, por se julgar com o direito da livre expressão, não se incomoda com a própria consciência, com a lógica e o dever da reciprocidade, nem com os padrões éticos do respeito à moral coletiva, porque elas, não se acostumam com o seu próprio, infeliz e lamentável padrão moral. A estes, os seus irmãos, cunhados e suas famílias, pergunto: onde está, pelo menos, o respeito à ética? O palavrão, a chula semântica, ilógica, grosseira e desrespeitosa, gerada no “Bas Fond” cultural do meio imoral da vida, nada mais é do que a pobre lamentação de um falso poder de virilidade, isto é, o complexo de um poder em declínio. Para estes, a vida é um mundo de onde devem tirar a maior vantagem, onde os palavrões e as anedotas sujas e de mau gosto são, sempre, um escarnecimento da mulher, da religião e do amor. Para a maioria das crianças e adolescentes, tudo o que sabem à respeito de sexo aprenderam nas ruas, de modo sujo e malicioso ou, o que é pior, no próprio lar entre pais pornófilos, beberrões e pedófilos, onde a única oração é o palavrão e os consequentes atos obscenos, na qual as mulheres são as grandes vítimas. Nos EUA, segundo pesquisas do FBI, uma mulher é estuprada a cada seis minutos e o que é mais alarmante é que aumentam cada vez mais as agressões sexuais às indefesas criancinhas. Quão frequentemente, temos fixado nos pretensos direitos, perdendo a riqueza do crescimento moral e espiritual, ante a singela e correta execução de nossos deveres comunitários, por ser a mais poderosa peça da máquina da vida? É interessante raciocinar sobre o fato de que nossos direitos sempre coincidem com os nossos prioritários deveres. Não será isso o grande Arquiteto do Universo trabalhando o caráter do homem? Não será esse o momento de se pôr a mão na consciência ao invés de se coçar o traseiro da vaidade? – dizia Erwin. Mais do que o homem comum, o acadêmico pela sua obrigatória e admirada erudição, tem o dever de combater de frente, sem covardia, as atividade antiéticas, sem se resignar complacente ao revoltante triunfo da injustiça, pois de acordo com João Reinaldo de Menezes “aquele que faz o mal, tem pelo menos a coragem de fazê-lo, enquanto o que se torna cúmplice pelo silêncio faz o mesmo pecado com a covardia por acréscimo”. Seria o mesmo que se caracterizar a cínica e irresponsável aceitação da desonestidade, como o estado natural do homem, ou a exceção antiética, tomando o lugar da imensa maioria como se fosse ela a própria maioria, ou melhor, uma inversão dos valores éticos. A civilização moderna sobre o mal do sexo. Na imprensa, nas escolas, e, o que é pior, até em alguns lares, cultiva-se a doutrina do amor livre e irresponsável, com a degradante redução da mulher a um simples objeto de uso descartável e repelente após o uso, como uma nojenta necessidade fisiológica. Sob o manto protestos das drogas, do vício em geral e de certa imprensa mercantilista, a enferma sexolatria, isto é, a prostituição disfarçada, a transgressão coletiva, o pansexualismo, o estupro e a maldita pedofilia, são já aceitas com certa naturalidade pelos interessados em seus lucros e, por outro lado, pelos pessimistas e acomodados. O marginal do sexo teve o seu infeliz jardim da infância no próprio lar, onde a sua cartilha é a pornofonia e a prostituição. Eles, estupidamente, parecer crer que, a pornografia deve ser aceita compulsoriamente pelo meio coletivo, como uma matéria a ser ensinada contra toda ética coletiva, como se aqueles que não a aceitam, sejam considerados de pouca inteligência. Eles se consideram os donos do conhecimento e da verdade, quando a sua infeliz, agressiva e enferma exibição, não passa de imensa castração a pedir socorro. Segundo Danilo Nunes, em relação a um mau caráter ou a um inimigo: estamos sempre em guarda na expectativa de alguma perfídia ou agressão, que poderemos neutralizar ou a elas oferecer revide. Mas, de alguém que se estime ou respeite, jamais esperamos atos que nos possam magoar. Quando ocorre, fere-nos muito, por nos surpreender inteiramente sem defesa. E nem ao menos nos achamos no direito de revidá-lo porquanto, não seria resultado da intenção de nos atingir, mas, diríamos: por ser fruto da má educação e apoucada consciência. Nós, os acadêmicos que, acima de tudo somos maçons, não podemos errar, nem a sós e, principalmente, coletivamente, não só por nossos sagrados princípios, mas também porque o mundo nos observa, pois somos maçons. E, isto tudo é uma das partes mais importantes da ética, a sagrada ciência da moral. Bem, passando da ética, da moral coletiva para a outra, aquela da moral da participação coletiva cultural, quero realçar com todo respeito e carinho os seus pontos integrantes. Como coordenador das Academias Maçônicas de Letras em São Paulo, pude ver mais de perto a lamentável inoperância de algumas que apenas promovem raras reuniões, sendo todas elas para dar posse para seus candidatos, sem se preocuparem com os necessários eventos culturais, esquecendo-se de que são também de letras. As antologias que tanto sonhei e pelas quais tanto lutei nas primeiras diretorias, foram pela graça de Deus assumidas e elaboradas em número de três belas obras construídas pela grande parte dos melhores escritores maçônicos do país. As dificuldades em criar essas antologias têm sido muitíssimas maiores do que se esperava, desde as insistentes requisições de matérias até a montagem, à revisão da redação em geral, não se esquecendo do principal: a paciência de Jó do nosso laborioso e culto presidente, professor Erasmo Figueira Chaves. Nós, os acadêmicos que, acima de tudo somos maçons, não podemos errar, nem a sós e, principalmente, coletivamente, não só por nossos sagrados princípios, mas também porque o mundo nos observa, pois somos maçons A Paulistana hoje é uma academia que promove com esperançoso idealismo e amor, além das tradicionais e necessárias reuniões administrativas e festivas, aquilo que mais está levando a sério: a cultura. Seus encontros culturais têm sido uma constante, ora com reuniões informais, ora formais, com ilustres e consagrados elementos de proa da sociedade artística, ora com os mais exemplares grupos religiosos, mesmo com a ausência quase total de seus fundadores. Outra importante e erudita Academia do interior, tão rica de ilustres e consagrados homens da mais alta cultura, nunca respondeu aos convites formais e informais para um encontro cultural. E, pergunto, e a ética? E a fraternidade? E a cultura? E o que podemos considerar sobre o acadêmico sumidiço? Aquele que raramente comparece aos eventos! Também há aquele que só compareceu para receber o devido diploma, porque talvez fosse à única coisa que lhe interessava! Será que o incorretamente ético cartão branco do desprezo não deveria ser substituído pelo cartão azul de um adeus ao erudito, mas improfícuo acadêmico? Uma academia para justificar a sua existência, tem que ser uma autoescola da vida, onde todos ensinas e, consequentemente, onde todos aprendem. Só os pessimistas e frustrados fogem do sublime desafio de abrir a seu próximo, o livro de suas luzes. Não seria mais inteligente aprender com o grande Sócrates (só sei que nada sei)? E que, porém, por tudo isso, foi mestre de grandes mestres como Platão e Aristóteles, e discípulos de outros grandes sábios, tanto na academia de Isócrates e Platão, como no Liceu de Aristóteles? Mas como? -diriam os antiéticos. Comentar os nossos erros não é também antiético? E responderia Jesus se vivo fosse hoje: “Hipócritas! Vós sois como as venenosas serpentes do deserto! Que só podem ser combatidas com seu próprio veneno!” E eu perguntaria: será antiético lutar contra o extremismo, o nazismo, o comunismo, o fanatismo contra grupinhos de politiqueiros que em qualquer associação cultural só visam tirar vantagens? Foi antiético Jesus, o grande mestre, ao surrar os vendilhões do templo? Foi antiético o povo brasileiro ao por Fernando Collor de Melo para correr? É chegada a hora, meus distintos pares, de se restauram o homem maçom à sua estatura potencial, com a lanterna de Diógenes em uma das mãos e o compasso e o esquadro em outra, pois, como disse Emerson: “A procura do grande homem é o sonho da juventude e a preocupação mais séria da idade adulta.” Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ