Felizes de nós se as ciências que seguem fossem ensinadas em escolas como eram ensinadas na época do reinado de Carlos Magno. Sei que o assunto é um pouco complexo, por isso indico outras fontes de pesquisa para um entendimento mais profícuo. No mundo antigo dialética, retórica, música e aritmética, formavam o que os antigos chamavam de quadrivium. A quinta ciência era a geometria, que por muito tempo simbolizava a Maçonaria, tendo Deus como o Grande Arquiteto, há que todos e a tudo fez. Ainda tínhamos a gramática e astronomia. Datada de 1565 a gravura ao lado representa as sete ciências, e eram talhadas em forma de medalhões. As sete Artes Liberais Desde antes do tempo de Arístoteles que existe a divisão entre: o trivium (retórica, gramática e lógica) e o quadrivium (aritmética, música, geometria e astronomia). Essa divisão era aplicada como forma de tornar mais fácil os ensinamentos aos cidadãos dos tempos antigos. As Sete Artes Liberais estão vinculadas a outros conhecimentos tradicionais e apresentam grandes simetrias com outras disciplinas, especialmente a astronomia. Nesse sentido, é possível fazer uma analogia com o simbolismo dos planetas, relacionando a retórica com Vênus; a gramática com a Lua; a lógica com Mercúrio; a aritmética com o Sol; a música com Marte; a geometria com Júpiter e a astronomia com Saturno. Desde os quatorze anos que as crianças eram ensinadas nas escolas Romanas e depois durante a época do Imperador Carlos Magno, eram ensinados primeiro o trivium e depois o quadrivium. TRIVIUM Gramática: É a ciência de falar sem nenhum erro. Dialética: É a capacidade de saber distinguir o verdadeiro do falso. Retórica: É a disciplina que nos ensina a arte da persuasão. Se compararmos o TRIVIUM com a educação dos tempos atuais podemos comparar com o começo de nosso aprendizado, pois para podermos ir mais longe temos que saber o básico, ou seja, temos que aprender a falar, a escrever e a pensar. Por isso tinha que aprender gramática, retórica e dialética. Sem esses conhecimentos, dificilmente o estudante conseguiria acompanhar o difícil e rigoroso método escolástico de ensino, que se fundamentava principalmente na lógica de Aristóteles. QUADRIVIUM Era o que podemos chamar de ginásio. Em algumas escolas americanas, especialmente aquelas que seguem o modelo clássico, ainda se trabalha com um currículo semelhante, para os alunos que desejam tornar-se Mestre das Artes. Eu me lembro que até bem pouco tempo atrás era ensinado OSPB ( Educação Moral e Cívica) na escola em que fui alfabetizado o Colégio Arquidiocesano PIO XII, existia uma matéria que poderíamos chamar hoje de AMOR e HONRA. A importância do trivium é que cada elemento contém potencialmente as habilidades filosóficas exigidas para a vida intelectual madura. É uma pena que esse sistema tenha sido banido das escolas brasileiras, substituído por um currículo que só sobrecarrega a mente do aluno com informações, (muitas vezes inúteis para a careira que ele escolheu, ou mesmo para os seus projetos de vida) sem ensiná-lo a usá-las adequamente. Dessa forma, a Maçonaria, ao recuperar a importância das Sete Artes Liberais e incluí-la no programa de aprendizado maçônico, presta um grande serviço à educação. Que o Irmão possa realmente se valer disso. AS ARTES DENTRO DA MAÇONARIA Conta a lenda que em 1719 na segunda edição do Livro das Constituições, Anderson declara: “Dentro de certas Lojas Maçônicas, certos documentos valiosos referentes à Maçonaria, tais como regulamentações, legislação, segredos e costumes foram queimados por irmãos escrupulosos para, desta maneira, não caírem nas mãos profanas”. Felizmente, não foi feita uma destruição completa. Alguns manuscritos remanesceram e logo após foram encontrados nos arquivos de várias lojas Maçônicas ou até mesmo no Museu Britânico. Mais tarde eles foram publicados por aqueles que os descobriram e, juntamente, podemos acrescentar o irmão William James Hughan, um real mestre de antiquários da maçonaria. Em 1872, ele publicou The Old Charges of British Freemasons (As Antigas Obrigações dos Maçons Livres Britânicos), uma extremamente valiosa coleção de manuscritos, que, até então, era considerada como perdida. Falando de uma maneira geral, todos os documentos publicados por qualquer outro irmão daquela época foram genericamente intitulados “As Antigas Constituições”. O mais antigo desse tipo de manuscrito é um poema chamado Constituciones artis geometriae secundum Eucleydem, preservado no Museu Britânico e publicado em 1840 por Mr. Halliwell em seu trabalho “Early History of Freemasonary in England” (Antiga história dos Maçons Livres na Inglaterra). Foi suposto que esse poema tenha sido concebido por volta de 1390. Um segundo manuscrito inglês foi publicado em 1861 pelo irmão Matthew Cooke. Sua data de concepção foi assumida como sendo por volta de 1490. Também li que todos os antiquários maçónicos da época concordam que isso é cronologicamente o manuscrito seguinte, depois do poema de Halliwell, mesmo tendo uma distância de 100 anos entre eles. Mas, novamente, isso é mais uma suposição, suportada principalmente pela idéia que nenhum outro documento intermediário foi encontrado. Levando-se em conta o fato de que os manuscritos seguintes assemelham-se largamente, pode-se facilmente presumir que eles não são nada mais nada menos, que cópias fiéis destes. O original, publicado por Dowland na revista Gentleman, não pôde ser encontrado, mas supõe-se que teria sido escrito por volta de 1550. Todos esses manuscritos, exceto o manuscrito de Halliwell, começam chamando publicamente pela ajuda à Sagrada Trindade, seguida pela descrição das Sete Artes e Ciências liberais, dentre as quais a quinta, a Geometria, é considerada A Maçonaria. Em seguida, existe a tradicional história dos Maçons da época de Lameh até os dias atuais, e os manuscritos encerram com uma série de regulamentos operacionais e legislações. A história tradicional contém suficientes anacronismos e absurdos óbvios, e, ainda assim, seu valor não pode ser contestado, pela contribuição ao desenvolvimento da História da Maçonaria, seguida posteriormente por escritores, tais como Anderson, Preston e Oliver. Fora dos motivos que levaram á destruição dos diversos manuscritos que contêm a Lenda da Corporação em 1719, podemos concluir que essa lenda foi parte de instruções esotéricas contidas na The Guild of Operative Massons. Se for dessa maneira, seu caráter de segredo foi perdido em 1772, quando a Constituição foi publicada na edição Roberts. De qualquer maneira, a referência para a “Lenda de Charles Matel” conecta essa lenda ao século 12 dos maçons franceses. A importância e influência da Lenda sobre Arte, como autoriza a história da Instituição, promove-a como um trabalho essencial para qualquer um que estuda o passado da Maçonaria. O manuscrito de Dowland permanecerá como essencial ponto de referência, por ser o primeiro de uma longa série de manuscritos que moldaram a tradicional história da Maçonaria. A Geometria ensina o homem a medir, a ponderação e o peso de todas as coisas na Terra, porque não há nenhum homem que trabalhou alguma ciência sem medir, ou nenhum homem que compre ou venda por alguma medida ou por algum peso, e tudo isso é Geometria. E isso é utilizado por comerciantes, artesãos e todos os outros das Sete Ciências; Nem Gramática ou Retórica, nem Astronomia ou nenhuma das outras ciências podem ter medidas sem a Geometria. Por isso, se pensa que a ciência da Geometria é a mais digna, e que é a base de todas as outras. Como sugestão eu deixo aos Irmãos a pesquisa de quando iniciaram operativamente o uso dessas ciências. Muito grato pela leitura. Fonte: – Wikpédia – Cartilha de Orientação Ritualística do GOB/MG – Mestrado Macônico: Arthur E. Powell Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ