Inegavelmente estamos enfrentando dias difíceis e pressionados pelas dificuldades econômicas, violência, intranquilidade social, perspectivas sombrias de maiores sacrifícios na busca de soluções para um futuro melhor.

Porém um dos fatores que mais nos trazem angústia nessa situação aflitiva atual, é a total crise de confiança que atinge todos os segmentos de nossa sociedade. Desde as pequenas coisas cotidianas até as grandes modificações governamentais, o que mais nos atinge é o sentimento de desamparo em que nos encontramos diante das situações, questionando-nos se devemos acreditar ou não.

Agora mesmo, depois de nos acostumarmos através da propaganda de que Maragarina era melhor contra o colesterol somos surpreendidos com a notícia nos jornais que, ao contrário do que confiamos, ela provoca aumento do colesterol!?

Em sã consciência quem acredita hoje nos orçamentos que lhe são apresentados para o conserto de um eletrodoméstico, do automóvel, de um bombeiro ou eletricista?

E quando se concorda em pagar, fica sempre a suspeita de que o serviço não tenha sido realmente feito, ou pelo menos bem feito? Podia continuar dando exemplos de consultas médicas, dentistas, advogados, etc, cujos diagnósticos infelizmente nos causam as maiores dúvidas.

E nos supermercados, açougues, padarias? Está dentro do prazo de validade, a carne é mesmo de primeira, o pão está com o peso certo? Que tristeza meu Deus! Ainda me lembro dos tempos que não era assim, que a confiança era generalizada, e se podia viver com mais tranquilidade.

Dentro desse contexto não posso deixar de pensar na Maçonaria. No meio desse mundo em crise de confiança, nós vamos encontrar a fraternidade Maçônica desfrutando do privilégio de não ter pelo menos em parte, que se preocupar com essa dolorosa situação.
É voz corrente a propalada ajuda mútua entre os Maçons e aí encontramos a razão de nossa tranquilidade. O ponto básico desse procedimento é que em igualdade de condições devemos sempre dar preferência a um Irmão Maçom.

E a grande vantagem do sistema é que quando procuramos um irmão, seja ele um médico, dentista, advogado, mecânico, eletricista, pedreiro, ou de qualquer outra profissão, não vamos em busca de descontos, (que muitas vezes é concedido) de menor preço, de maiores facilidades.

O que buscamos ao procurar um irmão é a certeza de que podemos confiar nele! O que ele nos recomenda, aceitaremos com total confiança, e essa tranquilidade não há dinheiro que pague.
Em contrapartida eles também confiam em nós, em nossa palavra, em nossos cheques, e no pagamento em dia se fizermos negócios a prazo.
O benefício é mútuo e isso faz a grandeza e a fama de nossa irmandade.

Neste mundo conturbado em que lutamos por nossa sobrevivência, o relacionamento entre os maçons é um oásis de respeito, harmonia e compreensão.

Continuemos, portanto a reforçar essa cadeia de união interminável, dando preferência a nossos irmãos em igualdade de condições, estreitando nossos laços de fraternidade, e rogando a proteção constante do Grande Arquiteto do Universo