O que nós maçons podemos aprender com as borboletas? Pelo que nos consta em nenhum dos graus, seja simbólico ou altos graus, traz a alegoria desse belo inseto para nos transmitir conhecimento.Podemos ressaltar a “liberdade” como ponto convergente entre o homem livre e de bons costumes e a borboleta. Ampliando nosso estudo podemos entender a beleza do dócil e colorido inseto e comparar com a nossa coluna da beleza, a coluna do Sul, “Coríntia”: Associada ao 2º Vig. Adornam todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. Dentro da loja, ela se faz presente nos paramentos e joias maçônicas.
A borboleta nos encanta pela beleza, mas nos intriga pela sua luta pela breve vida e metamorfose. Quando observamos o esforço que uma borboleta faz para viver, podemos traçar um paralelo com o que o homem iniciado em nossa ordem faz para manter-se limpo e puro, todos os dias.

A borboleta é considerada um símbolo de ligeireza e de inconstância, de transformação e de um novo começo. A psicanálise moderna vê na borboleta um símbolo de renascimento. No grau de mestre maçom temos muito fortemente o símbolo do renascimento com o mito de Hiram Habiff e com a simbologia da Acácia.

O Ciclo de Vida das Borboletas X Maçom englobam as seguintes etapas:
1 – Ovo (fase pré-larval – homem na escuridão, vendado, profano)
2 – Larva (chamada também de lagarta ou 
taturana – profano em transformação, câmara de reflexão)
3 – Pupa (que se desenvolve dentro da crisálida, também chamado de casulo – metamorfose em curso, o maçom em frenética evolução
4 – Imago (fase adulta – o mestre)

Durante a fase de lagarta, elas alimentam-se vorazmente e criam reservas alimentícias. Quando a larva está pronta para virar crisálida (estado intermediário por que passam os lepidópteros para se transformarem de lagarta em borboleta), dependuram-se numa folha por um par de falsas pernas, de cabeça para baixo, assim que a pele de suas costas se abre, a larva se sacode e surge uma crisálida. As adultas vivem dessas reservas e complementam sua dieta absorvendo o néctar das flores e os sucos das frutas. A fase adulta pode durar de duas semanas a três meses dependendo da espécie.

Todo esse esforço pela vida e a borboleta vive em média 60 dias entre o ovo e a morte. Essa tênue e efêmera passagem pela vida não torna a borboleta menos nobre, ao contrário, somente a eleva e lhe acrescenta.

O maçom tem pouco tempo para se preparar, vive boa parte de sua vida de forma profana, na escuridão. Depois de iniciado, recebe as instruções e poucos restam “vivos”. Poucos iniciados continuam no aprendizado, desistem, ou seja, morrem para a maçonaria e para si próprios. Deixam de ser livres, deixam de se expor a luz.

Como borboletas, o maçom utiliza-se da energia do sol para sobreviver, cultua o sol e trabalha do meio dia a meia noite. A borboleta só consegue voar com a energia produzida pela luz do sol. Semelhanças maravilhosas que somente o GADU pode conceber.
Cada uma das escamas da asa da borboleta serve de captação solar que o inseto converte em energia para voar. Nossas mãos, nossos elos energéticos com o sol, nos energiza e guia por séculos imemoriais. A cor preta de nosso paramento capta o máximo de energia possível. Como borboletas, vamos à loja para nos reenergizar e continuarmos a nossa busca, o nosso vôo, a eterna e metamórfica evolução do iniciado.

Na mitologia grega, a personificação da alma é representada por uma mulher com asas de borboleta. Segundo as crenças gregas populares, quando alguém morria, o espírito saia do corpo como uma forma de borboleta. No mito de Hiram Habif, morremos e renascemos pela fraternidade. Nossos feitos e atitudes ao longo de nossa “morte física” são superados num ambiente de reflexão e fé. Entendemos que estamos na terra de passagem, em curta estada. Como as borboletas, temos nosso ciclo de vida curto e infelizmente alguns irmãos abreviam ainda mais se distanciando da luz e morrendo precocemente.

Há maçons que como a borboleta aproveitam a energia e o pouco tempo para a digna obra de construir um planeta melhor, entretanto, muitos apenas voam e batem asas, sem direção, sem método e despendem toda a energia acumulada sem direção, sem método e objetivos.

Bibliografia
– Guilherme A. Tavares, A∴M∴ ARLS Fraternidade e Evolução nº 3198, Or∴ de São Paulo – SP/Brasil
– https://pt.wikipedia.org/wiki/Borboleta

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