O
que falar desse altivo Ir∴? Bartô, um brejonense (quem nasce em Brejão/PE), nascido aos 22 dias do mês de outubro do ano de 1930, filho do Sr. José Ferreira de Barros e D. Alice Oliveira de Barros, irmão de João, Pedro e José.

Nosso baluarte, desde cedo, aos 09 anos de idade, começa a trabalhar, para ajudar no sustento da família, saía de casa, com um tabuleiro, vendendo objetos perfumados, e percorria as cidades vizinhas. Foi de certa forma, privado de ter uma infância como as outras crianças. Não teve brinquedos. Com tão tenra idade, já se comportava como um homem adulto, responsável. Trabalhando de sol a chuva, incansavelmente. Era retribuído com um sorriso, em forma de gratidão, ele estava fazendo o certo. Levava o alimento à mesa.
Aos 14 anos, já era um verdadeiro adulto. Independente, já tinha um troco para desfrutar da sua juventude. Eis que resolve ser padre! Não seguiu a vocação, pois lhe faltava recursos financeiros à época…

Anos mais tarde, Bartô, juntamente com seus irmãos João e Pedro, muda-se para esta terra, as margens do Rio Ipanema, terra abençoada pela nossa Excelsa Padroeira Senhora Sant’Ana. Logo depois, já aqui estabelecido, traz a sua mãe e o seu irmão José.
Bartô aos 15 anos de idade era um jovem bonito, rosto com traços forte, corpo bem definido, e sempre era paquerado pelas garotas! Todavia, sempre correspondia a gentileza!

Mais quem conquistou o coração do nosso Ir∴ foi nossa Cun∴ Iraci. E do relacionamento nasceram nossos sobrinhos o César, Hiran, Rita, Francisco, Rosa Alice e a Vitória.

Empresário de sucesso, escritor com 03 livros lançados “Vida Boa”, “Sob a Copa da Acácia Amarela” e recentemente “Santana, Sua gente… Seu humor”, Uma obra que reúne sessenta e oito crônicas, na qual o autor fala sobre pessoas de seu convívio que de certa forma tiveram ou têm história na terra de Senhora Sant’Ana…
Iniciado em 1956, nos nossos Augustos Mistérios, o Sapientíssimo Ir∴ é detentor da mais alta honraria, a Medalha Dom Pedro I.

Nos registros do Grande Oriente do Brasil consta que a LOJA MAÇÔNICA AMOR À VERDADE nº 1895 foi fundada em 03 de julho de 1973. Isto porque os registros trazem a História das pessoas e das instituições. Mas a saga da Amor à Verdade é mais velha do que sua História… Nos anos 50 do século passado já o ideal maçônico inflamava-se nas terras de Senhora Sant’Ana, pois muitos santanenses, deslocando-se para outros orientes, principalmente Maceió, haviam mergulhado a inquietude de suas buscas nas águas benfazejas da Maçonaria.

Assim é que 10 obreiros, aqui radicados, idealizaram a fundação de um corpo maçônico, inicialmente um Triângulo denominado “Amor à Verdade”, de que não há registro escrito mas está na lembrança lúcida e descortinada do irmão Bartolomeu Barros, que na época já era Grau 18.

O que temos em arquivo daqueles tempos é um caderno “Colegial” – Livro de Presença de uma instituição que se denominava “Loja Firmeza à Ordem” e que fez reuniões a partir de 29 de abril de 1957 até data não apurada… (Texto extraído da Peça de Arquitetura apresentada pelo Ir∴ Antônio Alves Sobrinho – Tonho Cupim, quando do quadragésimo aniversario da ARLS Amor à Verdade, 1895, no ano de 2013).

Bartô foi o fundador, desta Oficina, foi o 1º Ven∴, comandou o 1º Malhete com divina maestria. Exerceu vários cargos em Loja, foi Adjunto de Grão Mestre etc…

Ir∴ Bartolomeu Barros, a amizade é uma virtude pura e desinteressada, é livre e espontânea; é um carinho cheio de abnegação, um laço indivisível muito estreito; é um sentimento muito fundo, firme e duradouro. Por isso, meus IIr∴ os antigos Romanos simbolizavam a amizade como uma jovem vestida de branco, coroada de mirto e de flores, levando em sua mão direita dois corações encadeados, enquanto que sua mão esquerda assinalava seu peito aberto até o coração: Ali se lia “de perto e de longe”, em sua frente “inverno e verão” e na franja de sua túnica “a morte e a vida”.

Dali que Cicerón precisou que “a amizade é eterna” e que “o amigo certo se conhece no fato incerto”. Como os raios do Sol, a amizade vivifica na noite da incerteza, porque é amor e é caridade, é bem-estar para quem recebe seus eflúvios.

A amizade é um princípio básico na Maçonaria porque é união de vontades, é atração de afinidades e eleva o espírito para uma meta comum.

Rechaça de plano a hipocrisia, não gravita nos depósitos de lixo da intriga, e é que a amizade é sempre fiel servidora e conselheira, não se arreda diante do infortúnio nem se esgota diante do temor. Para avalizar estas premissas vale destacar que a Amizade não aceita a mentira, a trapaça, a omissão, o furto da lealdade, o desvio de metais a traição e a deslealdade maçônico-administrativa. Ressalte-se isto porque nem as explicações mais esfarrapadas, nem as mentiras deslavadas e verdades falseadas poderão retornar a confiança depois de perdida.
Preserve sempre a amizade verdadeira que tenhas. É o maior bem que um homem honesto possa ter. Nenhum dinheiro, cargo ou outra coisa qualquer pode ser trocado por um amigo sincero. Sabes que, a amizade é hospitalidade e a hospitalidade é a cortesia do coração. A amizade não ignora os problemas do amigo, é dar calor quando o mundo se mostra frio e é ser forte quando o amigo estremece. Sabes que, a amizade é capaz de qualquer sacrifício, inclusive o de chegar ao heroísmo. É capaz de arrastar e até de esquentar as terras geladas.

Sete letras dão forma à palavra AMIZADE, mas o assunto não é quantidade: é qualidade, é espírito. Procurar seu significado em um dicionário seria difícil, por não dizer impossível, e é que só aquele que a recebe em forma sincera e clara tem a capacidade para interpretá-la com o coração, com exatidão certeira.
A amizade desterra a inveja que gera o egoísmo rasteiro, rechaça a mediocridade e a mentira. Bem o dizia Fenelón: “se queres fazer juízo de um homem observem quem são seus amigos”.
Um amigo sincero, um irmão verdadeiro.

Já dito por sua colaborada a Cilene, Bartolomeu com humildade, honestidade, conseguiu chegar ao ponto mais alto que um ser humano pode ir. Saber lidar com os problemas é uma forma de viver intensamente cada instante. “AO SUBIR A MONTANHA DE MINHA VELHICE CONTEMPLO O JARDIM DE MINHA JUVENTUDE”. Esse pensamento, de um autor desconhecido, é sempre reverenciado pelo nosso Ir∴.
Para nós, Bartô é mais que um irmão, um amigo. Um conselheiro. Uma Coluna fortíssima!