Embora
ocioso dizer, anuncia-se dezembro sobretudo como o mês das mensagens. Todas desejando que o fim de ano seja um tempo de boas festas, de bonança, de alegria. Em que as pessoas se encontrem, fiquem mais próximas, promovam reuniões de almoços e jantares, com destaque para troca de presentes (bom para o comércio, hein!) e as famílias valham-se da oportunidade para reacenderem o espírito de união em seu seio.

Contudo nem tantos recordam da realidade natalina. (Escrevo para integrantes de uma sociedade cristã, em sua quase totalidade). Em que esse tempo coincide com as lembranças do nascimento de Jesus, o Filho de Deus. E, aí, as festas deveriam ser, portanto, de comemoração a seu aniversário natalício. Ou será que o nosso coração está dotado da indiferença daquele gerente de Belém que negou abrigo a um príncipe? Insensível a ponto de não acomodar uma gestante de nono mês?

Outro ano, o bispo Edward Cavalcanti, de saudosa memória, fez uma visita à Associação da qual eu faço parte. Havia muitas “árvores de Natal” feericamente iluminadas no espaço visitado. Muitos presentes em seu entorno. Lindas, lindas, essas “árvores”! Mas Dom Edward não reparou pra elas. Passou direto e foi ao fundo do salão. Ali estava um presépio, rico em sua mensagem, mas de ornamentos singelos.

O bispo ficou a contemplar. Falava baixinho, parecia orar ou conversar consigo mesmo. Demorou ali minutos e minutos e saiu revelando uma feição de alegria … Após a visita, disse-me S Excia Reverendíssima: “Gostei de ver a homenagem ao aniversariante … orei a Deus … e pedi uma bênção para os senhores. Deus seja louvado”.

Volto a dizer: dezembro, mês das mensagens! Não só de boas festas, mas também da revelação dos desejos de que o ano novo seja de paz, de saúde, de prosperidade. Referem-se a que ele traga tudo de bom, mas esquecem de sugerir que o ano novo nos estimule sentimentos e ações de amor ao próximo. Isto é muito importante em nossos dias: que queiramos amar, dar amor e, não somente, receber e ser amado. “Tornar feliz a humanidade”.

Aliás o aniversariante do fim de dezembro levou a vida a ensinar essa admirável virtude do amor ao próximo, que segundo o apóstolo Paulo é “mais importante que a fé e a esperança”.(I Cor 13, 13)

Recebi muitas mensagens de boas festas, no Natal, e que o Ano Novo fosse para mim um tempo de prosperidade. Maravilha! Agradeço e retribuo a todos, com um verso do poeta Casimiro de Abreu: que, em 2020, “ a vida lhes seja um hino de amor”.

About The Author

Presidente da ABIM (Associação Brasileira da Imprensa Maçônica) na sede do GOIERN, em 20 de agosto de 2014, durante  Sessão Magna Pública comemorativa do DIA DO MAÇOM.