Quando os egípcios e os Babilônicos começaram a observar o céu, notaram que a maior parte das estrelas ocupavam posições fixas. Cinco delas, porém, pareciam viajar através do céu, assim como a Lua. Essas estrelas viandantes eram, é claro, os planetas e, de fato, a palavra planeta vem de um termo grego que significa “viandante”. O próprio zodíaco provavelmente se desenvolveu como um modo de medir o movimento dos planetas. Os gregos primitivos designaram guardiões – um Titã e uma Titanesa – para cada um dos sete antigos planetas. Téia e Hiperiônio governavam o Sol, enquanto Febe e Atlas presidiam a Lua. Dione e Crius guardavam Marte; Métis e Ceos eram ligados a Mercúrio; Têmis e Eurimedonte, a Júpiter; Tétis e Oceano, a Vênus; e, finalmente, Réa e Cronos, a Saturno. Alguns desses antigos Guardiões influenciavam de alguma maneira a natureza dos planetas, assim como nós somos influenciados de alguma forma pela natureza de nossos ancestrais. Os babilônicos, que levaram a astrologia mais a sério do que qualquer outro povo antigo, deram aos planetas os nomes de seus diversos deuses. O rei dos deuses, Marduk, era o planeta que o hoje denominamos Júpiter; Vênus tinha originalmente o nome de Ishtar, a deusa do amor da antiga Babilônia. Em seu tempo, os gregos imitaram os babilônicos: Marduk tornou-se Zeus, o rei dos deuses gregos; Ishtar, a sorridente Afrodite. Os romanos traduziram os nomes dos planetas para o latim – e esses são os nomes que usamos hoje. Os dias da semana ganharam os nomes dos planetas. Os mais óbvios para os anglófonos (pessoas que falam inglês) são: saturday (sábado, “Dia de Saturno”), sunday (domingo, “Dia do Sol”) e monday (segunda-feira, “O dia da Lua”). Tuesday (terça-feira), cujo nome vem de Tiw, o deus germânico da guerra, corresponde a Marte. Wednesday (quarta-feira) recebeu o nome de Odin ou Woden, o correspondente de Mercúrio. Thursday (quinta-feira), o ou “Dia de Thor”, tem o nome de Júpiter, enquanto Friday (sexta-feira, “Dia de Freya”, é o dia de Vênus. O Sabbatum era originado diretamente do hebreu Shabbat, de conotação religiosa, numa época em que os judeus e cristãos formavam um só povo e uma só cultura. O dia Shabbat era o dia em que os judeus se uniam para fazer sua reunião de fé e de mercado e que hoje é o sábado, último dia de seu calendário semanal, o dia de descanso para os judeus. Embora os gregos no período arcaico (800-500 a.C.) imaginassem os deuses como entidades reais que viviam no alto de uma montanha real, os sofisticados intelectuais dos períodos helenísticos (c.300 a.C. -1 d.C.) e romano (1 d.C. – 400d.C.) viam os deuses e os planetas principalmente como entidades psicológicas. Platão chamava os deuses de arquétipos, dando à palavra o mesmo sentido que Carl Gustav Jung. Platão acreditava que os deuses eram ideias primordiais que existiam em um plano ou dimensão qualquer, removidas de nossa consciência ordinária, e que podemos perceber como estando “acima” dessa ciência ordinária. Essas ideias primordiais eram comuns a todos os seres humanos e refletiam-se em cada um de nós como imagens em um espelho – tanto acima como abaixo. O céu era o macrocosmo; a humanidade, o microcosmo. Segundo esse ponto de vista, podemos também suspeitar que os planetas constituem uma jornada na consciência. Os astrólogos gregos e romanos o compreenderam bem. Hoje ainda trabalhamos com a ilusão de que os astrólogos mais antigos (e modernos) achavam que a astrologia funcionava por causa de raios que emanavam dos verdadeiros planetas físicos, influenciando-nos aqui na Terra. Mas, uma leitura cuidadosa de Platão – e especialmente de seus seguidores, os neoplatônicos – revela que os antigos na verdade viam os planetas como arquétipos, símbolos de processos psicológicos internos. Marsilio Ficino, o estudioso renascentista que traduziu os escritos herméticos, desenvolveu uma doutrina sobre os planetas interiores segundo a qual os planetas astrológicos eram, na verdade, entidades psicoespirituais internas e que, por meio da meditação, talismãs ou outras práticas mágicas, seria possível melhorar e harmonizar a influência desses planetas interiores de forma a produzir efeitos benéficos na vida dos indivíduos. A Visão Gnóstica sobre os Planetas Para os filósofos gnósticos do início da Era Cristã, a jornada pelos planetas era um processo de meditação similar à jornada do xamã a outro mundo. Os gnósticos tinham uma visão assumidamente negativa da astrologia; para eles, os planetas simbolizavam o duro regime do destino humano. Era possível superar a influência dos planetas e libertar-se do destino “erguendo-se acima” dos símbolos arquetípicos que constroem nossa psicologia individual e completando a união com um “Eu” mais elevado – um “Eu” infinito e, portanto, livre de toda obrigação planetária (ou seja, psicológica). Mas os gnósticos sabiam que não era possível libertar-se de uma aflição planetária ou de um complexo psicológico até que ele estivesse dominado no nível interior, psicoespiritual. Consequentemente, acreditavam que a pessoa deveria viajar por cada planeta sucessivamente – uma jornada que, para eles, simbolizava a ascensão à consciência mais elevada. Por meio de meditação, cânticos e rituais de magia talismânica, eles buscavam dominar – ou, nas palavras de Ficino, harmonizar – a influência de cada planeta e, desse modo, elevar-se a um estado mais alto de consciência. A Jornada é a mesma hoje em dia. Alguns dos atores, porém, mudaram – ou, mais precisamente, alguns novos personagens ingressaram no drama astrológico. A descoberta de novos planetas, assim como o mapeamento dos primeiros asteróides, estendeu nosso espectro de consciência astrológica para além dos sete planetas conhecidos dos antigos. Essa extensão de consciência é uma questão de escolha e muito típica da cultura ocidental. Na índia, os astrólogos continuam a limitar seus mapas a uma consideração dos sete antigos planetas e mais os Nodos Lunares. Eles têm pouco ou nenhum interesse por Urano, Netuno ou Plutão e, certamente, nenhum interesse em Quíron e nos asteroides. Nós ocidentais, por outro lado, encaramos a descoberta de novos corpos celestiais com ávida curiosidade. De maneira similar, os astrólogos ocidentais usam o zodíaco tropical, enquanto os hindus favorecem o sistema sideral mais antigo. Muito se escreveu nos últimos anos sobre as fraquezas de nossa civilização exageradamente assertiva, científica e analítica. Mas a nossa vontade de expandir a nossa consciência coletiva, aceitando tudo o que é novo, pode muito bem ser uma das forças dessa civilização. Nós começamos a perceber que a evolução humana está embebida de uma substância divina e que padrões negativos do passado podem ser transformados em situações de crescimento dinâmico. Além disso, a realidade torna-se aquilo que é criado a cada momento por nossos padrões de pensamento e sistemas de crenças. Portanto, Saturno no ascendente não é mais apenas uma sombra escura; ele é também a dinâmica interna que leva o indivíduo a alcançar a maior realização da sua vida – a consciência. Os Planetas e suas Simbologias Sol Tarô: está representado pelo arquétipo do Sol. Representação: o “Eu” interior, o ego, a própria expressão do ser, impulso do poder, brilho, energia, vitalidade, autoridade, vontade, generosidade, força masculina realizadora, o pai. Dia da semana: domingo Astrologia: o posicionamento do Sol no mapa indica onde a pessoa deseja brilhar. Signo: Leão (22/7 a 22/8) Necessidade: de ser reconhecido e de se expressar. Lua Lua Minguante ou Nova: Hécate, a deusa da Lua negra. Lua Cheia: Ártemis Lua Crescente: Deméter Tarô: está representada pelo arquétipo da Lua. Representação: princípio feminino, intuição, emoção, receptividade, flutuações, fertilidade, ligação com o passado e a família, a mãe. Dia da semana: segunda-feira Astrologia: no mapa, mostra onde o indivíduo está sujeito a altos e baixos emocionais. Signo: Câncer (21/6 a 21/07) Necessidade: tranquilidade emocional e de se sentir bem consigo mesmo. Mercúrio Tarô: está representado pelo arquétipo do Mago. Representação: comunicação em todas as suas formas, mentalidade e capacidade intelectual, capacidade de raciocínio, ensino e aprendizagem, agilidade. Irmãos, viagens curtas, comércio e crianças em geral. Dia da semana: quarta-feira Astrologia: no mapa, revela o modo como o ser pensa. Todos os processos de entendimento, onde e como se comunica melhor. Signo: Gêmeos (21/5 a 20/06) e Virgem (23/08 a 22/9). Necessidade: estabelecer ligações com os outros, aprender. Vênus Tarô: A terceira carta do Tarô pode ser representada por três das mais importantes figuras femininas do Olimpio: Deméter, a mãe natureza; Hera, a esposa fiel; e Afrodite, a mulher sensual. As três simbolizam, em seus mitos, arquétipos relacionados à carta da Imperatriz. Representação: relacionamento, harmonia, beleza, arte, planeta do amor, autoestima e capacidade para amar e ser amado. Dia da semana: sexta-feira Astrologia: o que realmente gosta. Para homem, indica que tipo de mulher ele gosta e quer atrair. Para mulher, que tipo de atração ela exerce sobre os homens. Signo: Touro (21/4 a 20/5) e Libra (23/9 a 22/10). Necessidade: de se aproximar de outra pessoa, de sentir conforto e harmonia, de expressar as emoções. Marte Tarô: está representado pelo arquétipo do Carro. Representação: ação, impulso agressivo, iniciativa, energia sexual, ambição, luta, competição, lida ainda com acidentes, cirurgias. A maneira como a pessoa se impõe e reage. Dia da semana: terça-feira Astrologia: no mapa, mostra onde despende maior energia. Signo: Áries (21/3 a 20/4) Necessidade: de alcançar os desejos. Júpiter Tarô: está representado pelo arquétipo do Imperador. Representação: impulso a benevolência e proteção, expansão, a mente superior, otimismo, ética e moral, filosofia de vida, proteção espiritual, religiosidade. Dia da semana: quinta-feira Astrologia: no mapa, indica onde o indivíduo tem boa sorte. Signo: Sagitário (22/11 a 21/12) e Peixes (20/2 a 20/3) Necessidade: de ter fé, certeza, confiança na vida e em si mesmo, de aperfeiçoar. Saturno Tarô: está representado pelo arquétipo do Eremita. Representação: impulso a segurança, disciplina, responsabilidade, limitações, restrições, obstáculos, paciência, tempo, sabedoria, prudência, cautela, amadurecimento, cobrança, “O Mestre”. Dia da semana: sábado Astrologia: no mapa, indica onde a pessoa se sente menos segurança. Mostra os obstáculos que precisa ultrapassar. Saturno é aceitar a responsabilidade sobre o que se faz. Signo: Capricórnio (23/12 a 20/1) e Aquário (21/1 a 19/2) Necessidade: de aprovação social, de se apoiar nos próprios recursos e no trabalho. Urano Tarô: está representado pelo arquétipo da Torre. Representação: impulso à liberdade, originalidade, humanitário, mudanças súbitas, o inesperado, metafísica, ocultismo, astrologia, ciências novas, “O Despertador”. Astrologia: no mapa, indica onde o ser tende a fazer o que é fora do comum. Urano é a necessidade de se fazer mudanças. Fim de ciclo. Signo: Aquário (21/1 a 19/2) Necessidade: de mudanças, de excitação e de expressão sem repressão. Netuno Tarô: está representado pelo arquétipo do Louco. Representação: impulso espiritual, intuição, sonhos, ilusões, pressentimentos, fantasias, criatividade artística, lida com nevoeiros, drogas e seu uso, doenças de difícil diagnóstico, transcendência. Astrologia: no mapa, indica onde o indivíduo tende a se enganar ou ainda idealizar. Onde se engana e pode enganar os outros. As ilusões. Também pode expressar o potencial místico e a inspiração. Signo: Peixes (20/2 a 20/3) Necessidade: de experimentar uma sanidade com a vida, de imergir completamente no Todo. Plutão Tarô: está representado pela pelo arquétipo da Morte. Representação: impulso destruidor ou regenerador, transformação, potencial da ave Fênix, profundidade e intensidade. Morte e renascimento, mudanças drásticas e radicais, transmutação, purificação, lida com calamidades e fatalidades, evolução obrigatória. Astrologia: no mapa, mostra onde vai encontrar complexidade, onde vai resolver o problema sozinho e sem ajuda. Signo: Escorpião (23/10 a 21/11) Necessidade: de refinar o eu, de abandonar as velhas bases por meio da dor. Obviamente, todo esse estudo é uma síntese sobre as características mais fortes desses planetas. Para se ter uma pequena ideia, discorrer amplamente sobre cada um deles daria para se escrever um livro, e já existem várias obras sobre cada um desses planetas e sua ligação mitológica. Mas isso não é de hoje, vem das antigas civilizações. A Visão dos Historiadores Antigos Os historiadores Heródoto e Diodoro Sículo, e os geógrafos Pausânias e Estrabão, que viajaram ao redor do mundo grego e anotaram as histórias que ouviram, forneceram numerosos mitos locais, apresentando por diversas vezes versões alternativas pouco conhecidas dos mitos. Heródoto, especialmente, procurou as várias tradições apresentando e encontrando as raízes históricas ou mitológicas no conflito entre a Grécia e o Oriente. Ele procurou conciliar as origens e a mistura de diferentes conceitos culturais. A poesia das eras Helenística e Romana, embora tenha sido composta mais como literatura do que um exercício de culto aos mitos contém muitos detalhes importantes que, de outra forma, seriam perdidos. Essa categoria inclui: Os poetas romanos Ovídio, Sêneca e Virgílio. Os poetas gregos da Antiguidade tardia: Antonino Liberal e Quinto de Esmirna. Os poetas gregos do Período Helenístico: Apolônio de Rodes, Calímaco, Eratóstenes e Partênio. Antigos romances de gregos e romanos, como Apuleio, Petrônio e Heliodoro. Em contrapartida com o gênero lírico, a Fabulae e a Astronômica do escritor romano Higino são duas composições não poéticas importantes sobre o mito. As obras Imagens e Descrições, de Filóstrato e Calístrato (respectivamente), são dois trabalhos literários úteis para o estudo dos mitos gregos. Finalmente, o apologético cristão Arnóbio, citando práticas religiosas para desacreditá-las, e vários outros escritores bizantinos proporcionam detalhes importantes dos mitos, alguns deles procedentes de obras gregas perdidas durante os anos. Entre estes, inclui-se os léxicos de Hesíquio, a Suda, e os tratados de João Tzetzes e de Eustácio de Salônica. O ponto de vista moralizador cristão a respeito dos mitos gregos se resume no dito ἐν παντὶ μύθῳ καὶ τὸ Δαιδάλου μύσος (en panti muthōi kai to Daidalou musos, “em todo mito está a profanação de Dédalo”), sobre o que disse a Suda que alude o papel de Dédalo ao satisfazer a “luxúria antinatural” de Pasífae pelo trono de Posídon: “Desde que a origem e a culpa desses males se atribuíram a Dédalo e foi odiado por eles, converteu-se no objeto do provérbio.” “Mitos de origem” ou “mitos de criação”, na mitologia grega, são termos alusivos à intenção de fazer com que o universo torne-se compreensível e com que a origem do mundo seja explicada. Além de ser o mais famoso, o relato mais coerente e mais bem estruturado sobre o começo das coisas, a Teogonia de Hesíodo, também é visto como didático, onde tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. Dele, surge Gaia (a Terra) e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. Dessa união entre Gaia e Urano nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Créos, Hiperião, Jápeto, Téia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros (ou Centimanos). Contudo, Urano, embora tenha gerado essas divindades poderosas, não as permitiu sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai. Somente Cronos, “o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos”, castrou o seu pai – com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia – e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos os irmãos presos no interior da mãe. A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao mesmo tempo em que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos deuses com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte. O pensamento antigo grego considerava a teogonia – que engloba a cosmogonia e a cosmologia, temas dessa subseção – como o protótipo do gênero poético e lhe atribuía poderes quase mágicos. Por exemplo: Orfeu, o poeta e músico, da mitologia grega, proclamava e cantava as teogonias com o intuito de acalmar ondas e tormentas – como consta no poema épico Os Argonautas, de Apolônio de Rodes – e também para acalmar os corações frios dos deuses do mundo inferior, quando descia a Hades. A importância da teogonia encontra-se também no “Hino Homérico a Hermes”, quando Hermes inventa a lira, e a primeira coisa que faz com o instrumento em mãos é cantar o nascimento dos deuses. Diante de tudo isso, se estudássemos mais, tenho certeza de que muitas coisas ou mistérios seriam facilmente explicados e entendidos pela mente humana. E, se for da vontade do leitor desta revista, faremos uma matéria sobre cada um dos Planetas e do universo de magia, beleza, características, as relações com os semideuses, deuses e deusas, “verdades” religiosas e a criação dos deuses… Levando você para uma viagem dentro da mitologia mais conhecida e difundida em todo o mundo até os dias atuais… Bibliografia GUTTMAN, Ariel e JOHNSON, Kenneth. Astrologia e Mitologia – Seus Arquétipos e a Linguagem dos Símbolos. São Paulo: Madras Editora, 2005. GRAVES, Robert. Mitos Gregos – Ilustrado. São Paulo: Madras Editora, 2006. www.olhosdebastet.com.br/textos/Planetas. Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ