O Grande Incêndio de Londres de 1666 Ao fim de 4 fatídicos e infernais dias, 1800 km² da cidade londrina viraram cinzas… A destruição de 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e 44 prédios públicos. Os registros da época computaram um total de 100 mil desabrigados e nove óbitos. Mas pesquisas atuais afirmam que milhares de pessoas podem ter morrido, já que pessoas mais pobres e da classe média não eram mantidas nos registros. O episódio ficaria conhecido como “O Grande Incêndio de Londres” de 1666. O fogo começou na padaria de Thomas Farriner (ou Farynor) em Pudding Lane e logo se espalhou. A propagação das chamas foi favorecida pela estrutura medieval da cidade: ruas estreitas e casas de madeira muito próximas umas das outras. A técnica contra incêndios da época (derrubar construções e assim impedir o espalhamento do fogo) foi atrasada por decisão do Lord Mayor de Londres, o prefeito Sir Thomas Bloodworth, que subestimou o potencial das chamas. Quando as demolições foram autorizadas, uma tempestade de fogo impediu que fossem feitas. No dia 3 de setembro o fogo se dirigiu à zona norte, rumo ao coração da cidade. Tempestades de chamas atingiam parte da biblioteca do Sion College, o palácio Bridewell, três cadeias, os portões Ludgate, Aldersgate e Newgate e o centro financeiro. Na noite de 4 de setembro, terça-feira, chegou a vez da Catedral de São Paulo… O incêndio alcança as margens do rio Tâmisa, onde havia vários depósitos de madeira e carvão. Ali, uma série de explosões aumenta o alcance das chamas. A derrubada das edificações que estavam no caminho do fogo só começou na terça-feira. As chamas foram controladas na quarta de manhã e apagadas ao fim do dia. Estima-se um prejuízo calculado em 10 milhões de libras ou mais, além de vários problemas sociais que eclodiram… O Rei Charles II contratou um arquiteto para fazer as casas de tijolos e cimento e longe uma das outras. A cidade ficou mais estreita. Apesar de críticas, a cidade não foi modernizada, mas reconstruída nos moldes e estilos medievais – o que a tornou mais bela. O arquiteto Christopher Wren liderou os muitos arquitetos que participaram da reconstrução, que deu origem à área conhecida como City of London, hoje um distrito financeiro. A Catedral de São Paulo (século XII) foi completamente destruída. A edificação atual foi desenhada pelo arquiteto Christopher Wren. A única parte restante do prédio antigo é um memorial ao poeta John Donne (1572 – 31 de março de 1631) foi um poeta jacobita inglês, pregador e o maior representante dos poetas metafísicos da época. O monumento a John Donne foi um dos poucos monumentos que conseguiu sobreviver ao Grande Incêndio de Londres em 1666 e, agora, está ao lado da St Paul’s Cathedral, no lado sul do coro. Finalmente, no 5º dia o Duque de York, Jaime II, consegue deter o fogo no Temple, a célebre construção que, durante a Idade Média, abrigou a Ordem dos Cavaleiros Templários. O Mistério sobre o Geômetra Christopher Wren Fica pairando no ar, como uma névoa em meio a fumaças e cinzas de um grande incêndio… se Christopher Wren era um Especulativo ainda na era Operativa, em transição (antes de 1717), ou se era simplesmente um Operativo, uma vez que era construtor e convivia entre os construtores e seus Alojamentos, principalmente o de Saint Paul ou Antiquity… De toda sorte… sempre será um notável Irmão na Arte. (Alexandre L. Fortes) Christopher Wren, (East Knoyle, Wiltshire, 20 de outubro de 1632 – Londres, 25 de fevereiro de 1723) foi um projetista, astrônomo, geômetra, e em seu tempo o maior arquiteto da Inglaterra. Wren projetou 51 igrejas em Londres, incluindo a Catedral de São Paulo, considerada uma das obras primas da arquitetura europeia, e muitos prédios seculares também dignos de nota. Foi fundador da Royal Society e seu presidente (1680 -1682), e seus trabalhos científicos eram conhecidos por seus contemporâneos, sendo citados por Isaac Newton e Blaise Pascal. Embora “mason” signifique maçom, também significa “pedreiro”, construtor, e, nesse sentido, Christopher Wren o foi como o maior construtor da Inglaterra do séc. XVII verifica-se que neste período a Maçonaria Operativa já existia em sua maior ebulição, já em transição para a Maçonaria Especulativa, que tem como marco o ano de 1717, com a iniciação de “Pedreiros Livres”, cientistas, filósofos, nobres, banqueiros, comerciantes, e não obrigatoriamente profissionais de ofício. Deve-se, pelo caráter estritamente ainda oral e não escrito de sua organização e trabalho e, também por abrigar em suas associações, “Lojas” – “Alojamentos”, profissionais de ofício da construção, em que Wren era o mais graduado e ligado à Coroa como seu Arquiteto Chefe e, pelas diversas referências e alusões feitas a Wren como “mason”, indubitavelmente nos leva a crer que Christopher Wren era maçom ou considerado como tal pelo imenso respeito e consideração de seus feitos na reconstrução de Londres pelos maçons, ou pelo menos, muito dificilmente poder-se-ia refragar tal hipótese diante da conjuntura histórica e organizacional da maçonaria especulativa do século XVII. A título de exemplo, sobre a morte de Sir Christopher Wren, os periódicos da época, na Inglaterra, anunciaram seu funeral aludindo a Wren como “aquele digno maçom” em O Menino Perdido (nº 5245, 2 e 5 de março de 1793) e no Diário Britânico (nº 25, 9 de março de 1723). Há de se notar que a própria Maçonaria não iria permitir (ou não reagir) diante de tal declaração se não fosse, pela seriedade do tema e seu objeto tratado em matéria pública jornalística, uma falsa notícia e, diante da conjuntura dos relevantes serviços prestados por Wren e do próprio fato de sua morte, silenciar sobre tal epíteto se fosse uma imensa inverdade. Creia-se que o próprio “silêncio” fosse uma aquiescência da Sublime Ordem, um consentimento velado pelos maçons em homenagem póstuma. O assunto é discutido na revista History of Freemason do Dr. Mackey e também por Sir John S. Cockburn, em Registro Maçônico, março de 1923; em Square and Compass, setembro de 1923, e muitas outras revistas, bem como em Registros de Antiguidade Lodge, volume I, pelo irmão W.H. Rylands, e volume II, pelo Capitão C.W. Firebrace, e há muito mais informações valiosas em primeira mão favorecendo conexão ativa de Wren com a Fraternidade. O irmão K.R.H. Mackenzie, na Royal Masonic Cyclopaedia diz: “Não há dúvida de que Wren se interessou profundamente pela Maçonaria especulativa e operativa (ver Livro das Constituições) e que ele era um membro eminente da Arte, não se pode duvidar, mas as datas a respeito da iniciação de Wren são vagas e insatisfatórias, em nenhuma das autoridades concordando. Parece certo, no entanto, que por muitos anos ele era um membro da antiga Loja de São Paulo, (que remonta o ano de 1691 e na qual teria sido, inclusive, iniciado o Rei Guilherme III), reunindo-se no Goose and Gridiron, aos fundos da Catedral de São Paulo.”. O irmão Robert F. Gould (História da Maçonaria, II, página 55) diz: “A crença popular de que Wren era maçom, embora até agora não contestada, e apoiada por um grande peso de autoridade, é, a meu juízo, insustentável por qualquer base. De fato bem atestado. A admissão do grande arquiteto – em qualquer período de sua vida – na fraternidade maçônica, parece-me uma invenção da imaginação, mas pode pelo menos afirmar com confiança, que não pode ser provado ser uma realidade.” O Rev. A.F.A. Woodford, na Enciclopédia da Maçonaria de Renning, diz: “Na Maçonaria, há muitos anos, é generoso creditar a Sir Christopher Wren tudo que é grande e bom antes do “ Renascimento”, mas com evidências muito esbeltas. Dizem que ele é membro da Loja da Antiguidade há muitos anos; “e o maço e o cinzel usados na lapidação da pedra de São Paulo, com castiçais de mogno esculpido, foram apresentados” por trás e estão na posse da Loja. Sir Christopher Wren era uma personagem muito famosa na Inglaterra, sábio e arquiteto, e conhecido por seu papel na reconstrução de Londres depois do grande incêndio de 1666 e em especial, pela concepção da Catedral de São Paulo. Além disso, foi um dos fundadores da Royal Society. Os informes da mesma Royal Society testemunham que Wren foi “adotado” na Fraternidade de Maçons Aceitos em 18 de maio de 1691. Atas da Loja, originalmente a nº 1 (no Ganso e a Grelha) o menciona como o “Mestre da Loja”. Doutor Anderson narra-o como Grão-Mestre em 1655; mas de acordo com um manuscrito de Aubrey, na Royal Society, ele não foi admitido como um Irmão Maçom até 1691. Infelizmente, os primeiros registros da célebre Loja da Antiguidade foram perdidos ou destruídos, então não há literalmente nada certo quanto à carreira de maçom de Wren, o pouco que tem circulado é contraditório. É claro que é mais do que provável que ele tenha participado ativamente da Maçonaria, embora não fosse membro da Companhia de Maçons; mas como os registros estão faltando, é inútil especular, e é absurdo creditar a seus trabalhos em nome de nossa Sociedade o que não há um título de evidência a provar. Supõe-se que a Loja da Antiguidade tinha origens operativas, em conexão com a construção da Catedral de St. Paul (1675-1710). Hoje é intitulada como “Lodge of Antiquity” (Loja da Antiguidade) que é a número 2 no Registro de Lojas da Grande Loja da Inglaterra. Sir Christopher Wren era matemático, cientista, astrônomo e excepcional arquiteto, nasceu em East Knoyle, Wiltshire, 20 de outubro de 1632, falecendo em 8 de março de 1723, aos noventa e uma anos incompletos. “Desenhou e supervisionou as obras da nova catedral de São Paulo, em Londres, destruída pelo Grande Incêndio de 1666, do seu início, em 1675, até o seu término, em 1710. Foi maçom aceito na Ordem, a 18 de maio de 1691, na Loja n° 1, depois Antiquity, nº2, a Goose and Gridiron Ale House.”, (segundo as fontes http://www.fraternidadefarroupilha.org/historia/gansoegrelha.htm. e https://translate.google.com/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://freemasonry.bcy.ca/biography/wren_c/wren_c.html&prev=search – AQC – Vol. 78 (1965) páginas 201-6; 109, p. 188.) Interessante notar a guisa de informação, alguns pontos levantados por René Desaguliers em publicação na Renaissance tradicional N ° 52 – out 1982 p 275 – e N ° 49 – de janeiro de 1982. p XIII 27 Volume: “Em primeiro lugar, em “A História Natural de Wiltshire”, de John Aubrey; ele diz (tradução de René Desaguliers) “Hoje, segunda-feira a 18a. do ano de 1691, no dia após o domingo das Rogações, realizou-se na Igreja de Saint-Paul uma grande assembleia da Irmandade de maçons aceitos, na qual Sir Christopher Wren deve ser adotado Irmão (tradução voluntariamente literal de: is to be adopted a Brother), bem como Sir Henry Goodric de la Tour (de Londres) e alguns outros, houveram reis que pertenceram a essa confraria”. Além da probidade de Aubrey, Rene Desaguliers nota que no manuscrito, Aubrey riscou a palavra Franco-Maçom e reescreveu em cima Aceito, permanecendo fiel à companhia dos maçons de Londres que haviam transformado o nome por volta de 1655-1656.”; “O segundo elemento quase indiscutível é o anúncio da morte de Wren por meio da imprensa em o Postboy n° 5245 2-5 de março de 1723 e o British Journal n° 25, 9 de março de 1723 ambos apresentam, “esse digno maçom” (franco maçom) isto é, esse maçom especulativo.” “Finalmente, de maneira uma vez mais muito interessante, René Desaguliers nota primeiro a localização geográfica do túmulo de Wren na cripta de St. Paul, ou seja, no canto sudeste, isto é, o lugar do Mestre. Em seguida, e finalmente, ele também observa essa lenda que se deve sucessivamente e de maneira oposta a William Preston e ao Duque de Sussex, sobre esse presente dado por Wren à Loja Saint Paul (O Ganso e a Grelha), a saber, três castiçais em mogno representando as três ordens de arquitetura e um autêntico malhete operativo do século XVII, que serviria para a colocação da pedra fundamental da Catedral de St. Paul.”. Finalmente, aos visitantes da Catedral de St. Paul, em Londres, encontrarão o epitáfio de Sir Christopher Wren, posicionado em um grande círculo no chão, logo abaixo da cúpula. É em latim, “Lector, si monumentum requiris circumspice”, ou “Leitor, se procuras teu monumento, olha ao redor”. Que poderia ter a interpretação literal de se analisar a obra física da Catedral de São Paulo de Wren ou a quaisquer templos físicos erigidos e/ou à exegese maçônica do V.I.T.R.I.O.L., em que se explica: “se procuras o teu monumento, a tua verdadeira construção, o teu templo, olha ao redor de ti mesmo, busca em ti mesmo, na oculta lápide do teu templo interior”; “Visita o Interior da Terra e Retifica Integralmente a Oculta Lápide”; verificas o que fizeste em tua vida ou, como disse o filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo.”. O mais difícil, além de encontrar-se uma evidência cabal e por escrito da iniciação ou registro em Quadro de Obreiros de uma Loja Maçônica que há o nome de Christoper Wren, é a de aceitar que exatamente não o fosse Wren um grande geômetra de seu tempo e grande maçom de nossa Sublime Ordem da Arte Real. “Leitor, se procuras teu monumento, olha ao redor” REFERÊNCIAS Campbell, Dr. James (2011). “Sir Christopher Wren era maçom?” Palestra de Prestoniano. impresso em particular. http://www.masonicdictionary.com/wren1.html https://www.pepysdiary.com/ http://www.viajonarios.com.br/londres-o-grande-incendio-de-1666/ http://wiki.deldebbio.com.br/index.php?title=Hist%C3%B3ria_da_Ma%C3%A7onaria-1601-1700 http://www.oprumodehiram.com.br/o-ganso-e-a-grelha-24-de-junho-de-1717-o-que-realmente-aconteceu-ali/ http://www.fraternidadefarroupilha.org/historia/gansoegrelha.htm https://translate.google.com/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://freemasonry.bcy.ca/biography/wren_c/wren_c.html&prev=search http://www.skirret.com/archive/misc/misc-w/wassirchristorpherwrenamason.html https://www.theguardian.com/artanddesign/2006/sep/25/architecture https://pt.wikipedia.org/wiki/Christopher_Wren Renaissance tradicional N ° 52 – out 1982 p 275 – e N ° 49 – de janeiro de 1982. p XIII 27 Volume. Revista História Viva – nº 38, páginas 22 e 23, dezembro de 2006. Londres em chamas.