A Maçonaria proclama uma verdade, a existência de um Princípio Criador. A crença em um Ser Supremo é um requisito indispensável para que um profano possa ser admitido à Iniciação nos Augustos Mistérios da Ordem. Nestes termos, a Sublime Ordem admite membros de todas as crenças, pois ela em si não é uma religião, mas uma escola filosófica e iniciática, que objetiva aperfeiçoar o maçom por intermédio da transmissão de princípios morais baseados nas grandes verdades universais e balizados pela Razão. Em virtude dos laços de Fraternidade que os unem como Irmãos, os Maçons se reconhecem filhos de um mesmo Pai Criador. O nome que o maçom atribui ao Ente Supremo não interessa. Como sabemos, são diversos os nomes dados pelas religiões. Sabe-se que inclusive nas religiões politeístas, sempre há um Ser Supremo, superior aos demais deuses. Por conseguinte, independentemente de ser conhecido como Deus, Pai Celestial, Alá, Força Superior, Jeová, Odin, Adonai, Zeus, Brahma, Rá etc., em respeito a todas as religiões, a Maçonaria o denomina Grande Arquiteto do Universo. Arquiteto é uma denominação que a Maçonaria Especulativa preserva, mas que possui origem na Maçonaria Operativa. A palavra Arquiteto deriva do grego arkhitektôn, que significa “construtor principal” ou “mestre de obras”. Além de Grande Arquiteto, os antigos também costumavam denominar O Todo Poderoso de Grande Geômetra. A palavra Geômetra se liga a Geometria, um ramo da matemática. Em grego, Geo significa terra, e metria quer dizer medida. A Geometria nos primórdios era considerada uma ciência Divina, e ficou conhecida com a Arte Real na Maçonaria Operativa. Um dos Landmarks da Maçonaria preconiza que em todas as sessões estejam presente o Livro da Lei (Livro das Sagradas Escrituras). Este livro é um símbolo, um dos mais densos da Ordem, e representa nada menos do que a palavra de Deus, a fonte de inspiração divina que deve guiar os trabalhos dos maçons. O livro adotado nas lojas ocidentais via de regra é a Bíblia dos Cristãos, mas nada impede que em respeito às outras religiões, possa ser outro livro sagrado, como o Alcorão, os Vedas, a Codificação Espírita, o Guru Granth Sahib, a Torá, os Anacletos de Confúcio, etc. Segundo ALBERT PIKE: “Apesar da Maçonaria não usurpar o lugar nem imitar a religião, a oração é parte essencial de nossas cerimônias. É a aspiração da alma em direção à Inteligência Absoluta e Infinita, que é a Suprema Divindade Única, mais delicada e desentendidamente caracterizada como um ARQUITETO”. No Rito de York, é função do Irmão Capelão fazer as orações previstas no Ritual, as quais ocorrem em todas as sessões, à Glória do Grande Arquiteto do Universo.