Na atualidade, segundo Michaelis, em seu “Moderno Dicionário da Língua Portuguesa”, Editora Melhoramentos, cuja definição é compartilhada pelo “Novo Aurélio O Dicionário da Língua Portuguesa”, Editora Nova Fronteira, nós encontramos os seguintes significados sobre o tema abordado: re.ti.dão sf (lat rectitudine) 1 Qualidade de reto. 2 Conformidade com a justiça, com a lei, com a razão, com o direito; justiça, legalidade. 3 Integridade de caráter. 4 Lisura de procedimento. re.to 1 adj (lat rectu)1 Sem curvatura nem flexões; direito: Caminho reto. 2 A prumo; vertical: Posição reta. 3 Justo, verdadeiro: Juízo reto. 4 Íntegro, imparcial, equânime: Homem reto. 5 De acordo com a justiça. 6… No Egito Antigo, por observação da natureza e suas manifestações, o deus mais importante e venerado era Rá, o deus do Sol, considerado como o Criador do Universo. Quando a capital do império passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos e Rá passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. Segundo a crença dos egípcios, todos os outros deuses eram filhos de Rá, aquele que iluminou e vivifica todas as coisas e seres, a Terra, os Animais, as Plantas e os Homens. Por volta de 1355 a.C., nasceu Amenófis IV – também chamado de Akhenathon (o filho do Sol) – filho de um casal que a História registra como sendo de rara inteligência e com princípios morais elevados, dentro da mais pura Retidão. Esse jovem Faraó, que assumiu o Império sendo coroado com 15 anos, acreditava que um ideal justo sempre triunfa, tendo amadurecido a idéia de um Deus universal para todos os homens, associado ao Sol – Deus Solar – e único, fonte da vida em todas as suas manifestações, acreditando que o sol da justiça e do amor jamais se deitaria. Tinha a concepção de que o fluxo divino passa obrigatoriamente pelo organismo familiar, revelando e ratificando a importância da família. Para Akhenathon, o seu deus Aton – Sol que iluminava a vida é também o Faraó do amor, que faz com que os seres vivos coexistam sem se destruir e procurem viver em harmonia, eis que todos são iguais. Fiel a seus princípios, se recusava a tomar atitudes de guerra, acreditando poder conquistar seus inimigos com o poder do amor de Aton, bastando agir com Retidão para com seus semelhantes. Provavelmente o reinado de Akhenaton tenha sido o melhor de todo o Egito, e, quiçá, um dos melhores de todas as civilizações da humanidade, posto que era baseado na Retidão de caráter e justiça, almejando que todos vivessem em plena harmonia e paz. Sua experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna Sabedoria e de torná-la perceptível a todos. A história de Akhenaton mostra, tal qual a Maçonaria e mais uma vez, que um homem melhor faz um meio melhor, que a força de sua convicção em seu objetivo e a sua Retidão altera a vida do meio, seja ele uma família, uma rua, um bairro, uma cidade, um país …. o Universo. A experiência espiritual de Akhenaton e os textos da época amarniana deslumbraram mais de uma vez os sábios cristãos. Numa certa medida, pode-se dizer que ele é uma prefiguração do cristianismo que viria. É espantosa a semelhança existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104. Na Bíblia Sagrada dos CRISTÃOS, encontramos aproximadamente 59 ocorrências sobre Retidão, de cujos ensinamentos se destaca: “…6 Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porquanto ele andou diante de ti em verdade, em justiça, e em retidão de coração para contigo; e guardaste-lhe esta grande benevolência, e lhe deste um filho, que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia.” I REIS. “…9 Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão.” ISAÍAS. “…19 e, quando o ímpio se converter da sua impiedade, e praticar a retidão e a justiça, por estas viverá.” EZEQUIEL 33. No JUDAÍSMO, considera-se que os profetas do AT, a exemplo de Moisés, tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a injustiça. O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus, o profeta interpretava, às vezes, como funesto. Não podia suportar transigência com o mal, complacência, fingimento e desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1; 6.1). Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor divino à Retidão, e do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9 nota). Nesta Doutrina, através de Moisés, Deus determinou a Humanidade o caminho da Retidão. O Rabino Herschel Greenberg, com base nos ensinamentos da Chassidut, nos diz que: “Promessas e juramentos são métodos pelos quais encorajamos a nós mesmos a seguir um código de comportamento mais rigoroso. Se alguém acha difícil lidar com as indesejáveis pressões externas pelo caminho “natural”, ao exercitar a força de vontade e sentido inatos de moralidade e retidão, pode ser compelido a fazer um voto a fim de sedimentar as defesas naturais contra o mal.” Sociedade Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil. Na Cerimônia do Casamento, ao chegarem à chupá (cobertura ou proteção, que representa a casa que o novo casal irá estabelecer unido), a noiva, os pais (e, segundo a tradição de alguns, até os avós) circundam o noivo sete vezes. Este é um costume de origem cabalística, difundido apenas entre as comunidades judaicas ashkenazitas (ocidentais). As sete voltas são alusivas aos sete dias da Criação, lembrando, também, as sete expressões de noivado entre Deus – o noivo, e Israel – a noiva. “Eu te consagro a Mim para sempre. Eu te consagro a Mim em misericórdia e em julgamento, e em amor, e em retidão. Eu te consagro a Mim em fidelidade, e tu conhecerás Deus.” Oséias 2:21-22 Entre o Povo Judeu, o conceito de Caridade é certamente deveras agradável ao G.’.A.’.D.’.U.’.. Afirmam que a doação de Caridade que traz sustento a um necessitado é um ato de manutenção da vida – que efetivamente nos possibilita imitar Deus, O Animador da Vida. Esta atitude concede a todos seres caminhos mais nobres em vida – seguir “Seus Caminhos”, qual sejam, os de Deus, em verdadeira Retidão de procedimento. A palavra hebraica Tzedka, é comumente usada como Justiça ou Retidão. Caridade expressa generosidade de espírito – o rico doando ao pobre. Tsedaka, por outro lado, significa que se cumpre a obrigação, cedendo não do que é seu, mas do quinhão que Deus lhe confiou para doar aos outros. Traduzido de “A Living Legacy” Lubavitch International, Brooklyn, N.Y. Edição especial de Tamuz. 5756 Na simbologia dos Judeus, a Tâmara é frequentemente uma metáfora para a Retidão, pois a tamareira é alta, frutífera e impenetrável a mudança de ventos, assim como devemos ser. No ALCORÃO dos Mulçumanos, na 4ª Surata, dentre os seus 176 versículos, “Na Nissá” (As Mulheres), revelada em Madina, também encontramos presente o nosso tema: “146 – Afastarei dos Meus versículos aqueles que se envaidecem sem razão, na terra e, mesmo quando virem todo o sinal, nele não crerão; e, mesmo quando virem a senda da retidão, não a adotarão por guia. Em troca, se virem a senda do erro, tomá-la-ão por guia. Isso porque rejeitaram os Nossos sinais e os negligenciaram.” “158 – Acaso, aguardam que se lhes apresentem os anjos ou teu Senhor, ou então que lhes cheguem sinais d’Ele? No dia em que lhes chegarem alguns se Seus sinais será inútil a fé do ser que não tiver acreditado antes, ou que, em sua crença, não tenha agido com retidão. Dize: Aguardai, que nós aguardaremos.” Centro de Estudos e Divulgação do Islam. Suzano – São Paulo Ao verificarmos sobre Direitos Humanos no ISLAMISMO, numa interpretação do ALCORÃO e da Tradição PROFÉTICA, percebe-se a convocação dos Muçulmanos para o bem e a proibição do ilícito, com citação sagrada a prescrever a Retidão. O Iman Mohamad Abda diz: “Deus ordenou ao Seu Mensageiro que vinculasse a consulta em ação. O Profeta consultava seus Companheiros, usando de toda cortesia, ouvindo todas as opiniões, e trocando ocasionalmente a sua opinião pela deles.” Ele acentua que as palavras de Deus: “E que surja de vos uma nação que recomenda o bem, prescreve a retidão e proíba o ilícito. Esta será uma nação bem-aventurada” (Alcorão, versículo 104), é a primeira prova de que o governo islâmico é baseado na consulta. Ele considera este versículo bem mais forte, do ponto de vista do sentido, que “consulta-os e resolvem seus assuntos em concílios,” porque, apesar da ordem dada ao governante de usar a consulta, e apesar de sua obrigatoriedade, nada garante que ele a coloque em ação. Centro Cultural Beneficiente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu Paraná/BR Ao verificarmos qual é o caminho da salvação para a Doutrina BUDISTA, obtemos por resposta que é a Retidão, Meditação e Sabedoria. Penetrada pela Retidão, a meditação se torna fecunda, penetrada pela meditação, a sabedoria se torna fecunda. Penetrada pela sabedoria, a alma se liberta totalmente do apego qualquer, apego aos desejos, ao erro e a ignorância. Jornal Arca da Aliança, Revista A Verdade e Artigos de Hermes de Amarna, Jeronimo José Ferreira de Lucena. Em estudo sintético do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, sobre Ocupações e Missões dos Espíritos, vislumbra-se na Parte Segunda, do Capítulo X, Perguntas 581 a 584, que: “Cada um é recompensado de acordo com suas obras, com o bem que intentou fazer e com a retidão de suas intenções.” Ainda na filosofia do Espiritismo, pelo médium Hercílio Maez (admirador com obra dedicada a Chico Xavier), segundo o Espírito RAMATIS, José, pai humano de Cristo, era um homem serviçal, reservado e conhecido pela sua Retidão, firmeza de caráter e ação moral, além de excessivamente cauteloso nas coisas mais simples. Muito atencioso para com a família, embora severo, jamais aceitava qualquer compromisso profissional, caso ainda tivesse alguma dúvida em poder cumpri-lo. Enérgico, sóbrio, religioso, mas sem o excitamento fanático ou exagero místico, manifestava profundo respeito para com os preceitos e regras sagradas do Torá. Dentre os famosos Pensadores da Humanidade, Platão transmitiu-nos o seu idealismo em Diálogos que narram a própria vida do seu mestre Sócrates. Pelos diálogos Socráticos ficamos a perceber qual o caminho a escolher: – todo Homem deve seguir uma vida regida pela Retidão moral exercendo o Bem e a Justiça… Do avançado e polêmico Filósofo para os pensadores do seu tempo, com ideais sofistas, Protágoras de Abdera, Séc.V a.C.: “O Homem é a medida de todas as coisas.” Como se pode depreender nessa mar.’. de pp.’. lat.’., em busca da verdade real e seguido de pronta volta à retidão do raciocínio de 5 anos, independente de crença, raça, periodização ou cultura que regem os diferentes povos primitivos ou atuais, Retidão sempre esteve presente nas religiões, doutrinas e filosofias, como princípio comportamental e espiritual a ser exercido por todos, como medida de todas as coisas, sempre influenciando o meio, seja por sua ausência ou existência, no homem e na sociedade. Uma demonstração de convicção e aperfeiçoamento cultural e moral, que todos devemos buscar compreender e assimilar, foi o Discurso pronunciado na Colação de Grau dos bacharelandos de 1989, da Faculdade de Direito de Campos/RJ, no Fórum Nilo Peçanha, no dia 17 de março de 1990, na condição de Núncio dos Professores. Aldano Séllos de Barros, Advogado, Professor de História e Decano da Faculdade de Direito de Campos/RJ, onde leciona Direito Romano deste sua fundação em 1960, no qual o tema e a conclusão afirmaram sabiamente que: “A verdadeira Justiça é a Retidão interior”. Meus IIr.’., essa Retidão interior é o que devemos buscar edificar em nosso Templo Interior, lembrando-nos sempre dos bons e sublimes exemplos que a História da Humanidade, deste os tempos do Antigo Egito, nos deixou por legado, para que aprendamos a olhar o passado, para melhorarmos o presente e podermos almejar um futuro ainda melhor. Retidão, palavra de importante significado encontrada ao longo dos tempos, e em várias línguas e Doutrinas religiosas ou filosóficas, qualificando homens bons e de moral ilibada. Real Dever e Princípio para autênticos e legítimos Maçons, os quais, até onde se possa ser, são verdadeiros oponentes da ignorância e fortes apoiadores da Retidão. Segundo Mateus 10, 1 e 7: “O Princípio da Autoridade é a missão.”, e acrescento, meus IIr.’., que essa autoridade está fundamentada basicamente em seis (6) pontos: Retidão, Fé, Zelo, Unção, Obediência e Relacionamento com o G.’.A.’.D.’.U.’.. Portanto, aqueles que tem assento no Templo de Salomão, no cumprimento da Nobre Missão que lhes cabe, devem Resgatar e Resguardar os Legítimos Postulados Maçônicos, Praticando a Verdadeira Maçonaria, com Luz, Harmonia, Compreensão, Justiça, Trabalho, Fidalguia e Tolerância, existindo e agindo sempre com plena e irrestrita Retidão. 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