Gratias agimus Agimus tibi Propter magnam gloriam Propter gloriam tuam Domine Deus, Rex coelestis Oh Domine Deus! Damos graças a Ti Pela Tua grande glória Senhor, rei dos céus Ó, Senhor! Pai Todo-poderoso “Não por nós, Senhor, não por nós, mas para que seu nome tenha a Glória.” Existem algumas versões sobre a história da formação da Ordem dos Cavaleiros Templários, cerca de nove, que foram escritas meio século após os Templários começarem em Jerusalém: por Guilherme de Tiro, um homem que tinha grande aversão ao que ele percebia que a Ordem havia se tornado em seus dias; por Guilherme, bispo de Tiro, um dos três cronistas que, escrevendo na última metade do século XII, deixaram uma versão dos primeiros dias dos Templários; os outros dois foram Miguel, o Sírio, patriarca jacobina de Antioquia, e Walter Map, vice-bispo de Oxford, que também era o clérigo na corte do rei Henrique II da Inglaterra. Dos três, a versão de Guilherme, apesar de sua inclinação pessoal e de erros factuais, é geralmente aceita como a mais confiável e a mais conhecida, por diversos motivos que estão muito bem argumentados neste texto. Essas são as mais conhecidas, mas veremos que nenhuma delas nos fornece grandes detalhes a respeito dos primeiros anos de existência dos Templários. Em Resumo… Nos últimos anos foram editados centenas de livros no mundo inteiro a respeito dos Templários, até mesmo por editoras universitárias, escritos por acadêmicos. Cada um possui seu estilo particular de escrita e narrativa, muitos com seus valores, especulativos, ficcionais, outros com teorias plausíveis a partir de uma pesquisa séria e de fontes materiais primárias. O que importa é que há um número grande de pessoas que buscam, cada vez mais, conhecer essa Ordem. Stephen Dafoe mostra-nos, a partir de relatos bem antigos, que a Ordem era dividida em três partes: a dos que rezavam, o Clero; a dos que defendiam, a Aristocracia dos nascidos em berço nobre; e a dos que trabalhavam, os Camponeses. Essa era uma divisão natural da sociedade que existia naquele tempo. A Igreja seria o ponto central da comunidade medieval. O ideal templário de compromisso com o conhecimento, os descobrimentos e a fraternidade afetaram o mundo de forma marcante nos séculos subsequentes. Por exemplo, as organizações Neotemplárias foram as responsáveis pelos avanços em várias ciências. O Infante Dom Henrique, Grão-Mestre dos Cavaleiros de Cristo, em Portugal, não só promoveu grandes progressos na arte da navegação como também patrocinou viagens de descobrimentos. Além disso, diversos membros da Real Academia fizeram progressos em astronomia, artes médicas e até mesmo em transmutação de metais, e suas realizações muitas vezes se tornaram o fundamento da ciência moderna. Até o início de 1300, o conhecimento e os experimentos eram considerados heréticos e o cientista que os realizava com muita facilidade era submetido ao controle da Inquisição. As organizações pós-Templárias mais tardias sabiam muito bem o valor do segredo e evitavam a perseguição religiosa contra os discursos filosóficos e científicos. “tamanha era sua pobreza que não podiam ter mais que um só cavalo cada um” Os Templários sobreviveram em termos militares. Associadas e comprometidas com vários poderes, as ordens militares resistiram ao ataque aberto tanto do Estado como da Igreja, e também às execuções e prisões em massa do século XIV. Os Cavaleiros de Cristo, ou Ordem de Cristo, os Cavaleiros Teutônicos, as Guardas Suíça e Escocesa, assim como várias ordens militares menores, mas poderosas, sobreviveram aos seus perseguidores. Como a Hidra, resistiram à morte, prosperaram e multiplicaram-se. História… A Ordem Templária foi fundada em Jerusalém em 1118, logo após a Primeira Cruzada, mesmo havendo alguns indícios de ter sido fundada quatro anos antes. Seu nome está relacionado ao local de seu primeiro quartel-general, no lugar do antigo Templo de Salomão. Nove monges veteranos dessa Primeira Cruzada, entre eles Hugues de Payens e Godofredo de Saint Omer, reuniram-se para fundar a Ordem em defesa da Terra Santa. Pronunciaram perante o patriarca de Jerusalém, Garimond, os votos de castidade, de pobreza e de obediência, comprometendo-se, solenemente, a fazer tudo aquilo que estivesse ao seu alcance para garantir as rotas e os caminhos e a defender os peregrinos contra os assaltos e os ataques dos infiéis. O crédito da fundação da Ordre de Sion (Ordem de Sião) foi dado a Godofredo de Bouillon, por volta de 1099. A original Ordem de Sião foi estabelecida para que muçulmanos, judeus e outros indivíduos elegíveis pudessem aliar-se à Ordem cristã e tornar-se Templários. Frequentemente, encontramos os Templários sendo denominados Soldados de Cristo (Christi Milites) e Soldados de Cristo e do Templo de Salomão. O bispo de Chartres escreveu a respeito dos Cavaleiros em 1114, chamando-os de Milice du Christi (Soldados de Cristo). A regra que lhes foi concedida por ocasião do Concílio de Troyes, em Champagne, era: Regula pauperum commilitonum Christi Templique Salomonici. No começo, eles viviam exclusivamente da caridade, e . O antigo sinete da Ordem, no qual aparece a representação de dois cavaleiros em um só cavalo, comprova essa humildade primitiva. O primeiro Grão-Mestre da Ordem foi Hugues de Payens, certamente um homem superior. Durante toda a sua vida, testemunhou um pensamento seguro e uma indomável coragem. Inspirado pelo espírito cavalheiresco de seu século, ele não podia ter se tornado apenas um cruzado cujo nome caiu no esquecimento, como o de tantos outros nobres e bravos senhores. Era grandioso armar-se com oito soldados contra legiões numerosas; oferecer-se, sob um céu implacável, aos golpes de um inimigo que observava atentamente sua empreitada e que podia afogá-lo definitivamente, já no primeiro combate, no sangue de seu punhado de bravos. E foi assim que viveram durante dez anos. Sem pedir reforços nem subsídios, nenhuma recompensa, nenhuma prebenda esperava por eles. Viviam segundo suas próprias leis, vestidos e alimentados pela caridade cristã. Martin Lunn, em seu livro Revelando o Código Da Vinci (Madras Editora), fala-nos do Priorado de Sião, que compartilhava com a Ordem do Templo (Cavaleiros Templários) o mesmo Grão-Mestre; eram dois braços da mesma organização até algo conhecido como a “Corte do Olmo”, que aconteceu em Gisors, em 1118. Essa separação entre as duas Ordens foi supostamente causada pela chamada “traição” do Grão-Mestre Gerard de Ridefort que, de acordo com os Dossiês Secretos, resultou na perda de Jerusalém pela Europa para os sarracenos. Quando do Concílio de Troyes (1128), Hugues e outros seis Cavaleiros compareceram diante dos mais altos dignitários da Igreja. O papa e o patriarca Étienne lhes deram um hábito, e o célebre abade de Clarval, São Bernardo de Clairvaux, encarregou-se da composição de sua regra, modificando parcialmente os estatutos primitivos da sociedade. Foi também São Bernardo quem revitalizou a Igreja Celta da Escócia e reconstruiu o mosteiro de Columba, em Iona (tal mosteiro havia sido destruído em 807 por piratas nórdicos). O juramento dos Cavaleiros Templários a São Bernardo exigia a “Obediência de Betânia – o castelo de Maria e Marta”. Durante a era das Cruzadas, que perfazem um total de oito e as quais continuaram até 1291 no Egito, na Síria e na Palestina, apenas a primeira, de Godofredo, foi de alguma utilidade, como afirma Laurence Gardner, um magnífico autor: “(…) Mas mesmo essa foi desfigurada pelos excessos das tropas responsáveis que usaram sua vitória como desculpa para o massacre de muçulmanos nas ruas de Jerusalém. Não apenas Jerusalém era importante para os judeus e cristãos, porém se tornara a terceira Cidade Santa do Islã, após Meca e Medina. Como tal, a cidade até hoje está no cerne de contínuas disputas. (Embora os muçulmanos sucintas considerem Jerusalém sua terceira cidade Sagrada, os muçulmanos xiitas colocam-na em quarto lugar após Carabala, no sul do Iraque.) A segunda Cruzada para Odessa, liderada por Luiz VII da França e pelo imperador alemão Conrado III, fracassou miseravelmente. Então, cerca de cem anos após o sucesso inicial de Godofredo, Jerusalém caiu sob o poder de Saladino do Egito, em 1187. Foi quando engatilhou a terceira Cruzada de Felipe Augusto, da França, e Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra, que, entretanto, não conseguiram recuperar a Cidade Santa. A quarta e quinta Cruzadas concentraram-se em Constantinopla e Damieta. Jerusalém foi retomada brevemente dos sarracenos após a sexta Cruzada, mas ficou longe de reverter a situação. Por volta de 1291, a Palestina e a Síria estavam firmemente sob o controle muçulmano e as Cruzadas haviam terminado. Vejamos alguns preceitos da nova legislação, mas é importante lembrarmos que nessa época os Cavaleiros não eram classificados em graus como os nobres: Todo homem que não fosse sacerdote ou servo podia aspirar à Cavalaria, e a nobreza moderna tinha aí sua origem. 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