POESIA Assim é o GADU o Grande o Arquiteto o Universo negro imortal prata e ouro o brilho total voz de calafrios Senhor dos precipícios estala o dedo dilacera-te os vícios encanta-te o medo o universo te acalma vidente não te prevê vermelho magenta tua alma flutua o olho que tudo vê. Assim é rasante força e arrepio profano brusco espanta-te o azul silencia-te sem pio aprendiz em ziguezague companheiros ao sul a lua se arrisca até que o céu se apague duas forças duas aves em retirada o mestre não te fala nada o que parece cura tua infância é velha tua noite amarela e a genialidade é tua loucura. Dentro do templo fúria e fera o venerável resvala tua linda aquarela teu olhar morteiro vivo e preciso invertido e certeiro a batida e o malhete revelam-te primeiro a irmandade em ti, adormece embriaga-te na insensatez huzzé sem timbre acontece mensagens de um romance francês o venerável mestre sinaliza a paz branca e silvestre simples como o vento desbasta a pedra preciosa dourada e misteriosa todos perfilam espalham-se no templo vertigem ou morte inconcebíveis num momento tu decides tua sorte absoluta acaso dentro da pedra luz do firmamento a chave está no oriente não te reconheces? esse é o juramento!