POESIA Que o isolamento obrigatório em 2020 reforce as asas claudicantes da liberdade. Liberdade aproxima-nos dos sonhos! Que a saga do medo desbragado e o sofrimento dos excluídos, desnecessariamente, tragam-nos de volta à razão. Razão sinaliza os apetites da paixão! Que as lamentáveis mortes covídicas atentem para todas as mortes. Morrer é certo e igual, somente se inevitável. Qual “bailarino suspenso em fio de seda num jogo de navalhas” nimba-me a beleza desmaiada do porvir… Que a esperança seja a nossa melhor vacina – Inda que balbuciando um Feliz 2021! Que o Ano Novo devolva o equilíbrio e permita mais oportunidades… Que a reflexão imposta pelo confinamento revigore a solidariedade humana. Humana, a face desnuda, a voz captada num abraço…