Enquanto as pessoas choram
notícias calam o mundo

braços invisíveis abraçam
irmãos de um ritual profundo

faça o que a alma faça
cidades oscilam entre fumaça

não há como avistar quem passa
profanos, filhos e uma vida escassa

já não se contempla a natureza pálida
jardins colorindo a liberdade inválida

no grande templo atemporal
siga atento, contemple o ritual.

A sabedoria que a pedra desperta
antes da vida, da alma e da poesia
é a rara beleza que o ritual alerta.

Oscilam-se os passos pela verdade secreta
união de irmãos e entrelaçados compassos
braços invisíveis te conduzem. O velho ritual acerta.

Revela-se, irmão, as asas do teu destino
siga a passos lentos, o que vê e ouve teu coração
relembra-te menino, compreenda o ritual e o teu ensino.

Ultrapassastes o arrepio do sentimento
o infinito calafrio da noite e da luz do dia
falta compreender o ritual da morte e do renascimento
onde estas? O silêncio te revela: maçonaria.

Autor: Ir∴Wildon Lopes da Silva
ARLS Mount Moriah, 3327
GOSP – Independente – SP
www.wildon.com.br
wildon.lopes@uol.com.br

About The Author