“…à inconcebível, inexprimível perfeição da sabedoria, cuja natureza semelhante ao espaço é não produzida e não cessa. A esfera de atividade da sabedoria sublime, que dela tem conhecimento específico. À mãe dos conquistadores: passados, presentes e futuros, presto homenagem.”
“… A sabedoria é o olho para ver a profunda realidade última, é o caminho que extirpa totalmente a existência mundana e o tesouro de conhecimento louvado em todas as escrituras. Conhecido como a lanterna mais preciosa, para dispersar a escuridão da confusão. Sabendo disso, o sábio que busca a liberação, cultiva o caminho, com todo o esforço.”

Através da prática das “Seis Perfeições” (Seis Paramitas), a visão do budismo tibetano, assegura que teremos corpo e mente excelentes no nosso centro do universo no futuro e leva a condições até mais favoráveis para o desenvolvimento humano do que vivenciamos no presente. Propõe uma extensa e grandiosa interação filosófica dentro de nós mesmos, com o objetivo de buscar o espírito iluminado, para atingir a completa perfeição, aliviar o sofrimento de todos os seres vivos e, juntamente, leva-los ao mais alto nível do bem-estar e da felicidade.

O conhecimento das seis perfeições (generosidade, paciência, disciplina ética, esforço entusiástico, concentração e capacidade de ir além e sabedoria), é a chave para o surgimento da completa iluminação, as quais, permitem atingir um estado aperfeiçoado, no qual nos vemos livres das emoções perturbadoras, livre do corpo e da mente e de todos os obstáculos, da tirania, do orgulho, dos bens materiais e, através de ações no presente, alcançarmos um futuro melhor, e através do desenvolvimento da sabedoria, estaremos invulneráveis às distrações, e prontos para decidir entre o que será cultivado e o que deve ser descartado.

(As seis Perfeições – Como atingir o bem-estar supremo – Comentário de Geshe Rinchen – Traduzido do tibetano para o inglês e organizado por Ruth Sonam – wmfmartinsfontes
São Paulo – 2009 – pg. 119 a 166)

Deixem-me sonhar, homens de preto,
ainda que jamais estejais vivos para me agradecer.
Não desprezem meus segredos,
minhas primaveras, os medos e os amuletos,
as esperanças que nunca haverão de entender.

Apenas peço-lhes
que me deixem sonhar.
Falar da beleza do sacrifício por uma grande causa.
Lutar sem pausa,
por algo acima do interesse de uma cidade,
ou de um líder de um país
ou dos desejos vulgares de uma sociedade.
Deixem-me sonhar pelos seus filhos,
vivendo por amor ao planeta,
pela dignidade da vida do universo inteiro.
Eles não serão fracos,
sejam nativos ou forasteiros.
Não se curvarão à tirania,
ao poder do dinheiro,
ou à guerra dos covardes.

Deixem-me sonhar com esses heróis
que lutarão como guerreiros,
e morrerão como seres humanos,
como poderosos cavalheiros.

Deixem-me sonhar convosco,
homens de preto,
como verdadeiros irmãos!!!
Assim, minhas mãos estarão
livres para abraçá-los,
meus olhos estarão sempre abertos,
a ver tudo para coroá-los.
Minhas armas serão sua defesa
e por vós, lutarei sempre
até estar no oriente eterno,
a esperá-los.

Deixem-me sonhar
em ser tudo na vossa vida.
Estou cansado de não ser nada…
Seguir por essa estrada vazia
onde o tudo e o nada me contrariam
numa precisão geométrica, incrível,
e ainda festejam meus segredos
e minhas lutas inglórias.
Estou adormecido nessa ansiedade impossível.

Oh! Homens de preto,
cantem versos em soneto.
Verdadeiros irmãos!!!
Minhas mãos estarão livres
meus olhos bem abertos.
Rituais de fidelidade
para os nossos segredos da vida,
cerimoniais mágicos para o nosso espírito.
Intuição da minha alma,
aceleração e evolução.

Seremos um só símbolo
uma única espécie
em perfeita comunicação.

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