A ABERTURA DO “LIVRO SAGRADO” NOS GRAUS SIMBÓLICOS

Em todas as Sessões Maçônicas que são realizadas nos “Graus Simbólicos”, o Ir∴ Mestre de Cerimônia, obedecendo à determinação do V∴M∴, conduz o Ir∴ Orador até o “Altar dos Juramentos”, o qual ao chegar ali, abre o Livro Sagrado e lê em voz alta, com todo respeito, um determinado trecho das Sagradas Escrituras.

A leitura feita por aquele Ir∴ materializa a Palavra do Senhor, a qual, enquanto está estática e inserida naquele Livro, não produz “som”. Pois sabemos que ela ali está, e para dela tomarmos conhecimento, temos que lê-la ou ouvi-la. O que é sempre bom, e deve ser feito com frequencia.

À cada palavra pronunciada pelo Ir∴ Orador, acentua-se a mística daquele ato, o qual é Cerimonioso e Litúrgico.

É somente um Ir∴ quem procede àquela leitura; os demais, presentes ali naquela Sessão, a ouvem com toda a atenção, respeito e fé, porque ela é a Mensagem Divina.

O Templo fica instantaneamente impregnado de vibrações, e o Ir∴ Orador, que está fazendo aquela leitura, reveste-se, naquele momento, de uma auréola mística sacerdotal. Os “sons” que saem de seus lábios abrangem à todos, como se fossem raios de luz, banhando um ser.

Cada Grau do REAA tem um determinado trecho do “Livro Sagrado” para ser lido em suas Sessões, cuja soma de seus “sons” proporciona um efeito dirigido, com a finalidade de abrir a reunião, e fazer dela um culto.

GRAU 1 – APRENDIZ MAÇOM

Neste Grau, é feita a Leitura do Salmo 133 de Davi – Versículos 1 a 3, que diz o seguinte:

“Eis quão bom e quão agradável é habitarem juntos os Irmãos! É como o óleo preciosos que cai sobre a cabeça, o qual desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce sobre a gola de suas vestes; é como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Pois ali, Jeová ordenou a benção e a vida para sempre”.

A primeira fase deste Salmo diz respeito ao agrado de todos os Maçons, dentro do Templo: -o de estarem unidos. É uma união mística, pois é atraente e faz bem, proporcionando um conforto espiritual.

A evocação do óleo sagrado que unge o sacerdote, nos faz cientes da missão de cada Irmão, quando reunidos. Ali se transformam em homens abençoados e ungidos.

O orvalho de Hermon, que se forma no mais alto monte de Jerusalém, é o refrigério para o calor que nos cerca. Não o calor do afeto, mas o da angústia, recebido das emanações vindas dos profanos.

A Vida para sempre é a Vida Eterna, ou seja, a Vida do espírito, que constitui a vivência mística.