Envolto em escuridão, o Neófito tem um encontro inusitado. Ele: quem está aí? (Uma voz áspera e cansada surge) Ela: Euuuuu… Ele: eu quem? Revele seu lume! Ela: a Morte! (num som sussurrado) Ele: vieste me buscar? Ela: sim, pois é tempo de acordar… Trouxe vosso testamento O qual deve assinar. Ele: testamento? Assinar? Qual dos meus bens queres levar? Ela: teus vícios, teus medos, Tua vaidade, teus mais escuros segredos. Ele: então não vieste me matar… Vieste me libertar! Onde tu habitas? Ela: na ponta de uma Espada, Destes que a sorte é minada. Ele: de que espada falais? Seria está cuja ponta afiada, Que gelada, sinto no peito meu? Ela: Simmmm… Ele: nada vejo Morte aliada, Apenas sinto. Assim… Levai contigo o que desejais Não deixais se quer uma raiz. Ela: impossível… Pequenas nódoas te lembrarão, Que deves ser um eterno Aprendiz. Ele: e este ar gelado? Que pousa ao meu lado E de ti Morte o olhar velado? Ela: Nããããooo… vem do passado! Do homem que será enterrado. Deixe-me ver, Neófito, tens as mãos calejadas? Ele: por que a pergunta? Ela: pois, com elas deverás Por noites infindas trabalhar O maço e o cinzel deves usar. O que vim buscar vem do lapidar… Tuas farpas, tuas fagulhas, teus fragmentos Aquilo que aniquila no desbastar. Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ