A PEDRA ANGULAR No Grau da Marca existem aspectos que provocam confusão ao Mestre Maçom da Marca quando o tema é Pedra-Chave e a Pedra Angular. Para um melhor entendimento convém relatar que no trato do pedreiro existiam duas divisões gerais de trabalho: – Aqueles que tratavam simplesmente com o que era chamado de quadrado ou trabalhos diretos; – Enquanto outros produziam arcos ou trabalhos redondos. Levando isto para os tratos medievais temos: Pedreiros e cortadores de pedras quadradas, para a primeira categoria e escultores ou moldadores para a segunda. OBSERVAÇÃO: Existiam outros Maçons conhecidos como alinhadores ou erigidores Seguindo no desenvolvimento do tema, estes possuíam marcas especiais –, e como ação, tinha que completar suas próprias formas de “obras-primas” exclusivas. Sendo que o grupo da primeira divisão era marcado pela pedra polida perfeita, com arestas perfeitas ou pedra angular – já o grupo da segunda divisão a obra-prima era um frontão perfeito ou pedra-chave adequada para complementar um arco ou os arcos cruzados de um teto. Logo se entendia a pedra polida perfeita, não teria de ser apenas quadrada, mas também ser retangular, o que nos ajuda, como conhecimento aos Maçons da Marca. O porquê de serem apresentadas normalmente três pedras pelos Diáconos e pelo Candidato aos Supervisores. OAD – Não divergindo do Autor. Até porque pode ser um erro de impressão. No desenvolvimento dos trabalhos (hoje) utilizamos apenas duas pedras. REGISTROS: As ferramentas utilizadas para o trabalho diferem –, na pedra polida perfeita utilizamos o esquadro, o nível e uma linha de prumo. E para produzir uma pedra-chave necessitaria apenas de um par de compassos. Tradições determinam que uma estalagem (hospedaria) na qual, pedreiros de todas as perícias pudessem se encontrar recebia o nome de “O ESQUADRO E O COMPASSO” em vez do mais comum “EMBLEMA MAÇOM”. ATENÇÃO: Reportando ao início do tema do Livro –, vimos que nas exposições mais antigas dos Graus da Marca existiam os Graus de Homem da Marca e de Mestre da Marca. Neste contexto, o Homem da Marca se qualificava produzindo uma pedra angular satisfatória e, o Mestre Maçom da Marca se qualificava na confecção da pedra-chave. Assim diante da explicação acima –, os Graus da Marca são considerados “operativos” diante de todos os antigos Graus na (Franco-Maçonaria). A Pedra-Chave encontra-se sobre a entrada do arco que é mostrado na Tábua de Delinear da Marca, escritas em palavras hebraicas. Eben mah-asu hay-thab A pedra Rejeitada Pelos Construtores hay-thab l’rosh pinnah Se tornou o cume De um Canto São referências que se acreditavam na história antiga que materiais providenciados, para serem usados na construção do edifício para DEUS, foram a princípio rejeitados, erroneamente, como impróprios, e mais tarde reconhecidos como terminantes para o trabalho. Tradição essa adotada pelos Judeus, que se tornaram os primeiros cristãos a aceitá-la para seu Senhor e Messias Jesus Ao Mestre Maçom da Marca, a rejeição da Pedra-Chave é uma metáfora para aquilo que está sendo ensinado. Significando que ELE deve aprender as lições da paciência e da humildade enquanto percorre o caminho pelos Graus e no progresso da vida. Aprende ainda que, como o Rei Davi, O Mestre Maçom da Marca pode por um tempo sofrer o julgamento e a rejeição como construtor, mais o plano final de DEUS, foram reconhecer sua casa real e assegurar que o plano e as oferendas de Davi terminariam com a finalização do Templo de Jerusalém. O Mestre Maçom da Marca pode até ser levado a observar: “ai de mim, ai de mim, meu trabalho está perdido”, mais descobrirá que a pedra que apresentou se tornou a pedra-chave, a pedra angular de toda a estrutura. A TÁBUA DE DELINEAR Peça do mobiliário da Loja, utilizada pelo Mestre Maçom, que também era o arquiteto do edifício e servia para desenhar os planos de todo o trabalho. Tábua de Delinear (de madeira) pode ser vista ainda hoje em catedrais de York ou Wells,no chão de um quarto especial para traçados. E como o “desenho” era o recurso essencial para que o Mestre Maçom pudesse mostrar os planos do edifício e seus detalhes para os Contramestres ou Supervisores, entra a Tábua de Delinear –, que passou a ter relevância para a história no Grau de Mestre Maçom da Marca. Pois, era um arranjo bastante apropriado a existência de uma Tábua de Delinear no Templo da Loja de Mestres Maçons da Marca. ATENÇÃO: Passaram-se 35 (trinta e cinco) anos para que o corpo administrativo se decidisse sobre se autorizaria uma Tábua de Delinear oficial, na primeira Grande Loja da Marca na Inglaterra. A Tábua de Delinear desenhada pelo Irmão Arthur Carter era a familiarizada pelos maçons da MARCA. Quando então foi introduzida nas Lojas, alegou-se que ELA era mais colorida e atraente do que suas predecessoras, que nada fora omitido de sua confecção como havia surgido antes e que todos os itens essenciais relacionados com a MARCA estavam retratados. Seguindo o contexto, vários foram os questionamentos e comparações sobre a Tábua de Delinear e, a Tábua de Delinear Rosenthal por existir diferentes estruturas. E levada a uma reflexão sobre a Tábua de Delinear atual, aparecem questões levantadas de quantas partes continuam sem explicações. O ARREMESSO DA PEDRA-CHAVE Ao envolvermos com os graus maçônicos na (Franco-Maçonaria) sempre deparamos com momentos, em que somos colocados em situações na qual meditamos sobre como nos abarcamos nela. […] experiência semelhante acontece quando estamos postados visíveis, diante de vários irmãos, e convidados a responder, sem ajuda, a uma série de questões, que esperam que tenhamos aprendido corretamente, apesar de provavelmente não as termos compreendido. No Grau da Marca existem momentos em que somos encorajados a submeter uma peça incomum de trabalho, recebida em confiança –, mas que agora está sendo rejeitada com palavras um tanto quanto duvidosas, ou seja, seu trabalho é rejeitado… o agravante é que não temos nada a ver com isso. Somos marcados, porque as primeiras duas pessoas que a inspecionaram, a quem você ouviu chamarem de Supervisores, estavam aparentemente dispostos a admiti-la. Destarte continuam as discussões entre os Supervisores, que são orientados a jogar a pedra que você trouxe, no entulho… a esperança era de que sua pedra deveria, como as quadradas e retangulares, ser usada para construir o Templo de Salomão. “Marcamos ai, o ato do arremesso reencenado no decorrer do nosso Grau da Marca”. As encenações são parte dos rituais antigos especulativos os quais temos acesso… a única diferença significativa das práticas antigas é que, na tradição hebraica original, não era a pedra rejeita e arremessada para fora da borda, mas o trabalhador que havia produzido tal peça de trabalho defeituosa… Lembramos que o Templo de Jerusalém foi construído em um monte sobre a cidade, então existiam trechos de escarpas por todos os lados do local, que, aliás, ainda estão lá. “Templo de Jerusalém” isso significava que ao ser punido e jogado entre os muros de um vale, o mais provável é que ficasse aleijado, se não morto, pela queda em tal ponto. Ficaram de fora o costume medieval das batidas sobre a cabeça e as costas, que o ineficiente recebia de seus companheiros, por marcar um péssimo exemplo de trabalho – pelo qual eram julgados, e por perder porção de pedra para a qual eles dividiam o custo. Portanto, o que destoa da nossa forma de trabalho presente é o sentido da severidade da punição para o trabalho que, apesar de não estar realmente incorreto, é tratado como tal, por causa de uma aparente falta de comunicação entre os supervisores. A PROCURA PELA PEDRA A cerimônia atinge a um momento em que a angústia causada pela falha em produzir a pedra-chave, que alcançaria o ponto máximo da construção… Quando o Venerável Mestre dirigir-se aos membros estas palavras: “Façamos buscas diligentes por ela. Ela é a pedra mais importante na construção”. Diante da busca simbólica, várias e antigas encenações ocorreram aos longos dos tempos até encontrar a pedra exata que precisávamos. … Aquela pedra original que por cujo trabalho foi, literalmente, lançada para as profundezas, do monte do Templo em Jerusalém, em vez de o trabalhador, e caiu em meio ao lixo ou entulho do vale baixo. Existem inclusive antigos rituais que descrevem essa queda como sendo de nove metros ou mais, e se sabia que esse era um vale conhecido como Gehinnom ou Gehenna entre as paredes do Leste. Esse lugar era onde a cidade amontoava seus refugos e, por estar sempre queimando, o nome Gehenna tornou-se denominação eventual para o inferno, que era considerado um lugar de fogo eterno. Afinal, o ponto de distinção entre a prática de trabalho dos pedreiros de dispor uma pedra que havia sido feita de maneira deficiente ou estragada e a história que contamos de como uma pedra, que é reconhecida pelos Supervisores como sendo bem executada, não está de acordo com as plantas que eles aparentemente receberam. […] Comentários do Autor: Parece uma lástima que, se ainda hoje um Maçom da Marca está sendo apressado a fazer “busca diligente” por uma pedra descartada, eles deveriam, pelo menos, receber explicações inteligente de quanto essa procura é necessária e o que levou à ideia e às instruções quando nenhuma foi dada. OS SUPERVISORES A palavra “supervisor” neste contexto define o trabalho que era esperado de tal oficial, na ocupação dos pedreiros, não é algo com que o comum de hoje teria qualquer familiaridade. Os Supervisores inseridos ao Grau da Marca são três. As presenças dos mesmos em seus postos, e no desenvolvimento geral dos trabalhos, definem o quão possam ser essenciais a uma apropriada ritualística. … Registramos que, nos tempos antigos da Maçonaria da Marca Inglesa, e até a segunda década após o estabelecimento da Grande Loja da Marca, esses Oficiais, ou não participaram, ou não eram considerados como realmente necessários. Segundo o autor, existia outro aspecto do trabalho dos Supervisores que pode ser facilmente negligenciado por Maçons da Marca. O exame das pedras que lhes são apresentadas e a necessidade deles de consultar as plantas, para tais pedras, antes que as passem para um superior, não é tudo o que têm para ser feito. Antes que as pedras sejam totalmente aceitas para o trabalho da construção do Templo, devem receber uma marca distinta que mostra que elas foram irrefutavelmente apresentadas nos “portões” dos Supervisores. O que se sabe, é que o Grau da Marca preserva de várias maneiras, as tradições operativas da antiga arte. Exemplos: A presença dos Supervisores com seus exames, suas plantas e a marca de aprovação todos são traços dessa conexão. OS POSTIGOS DO PRIMEIRO VIGILANTE A presença e o significado do postigo do Primeiro Vigilante no Oeste como partem de nossas cerimônias lembram o ofício da tradição que a MARCA sempre esteve. Sendo correlato com o Segundo Grau ou Grau de Companheiro de Ofício da Maçonaria Inglesa…hoje simplesmente “passagem”, e, de acordo com isso, lembramos que na, Franco-Maçonaria, antiga ele era o “Grau de Companheiro”, ou “Mestre do Ofício”, que reclamava o lugar de destaque e o passo que, na tradição, se conseguia de forma especial. Registramos então o ponto em que um maçom deixava de ser Aprendiz e ao fim se tornava o construtor de uma obra-prima. Passando a ser o trabalhador habilidoso em seu ofício, pronto para receber os vencimentos apropriados. E já como Companheiro mostrou habilidade, e premiado por sua primeira aplicação prática de algumas das sete artes e ciências liberais. Portanto, é isso que a presença do postigo está tentando nos ensinar. O AVENTAL DO MESTRE DE MARCA O Avental do Grau da Marca mantém a tradição estabelecida há muito tempo, na Inglaterra, País de Gales e em Lojas que se tornaram suas descendentes. …É verdade que ainda no século XVIII desenvolveu-se um costume de terem aventais que exibiam os símbolos de todos os graus que o possuidor havia obtido e, em tais casos, aquele avental era usado em qualquer grau no qual o Irmão tomasse parte. Porém, a prática mostrou a existência de espírito de diferença entre os Irmãos, e que foi estritamente proibido pelo Duque SUSSEX, depois da união das Grandes Lojas em (1813). Consenso trouxe resultados do uso do tipo separado de avental para cada Grau, com a condição de que os símbolos de nenhum outro Grau fossem mostrados, além dos que estivessem sendo trabalhado. Assim a regra foi adotada pela Inglaterra, em meados do século XIX, introduzindo o Grau da Marca separado. E diante do fato surge à dúvida sobre qual vestimenta o Maçom da Marca deveria adotar. E logo aparece o modelo criado por um escocês Irmão Beattie, do Capítulo do Arco Real de Aberdeen. Foi confeccionado inicialmente para a Loja Bon Accord de Maçons da Marca, com sede em Londres em 1851, com colaboração do Capítulo de Aberdeen. Registros indicam que na ilha de Wight, em Southwark e Nottingham, foi criado um avental com a forma de Pedra-Chave e usado na primeira metade do século XIX. A IMPORTÂNCIA DA MARCA PARA OS GRAUS MAÇÔNICOS […] Ser um Maçom da Marca, trás em evidência, que sejam os membros mais instruídos, e talvez com melhor ritualística. …Alguns Maçons consideram o Grau da Marca ou mesmo o “Arco Real”, como um passo adicional que pode ser deixado de lado. Fato importante é que os conteúdos da MARCA respondem a algumas das partes do ritual da Maçonaria Simbólica que estão ou não totalmente explicados ou simplesmente são ignorados. CURIOSIDADE: Em todo século XVIII a Grande Loja de toda Inglaterra, em York, admitia candidatos em uma Loja de Companheiro tanto como “Aprendiz e Companheiro” na mesma ocasião… Interessante que a Loja era aberta no Grau de Companheiro. A cerimônia de Mestre da Marca nos ensina passagem importante para a vida em geral. “A lição é que, não importa quão bom nosso trabalho possa ser não existe garantia de que será apreciado pelo que é, ou nos tenha custado”. Assim descreve o “AUTOR”, possa a Maçonaria da Marca continuar a florescer entre nós, tornando-nos maçons melhores e mais completos. OAD – Significa Opinião do Autor do Documento. Autor: Cryer Neville Baker · Tradução: Rosália Munhoz Leave a ReplyYour email address will not be published.CommentName* Email* Website Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ