Demóstenes (384 a.C.- 322 a.C.)

Órfão desde pequeno, teve a herança roubada pelos seus tutores, aos quais processou, fato que talvez tenha incentivado a sua carreira de orador e político. Foi discípulo do mestre de oratória Iseu e destacou-se na defesa da Grécia contra o imperialismo de Felipe da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande; seus discursos, por esse motivo, são conhecidos como as filípicas.
Considerado o maior orador da antiguidade, nasceu gago e, às custas de muito empenho e persistência, obteve a cura e o domínio da própria voz.
Na elaboração de seus discursos escrevia, corrigía, relía, retocava e aprimorava-os, até alcançar a perfeição. Seu estilo, impetuoso, granjeou inúmeros e poderosos inimigos; um deles, Antípater, perseguiu-o e ele, não querendo entregar-se, ingeriu veneno, dando fim à própria vida.
Eis a introdução de seu mais célebre discurso: “Rogo, o´atenienses, a todos os deuses e deusas que, em primeiro lugar, nesta lide, se me depare de vossa parte a mesma afeição que venho, em minha vida, devotando à nossa pátria e à vós em particular”.

Winston Churchill (1874 – 1965)

Um dos maiores oradores de todos os tempos, nasceu na Inglaterra e foi ministro das Finanças, das Colônias e da Guerra. Em 1953 recebeu o premio Nobel de literatura.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quando as forças nazistas ameaçavam o Império Britânico e Londres era fortemente castigada pelos bombardeios alemães, Churchill foi nomeado Primeiro Ministro e, com seus dramáticos discursos, deu ânimo ao povo ingles para que este enfrentasse o inimigo; eis um trecho de um deles, feito ao anunciar a declaração de guerra à Alemanha de Hítler:
“Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, suor e lágrimas. Temos perante nós uma dura provação. Temos perante nós muitos e longos meses de luta e sofrimento.
Perguntaram-me qual é a nossa política? Eu lhes direi: é fazer a guerra no mar, na terra e no ar, com todo o nosso poder e com todas as forças que Deus possa nos dar; fazer guerra a uma monstruosa tirania sem precedentes no sombrio e lamentável catálogo de crimes humanos; essa é a nossa política!
Perguntaram-me qual é o nosso objetivo? Posso responder com uma só palavra: vitória!
Vitória a todo o custo, vitória por mais longo e difícil que possa ser o caminho que à ela nos conduza; vitória!…porque sem ela não sobreviveremos!”.

Rui Barbosa (1849 – 1923)

Rui Barbosa de Oliveira foi maçom, iniciado na A.R.L.S. Bacharel pela Facudade de Direito de São Paulo, desde a mocidade participou de importantes movimentos sociais, como a luta pela abolição dos escravos e pelas eleições diretas em nosso país.
Ganhou projeção internacional na Conferência da Paz, realizada em Haia no ano de 1907, na qual defendeu com brilho invulgar a teoria da igualdade entre os povos; por sua atuação foi cognominado “A águia de Haia”.
Foi deputado, membro fundador da Academia Brasileira de Letras e candidato, por duas vezes, à presidência da República. Sua célebre biblioteca possuía cerca de 50.000 livros.
Notabilizou-se principalmente pelos seus discursos, sendo hoje considerado o maior orador de nossa pátria.
Trecho de seu célebre pronunciamento em defesa da igualdade de todas as nações:
“Se os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas da existência na comunidade internacional”.

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