A Maçonaria é a mais nobre das Instituições. Agrega em suas colunas todos os homens, com seus credos, suas profissões e com suas convicções, desde que sejam livres e de bons costumes.

A filosofia maçônica, a doutrina da arte real e a nossa cotidiana liturgia canalizam seus ensinamentos para o desenvolvimento moral de seus afiliados.

Enfim, nossa Fraternidade busca aprimorar seus iniciados, transformando-os em homens sensíveis ao bem, notadamente, ao bem comum. E assim, por conseguinte, a nossa digna Arte Real alcançará o objetivo almejado, que é a formação de construtores sociais, para trabalharem no Grande Edifício Social, eis a Grande Obra dos Alquimistas.

É sabido e notório que nossos dirigentes, indistintamente, não medem esforços em fazer progredir nossa Augusta Confraria, porém, na mais das vezes, padecem diante das dificuldades oriundas da vaidade, do egoísmo, da egolatria, do abuso de autoridade! Ora sendo sacrificados, ora sendo os sacrificadores!

Destarte, podemos notar um paradoxo no seio maçônico, muitas vezes, as mãos e as inteligências que constroem templos à virtude, também se entregam, inconscientemente, aos sentimentos menores da vaidade e do egocentrismo.

E dessa forma, a Maçonaria, vai estagnando-se. Com uma atuação enfraquecida, busca-se viver de saudosismo ao passado, como bem relata o nobre escritor Irmão Theobaldo Varoli Filho, em sua obra Curso de Maçonaria Simbólica, tomo I, pág. 190 e seguintes:

“Ainda há (os maçons) saudosistas que relembram demasiadamente as grandes figuras que passaram pela Maçonaria. Por via de regra, os grandes maçons devem ser lembrados, mas com certa cautela e sempre com a certeza, que o homenageado tenha sido realmente maçom. Rui Barbosa, por exemplo, foi ilustre por suas próprias qualidades e não por ter sido maçom, pois, quanto a isso deixou muito a desejar.

Chegou a considerar a Maçonaria como um culto à vaidade, como se expressou num discurso proferido na tradicional faculdade de Direito de São Paulo. Como o maçom, a poliglota ‘águia de Haia’ desaparece completamente diante da figura do insigne Luiz Gama.

Em suma, a Grande Viúva deve ser enaltecida por seus filhos, pelo que são e não pelos mortais que por ela passaram.

Precisamos construir a Maçonaria do futuro, uma Maçonaria Forte e Fraterna, em que prevaleça o real e verdadeiro desenvolvimento espiritual, moral e filosófico entre os Irmãos, em que os maçons formem uma energética e sincera cadeia de união, unindo todos os obreiros do Universo.

Crescendo o homem tornar-se-á maçom, com o seu crescimento do Eu Interior, no qual a iniciação aos nossos mistérios será efetivamente uma chave mágica do mundo interno, como uma chave dos grandes mistérios da alma, como ensinou nosso Mestre Élifas Levi.

Iluminando seu Eu Interior, o maçom espargirá essa Luz para os Irmãos de sua Loja, e assim, todos trocarão essa Luz. Será quando a Loja Maçônica tornar-se-á mais que um prédio, e lá encontraremos um Templo de Sabedoria, como nas pirâmides do Antigo Egito, como em Delfos na Grécia dos Sábios, como na Índia dos Mestres…

A Loja Maçônica será o Macrocosmo do maçom e o Microcosmo do Universo, e tudo estará intimamente ligado, surgindo uma egrégora de verdade. Afinal, não somos insanos de pensar que a espiritualidade formará uma egrégora real para discutirmos as parcas benemerências, as discussões políticas inúteis, os jogos de poder etc.

A egrégora é constituida pelas formas-pensamentos e pela intenção dos homens. Tire em seu íntimo as suas conclusões.

Sonhamos com essa Maçonaria, que produz Luz em Sagrados Templos… Pois, aperfeiçoando o nosso Eu Interior, aperfeiçoaremos a humanidade, e por conseguinte, melhoraremos nosso planeta e nosso Universo.

Enfim, a Maçonaria está dentro de nós e precisamos acordar esse Gigante adormecido. Quando formamos o Grupo Amigos da Madras esse era nosso objetivo central, no próximo dia 23 de novembro, nosso grupo completará 6 anos de existência!

Acreditamos que conseguimos alcançar parte de nossos objetivos, afinal, estreitamos relacionamentos, transformando Irmãos em amigos, e só isso já nos recompensa!

Não estamos vinculados a nenhuma corrente, salvo a corrente do desenvolvimento maçônico!

Nosso grupo aceita fraternalmente todos os Irmãos! Cada Irmão sabe a sua responsabilidade! Ademais, sabemos que os assuntos aqui vinculados ultrapassam os muros virtuais de nosso grupo, e isso não nos incomoda, ao contrário, nos enche de glória e satisfação.

Que bom que admiram nossas fraternais discussões. Nosso grupo é maçônico, portanto, aberto a todos os Irmãos que se julguem sintonizados com um novo projeto para Maçonaria.

Parabéns aos Irmãos e Amigos da Madras!

Fraternalmente,
Douglas Garcia Neto
Fundador do Grupo Amigos da Madras

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