A constituição do Grande Oriente do Brasil, no “caput”, de seu artigo primeiro, conceitua a maçonaria como sendo uma “instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista”. Entre os incisos do parágrafo único, consta que a maçonaria “Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade (CONSTITUIÇÃO, 2007:3).” Seus fins supremos são: “LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE”.

A Inglaterra atingiu o auge do seu desenvolvimento durante o Século XVII, sendo favorecido pela monarquia, e pela unificação do país realizada por Henrique VIII e Elizabeth I. A Inglaterra foi influência em diversos setores para os demais países, não diferentemente aconteceu com a maçonaria. A origem da maçonaria moderna que, segundo a escola do pensamento maçônico, chamada autêntica, se deu na Inglaterra em duas fases, a maçonaria operativa, formada pelas corporações, ou guildas de profissionais da arte da construção, depois, transformando-se na maçonaria especulativa, formada por maçons aceitos, os quais eram profissionais de outros setores da sociedade na época, como, filósofos, artistas, livres pensadores. Podemos citar ainda a influência da Inglaterra na maçonaria:

• Institucionalização da Maçonaria especulativa, pela formação da primeira potência maçônica do mundo, a Grande Loja da Inglaterra.

Para alguns a linha de raciocínio para a origem da ordem é simples. Ela é tão antiga quanto sua história documentada. Da fundação da Grande Loja da Inglaterra, em 1717 em diante, a ordem tem sido franca em relação a sua existência, apenas os métodos de reconhecimento mútuo têm sido afastado do olhar do público, mas podemos afirmar, através de documentos encontrados, que a instituição que hoje chamamos de Maçonaria, já era uma sociedade secreta antes do meio do século XVII, no entanto as sociedades secretas, por definição, não publicam histórias oficiais.

Na literatura maçônica encontramos várias versões concretas para a origem da ordem, juntamente com teorias e explicações fantasiosas em meu entendimento, como a maçonaria teria surgido através de Adão, e até mesmo que Jesus era maçom. O que entendo e pude notar ser de comum acordo entre a maioria dos pesquisadores e escritores da ordem, é que a maçonaria tomou para si, em relação a sua simbologia e ritualística, diversos elementos de culturas antigas, como a mesopotâmia (sumérios, caldeus, babilônicos), egípcia, persa e hebraica, e dos antigos mistérios: egípcios e gregos. Uma forte teoria que encontramos na literatura maçônica, especificamente no livro A Chave de Hiram dos autores Christopher Knight e Robert Lomas, é que a maçonaria e seus rituais se originam através da ordem dos pobres soldados companheiros de cristo, hoje conhecidos como cavaleiros templários. Acredita-se que parte do ritual maçônico tem influência da ordem dos templários, especialmente a iniciação.

De fato a verdadeira origem da maçonaria, onde e quando iniciou, é desconhecida.

É entendimento generalizado, quase que consensual no meio maçônico, que a maçonaria que conhecemos hoje, especulativa, teve sua origem através das corporações de ofícios medievais, ou, Guildas operativas dos pedreiros livres, os construtores responsáveis pelas grandes catedrais, mais especificamente da Inglaterra e da Europa Ocidental. É fato que muitos autores reforçam essa tese, a qual se acredita que os construtores das catedrais góticas e de outros importantes edifícios da Europa organizavam-se em confrarias, possuíam rituais secretos e que guardavam zelosamente os segredos da arte da construção. A partir daí o ingresso dos aceitos deu-se em grande número, em tal modo que passaram a ser em maior número que os maçons operativos, estes, que com o tempo deixaram de existir. Em consequência a esse processo, teriam surgido, no século XVII, ou, mesmo em fins do século XVI, lojas da Maçonaria especulativa, cujos membros não possuíam nenhuma relação com a arte da construção, tendo seu ápice na fundação da Grande Loja Simbólica de Londres através da união de quatro lojas Londrinas.

O verdadeiro maçom é aquele que de fato busca a verdade e se esforça ao máximo, dentro suas limitações física e intelectual, para lutar contra suas paixões, suas imperfeições e seus vícios, para aí sim, tornar-se um homem justo e ser reflexo de luz para a sociedade.

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