Para quem entra pela primeira vez num templo maçônico, a abóbada celeste é, sem dúvida alguma, uma “visão de impacto”. Desde os templos mais modestos aos mais ricos em ornamentos e arquitetura, o céu estrelado chama a atenção pela sua peculiaridade e beleza. CASTELLANI (1988) observa que a decoração do teto nos templos maçônicos do Rito Escocês Antigo e Aceito é, geralmente, estelar e que o hábito de ornamentar de estrelas o teto tem sua origem no Antigo Egito. É o que se vê no templo de CARNAC (em Luxor). Mas, observa ainda que essas ornamentações tinham um valor muito mais simbólico do que estético. Dentro desta perspectiva, ainda CASTELLANI (op.cit.) comenta que embora muitos templos maçônicos apresentem seus tetos estrelados, os astros são ali representados a esmo, sem qualquer critério astronômico ou conforme a tradição, o que constitui um erro. O correto é que a abóbada celeste do templo maçônico contenha, além do Sol e da Lua, os planetas Mercúrio, Júpiter, Saturno (com seus satélites), as estrelas Arcturus, Spica, Aldebaran, Régulus e Fomalhaut e as Constelações de Órion e da Ursa Maior, mas os conglomerados estelares das Plêiades e das Híades. É interessante observar que este conjunto de astros, além do Sol e da Lua, pode ser visto, em diferentes momentos, tanto no Hemisfério Norte como no Hemisfério Sul da Terra. Entretanto, a abóbada celeste que domina nossos templos, em toda porção austral da Terra, é fruto da herança dos templos maçônicos da Europa, que está situada na porção setentrional do globo terrestre. Contudo, é bom lembrar que o céu do Hemisfério Sul, voltado para o centro da nossa galáxia, é considerado mais rico em estrelas. Se nossa abóbada celeste representasse esse céu, teríamos certamente a presença de belas estrelas, como Sírius (da Constelação do Cão Maior), Procyon (do Cão Menor), Antares (do Escorpião), Alfa Centauro (do Centauro) e Canopus (de Carena), além da belíssima Constelação do Cruzeiro do Sul. Por outro lado, mesmo sendo uma representação do Hemisfério Norte, a abóbada celeste ainda assim é bela e não menos rica em significados e simbolismos. Nenhum ornamento ou símbolo num templo maçônico está isento de significado. Desta forma, cada astro ali representado expressa, além da sua beleza estética, um profundo significado cuja origem remonta às mitologias sumérias, babilônicas, egípcias e greco-romanas. Mais que isso, apresenta também significados alquímicos e místicos. Alguém poderia indagar: por que exatamente esses astros estão ali representados? Afinal, o céu do Hemisfério Norte apresenta outros belos astros que não estão representados, como por exemplo: a estrela Capela (da Constelação do Cocheiro) e a estrela Vega (da Constelação da Lira). Contudo, convém lembrar que a abóbada celeste do templo maçônico é uma herança da visão do céu dos antigos povos da Europa. Evidentemente que os astros ali representados são conhecidos desde a antiguidade e que devido às suas magnitudes e brilho, sobressaiam-se no céu noturno. Eram astros ou constelações-chave, isto é, que serviam de guia para quem desejasse estudar o firmamento, tendo neles pontos de referência. Isso significa afirmar, de maneira mais simples, que tais astros chamavam a atenção dos observadores desde aqueles tempos passados, dos mais sábios ao homem comum. Ademais, os primeiros templos maçônicos eram ‘montados’ ao relento, na calada da noite, nos lugares ermos, de modo que a abóbada celeste que cobria nossos irmãos durante os trabalhos de loja, era o céu estrelado natural e autêntico, exibindo sua extraordinária beleza e magia. O SOL, nosso astro-rei, o centro de nosso sistema planetário, está situado no Oriente do templo, onde a abóbada celeste aparece mais iluminada, representando a luz da sabedoria que vem desse quadrante da Terra. Ali fica situado o trono do Venerável Mestre, que conduz a loja com saber e autoridade. O Sol, para os antigos, era a figura mais poderosa do céu, a fonte primária de luz, calor e vida, maior e mais potente que qualquer outro corpo celeste. Embora a astronomia moderna demonstre que o Sol é uma estrela comum e comparativamente pequena, em termos absolutos ele ainda é mais poderoso do que podemos imaginar. Para nossa escala humana, o Sol é uma gigantesca e trovejante fornalha nuclear, com uma massa 300 mil vezes maior que a Terra, cujo núcleo atinge temperaturas de 15 milhões de graus. É a estrela mais próxima de nós e, com sua luz e calor, sustenta a nossa existência e a vida na Terra. No antigo Egito, o Sol era o deus Rá, simbolizado por um escaravelho e que era parido todas as manhãs pela deusa do céu Nut, para novamente ser engolido por ela ao anoitecer. Por seu lado, os gregos elegeram o deus Apoio, com sua carruagem de fogo, como o deus Sol. Um deus contraditório e ‘ambíguo’, como o próprio astro, fonte benévola de vida, mas ao mesmo tempo capaz de grande destruição, por meio de suas mortíferas radiações. Muitas vezes os gregos atribuíam a Febo deificação do Sol e sabemos também que os poetas antigos faziam ordinariamente distinção entre Apoio e o Sol, que concebiam como divindades diferentes. E, em todo o Mundo Antigo, o culto ao deus Sol (como na Ilha de Rodes) era muito difundido, onde era chamado de Hélios. A astrologia atribui ao Sol o governo do ego essencial, a ambição, o espírito, a vontade, a energia, o poder e a organização. A ele são atribuídos os traços da criatividade, do orgulho, da generosidade e da dignidade, mas também do egoísmo, da pomposidade e da arrogância. Representa a masculinidade seca e quente e a parte ‘iluminada’ da mente, da racionalidade, enquanto a Lua é a inconsciência e o conhecimento intuitivo. A Lua é o corpo celeste mais próximo da Terra. Sempre foi simultaneamente familiar e misteriosa. Embora sempre mantenha a mesma face voltada para a Terra, a Lua muda constantemente de aparência, à medida que as sombras de seus cumes avançam pelas planícies cobertas de crateras. Desde os tempos mais remotos, os homens enxergam nela diferentes figuras, que deram origem a inúmeras lendas. Entretanto, a característica mais notável da Lua é sua regularidade: ela passa de Cheia a Minguante, a Nova e a Crescente, voltando ao estado inicial a cada 29 dias e meio, com uma inabalável constância. Muitos povos antigos usavam-na para acompanhar a passagem do tempo. Para os babilônios, a Lua era Sin, o deus do calendário e da sabedoria. Selene para os gregos, que temiam o período sem luz da Lua Nova, quando, acreditavam, essa deusa era levada ao mundo subterrâneo. Desde as épocas mais remotas as pessoas atribuíam à Lua poderes sobre os processos da natureza. Há muito se sabe que ela causa as marés e por extensão acreditava-se que ela também afetava os fluídos corpóreos. Sua antiga associação com a menstruação – a duração média de um ciclo menstrual é quase igual ao ciclo lunar – pode ser uma das razões para as mais antigas culturas terem identificado a Lua como feminina. A mais importante deusa da Lua era a irmã gêmea de Apoio, a caçadora grega Ártemis, que os romanos conheciam como Diana. Outra deusa grega, Hécate, era associada ao lado escuro da Lua. Era a senhora dos fantasmas, do obscuro e do oculto, da magia e da sabedoria profunda. Os antigos astrólogos não tinham ideia da real dimensão da Lua e de sua pouca importância no esquema cósmico. Por isso igualaram a Lua ao Sol, em uma dualidade masculina/feminina. Do ponto de vista astrológico, a Lua representa a alma e o inconsciente. É vista como feminina, úmida e emotiva e representa a futilidade, a maternidade, a família, o crescimento e a morte. Na abóbada celeste está situada mais ao Ocidente; com sua pálida luz, deixa aquela porção do céu mais escura, domina o lugar onde os aprendizes devem sentar-se, significando que ali a luz (sabedoria) ainda é fraca e que se deve aprimorar na caminhada para o Oriente, desbastando a pedra bruta para um maior aperfeiçoamento pessoal, quando então terão acesso à parte do templo com maior luminosidade, em direção do Nascente ou do Oriente. Os planetas representados na abóbada celeste eram conhecidos desde os tempos antigos, visíveis que são a olho nu. Com exceção de Vênus (confundido com uma estrela – Estrela Dalva, estrela Matutina ou estrela Vespertina) e Marte, o deus da guerra, os demais planetas estão ali simbolizados: Mercúrio, Júpiter e Saturno. MERCÚRIO é um planeta diminuto, correndo num ângulo tortuoso sobre uma órbita excêntrica, tem menos da metade do tamanho da Terra e é o segundo menor planeta do Sistema Solar, depois de Plutão. É também o mais rápido, completando uma volta em torno do Sol, a cada 88 dias. Muito próximo do Sol é quase ofuscado pelo brilho do seu enorme vizinho. Representa bem sua maliciosa herança mítica e astrológica. Para os antigos gregos, Mercúrio era o deus Hermes, cujas características de uma criança birrenta pareciam-se bem coerentes. Maroto e esperto e com uma inteligência rápida e inquieta, os gregos lhe atribuíam a invenção do alfabeto, da escala musical, da astronomia e do boxe. Além disso, era chamado de senhor das viagens e do comércio e patrono da alquimia – a arte mágica de transformar metais comuns em ouro. Hermes tornou-se o mensageiro dos deuses e foi agraciado com elmo e sandálias alados para desempenhar suas tarefas celestes. No panteão romano, Hermes recebeu o nome de Mercúrio que, além de governar o comércio e a alquimia, foi-lhe dado o domínio da medicina, daí o caduceu que trazia consigo, um bastão circundado por duas serpentes entrelaçadas, que tinha o poder de curar os doentes (entre os gregos, o deus da medicina era Esculápio, um dos filhos de Apoio). O simbolismo de Mercúrio é o do autoconhecimento, a transformação pessoal, o preenchimento da lacuna entre o ego e seus potenciais. É a representação da união da mente- espírito-matéria, mas com a primazia do intelecto. JÚPITER, enorme e magnífico, é o maior planeta do Sistema Solar, cerca de 300 vezes maior que a Terra. Completa uma volta ao redor do Sol a cada doze anos. Embora gigantesco, acredita-se que Júpiter possuía somente um pequeno núcleo rochoso envolto de hidrogênio e hélio, formando um imenso ‘balão’ de gás quente. Mais propriamente, é composto de densas camadas gasosas com um pequeno núcleo de metal líquido que parece se condensar em rocha e gelo. A rápida velocidade de rotação de Júpiter (em torno de 9,8 dias), faz as nuvens da sua atmosfera formarem cinturões e faixas horizontais mais quentes ou mais frias. Entre esses cinturões e faixas escuras e claras que circundam o planeta, paralelos ao equador, surgem imensos sistemas de turbulência e tempestades, como a Grande Mancha Vermelha, no hemisfério sul de Júpiter, que corresponde provavelmente a uma imensa coluna espiralada de nuvens, com um tamanho três vezes maior que a Terra, gerando uma gigantesca tempestade em atividade há centenas de anos. Júpiter gera mais radiação própria do que a recebida do Sol (do qual está mais de cinco vezes a distância entre o Sol e a Terra, numa viagem anual de quase doze anos), formando assim o centro de um sistema planetário em miniatura, com dezenas de luas (como Ganimedes, Calixto, 10 e Europa que foram descobertas por Galileu em 1610). Especula-se que alguns desses satélites possam ser antigos planetas capturados pela imensa atração gravitacional de Júpiter. Tudo isso contempla a Júpiter, uma metáfora celeste apropriada para o rei dos deuses. Tanto no panteão romano, como Júpiter, ou no grego, chamado de Zeus, era o soberano do Monte Olimpo, a casa dos deuses. Considerado o senhor do dia e dos raios, representa a autoridade masculina, que ilumina a humanidade com seus pensamentos. Inspira os homens a irem além das situações que lhes rodeiam, espiritual e materialmente. Por isso está associado à religião e à filosofia, à benevolência, à compaixão, à justiça, à lei e à honestidade, bem como à riqueza e à boa situação social. Simboliza também o triunfo do espírito sobre a matéria. SATURNO, é o planeta mais distante que pode ser visto da Terra a olho nu – é o sexto planeta a partir do Sol e os antigos astrônomos achavam que era o planeta mais exterior do Sistema Solar, um pária frio e solitário no espaço profundo. É o segundo maior planeta, depois de Júpiter, portanto, igualmente um gigante gasoso, cerca de 95 vezes maior que a massa da Terra. Com uma órbita que perfaz 29 anos e meio ao redor do Sol, Saturno possui um belíssimo sistema de anéis extremamente finos, mas amplo, com menos de I km de espessura, mas que se estende por cerca de 420 mil km além da superfície do planeta. Possui também dezenas de luas orbitando ao seu redor (como a gigante Titã, a maior do Sistema Solar e que parece possuir atmosfera). Os gregos identificaram Saturno com Cronos, chefe da raça de deuses gigantes chamados Titãs que reinavam antes dos deuses olímpicos. Os romanos o adaptaram a um deus da agricultura que herdaram dos etruscos, tornando-o deus do tempo e da lavoura. Seu festival, as Saturnálias, era celebrado no mês de dezembro, para comemorar o solstício de inverno no Hemisfério Norte. Saturno, de acordo com a mitologia e a astrologia, governa a interação do indivíduo com o ambiente e representa a autoridade interna, o autocontrole e a consciência. Saturno inspira ou destrói. Em circunstâncias positivas, confere a persistência, a resistência, a prudência, a frugalidade e a capacidade administrativa. A influência negativa de Saturno, porém, é um aviso de repressão, egoísmo e crueldade. Simboliza a ascendência da matéria sobre o espírito. Quanto às estrelas que observamos em nossa abóbada, também estão carregadas de simbolismos e significados: ARCTURUS (da Constelação do Boieiro) é uma gigante com uma luminosidade de 115 vezes a do nosso Sol. É vista na primavera, no verão e no outono, no Hemisfério Norte e no outono e inverno, no Hemisfério Sul. Diz a lenda grega que Arcturus representa Icário de Atenas, amigo do deus Baco, morto por pastores da Ática e levado ao céu na forma de estrela por Júpiter. SPICA (da Constelação de Virgem) é uma estrela brilhante, com uma luminosidade 1800 vezes a do nosso Sol. É visível na primavera e no verão, no Hemisfério Norte e no outono, no Hemisfério Sul. ALDEBARAN (da Constelação do Touro) é uma gigante vermelha, conhecida também como “o Olho do Touro”, com um brilho 165 vezes maior que o do nosso Sol. É visível no inverno e primavera, no Hemisfério Norte e no verão e outono no Hemisfério Sul. O nome ALDEBARAN vem do árabe. REGULUS (da Constelação de Leão) é 170 vezes mais brilhante que o nosso Sol. É visível no verão, na primavera e no inverno, no Hemisfério Norte e no verão e no outono, no Hemisfério Sul. FOMALHAUT (da Constelação do Peixe Austral) é 15 vezes mais brilhante que o nosso Sol e é visível no outono e verão, no Hemisfério Norte e na primavera e inverno, no Hemisfério Sul. Duas Constelações estão presentes em nossa abóbada celeste. São elas:ÓRION, também chamada de Trapézio, possivelmente a mais impressionante do céu. Fácil de reconhecer com sua espada’ pendendo das três estrelas que formam a ‘bainha’ ou o ‘cinturão’ do caçador celeste, filho de Netuno e Euríale, filha de Minos. Essas três estrelas, conhecidas popularmente por ‘Três Marias’, são cientificamente chamadas de Alnitak, Alnilam e Mintaka. Essa belíssima Constelação-chave, porquanto serve de referência para localizarmos dezenas de outras Constelações e estrelas, possui duas estrelas de 1~ grandeza, a gigantesca avermelhada Betelgeuse, 250 vezes maior que o nosso Sol e 15 mil vezes mais brilhante e a estrela azul branca Rigel, que apresenta um fabuloso brilho 60 mil vezes maior que o Sol. O Órion é visível durante a primavera e o inverno, no Hemisfério Norte e no verão e outono, no Hemisfério Sul.A URSA MAIOR, é também uma Constelação-chave, chamada por alguns povos de “Arado”, apresenta 7 (sete) estrelas formando seu grupo principal, conhecido por ‘Dipper’ (Caneca). E facilmente reconhecida no céu e ali encontramos várias estrelas de sistemas duplos e triplos. O nome advém da lenda grega na qual o jovem príncipe Arcas foi transformado em um urso por Júpiter, o deus dos deuses, e assim transportado para o firmamento. Essa constelação é praticamente visível durante o ano todo, no Hemisfério Norte e durante o outono, no Hemisfério Sul. Também existem dois belos conglomerados estelares, o das Plêiades e o das Híades. São aglomerados abertos e visíveis a olho nu e estão situados na Constelação do Touro. As Plêiades ou Sete Irmãs, estão próximas à brilhante vermelho Aldebaran, e o seu nome provém da palavra grega que significa ‘navegar’, por estar associada ao tempo favorável à navegação; os latinos as chamavam também Virgllias, isto é, primaveris, ou estrelas da Primavera. As Plêiades eram as sete filhas de Atlas e Plêione, da mitologia grega, e a mais brilhante entre elas é Alcíone. As Híades, por sua vez, circundam Aldebaran e por isso são quase ofuscadas pelo poderoso brilho daquela estrela. O nome provém também da mitologia grega, e as Híades são igualmente filhas de Atlas, associadas pelos antigos ao período de mau tempo e de chuvas. Assim é nossa abóbada celeste. Olhando-a detidamente, leva-nos, além da nossa admiração pela beleza e grandiosidade que enseja, nos faz refletir sobre a imensidão do Universo e da nossa pequenez frente a maravilhosa criação do G∴A∴D∴U∴ Nosso templo representa o COSMOS, numa visão a partir da superfície da Terra e a abóbada celeste nos dá a dimensão do infinito e a sensação mágica que encerra a fantástica aventura humana. Não é por acaso que toda vez que adentramos num templo maçônico, mesmo quando já estamos habituados a fazê-lo anos após anos, sempre olhamos para cima, para a abóbada celeste, em algum momento, às vezes distraidamente, durante nossas reuniões, tal a sensação mágica de estarmos ao ar livre, sob o céu noturno, como nos primórdios da Maçonaria. Ir∴ Fadel David Antônio Filho ANÚNCIO MODALIDADES DE FRANQUIA CONTAMOS COM DOIS TIPOS DE FRANQUIA: A DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS E PLANOS ASSISTENCIAIS; E A DE CEMITÉRIOS VERTICAIS E HORIZONTAIS.