Segundo a filosofia de Platão (Atenas, 428/427 – Atenas, 348/347 a.C.), no livro IV da República, em que descreve as qualidades que uma cidade deve ter para o seu funcionamento racional, as qualidades são enumeradas em função de quatro virtudes, chamadas de fundamentais, e que mais tarde denominaram-se virtudes cardeais. Elas são: prudência (sabedoria), fortaleza (coragem), temperança e justiça.

Segundo a Igreja Católica Apostólica Romana, existem quatro virtudes cardinais (ou virtudes cardeais) que polarizam todas as outras virtudes humanas. O conceito teológico destas quatro virtudes foi derivado inicialmente do esquema de Platão e adaptado por Santo Ambrósio de Milão 340 – Mediolano,
4 de abril de 397), mais conhecido como Ambrósio, foi um arcebispo de Mediolano (moderna Milão), Santo Agostinho de Hipona (354 em Tagaste, Numídia (moderna Souk Ahras, Argélia – 430 Hipona, Numídia (moderna Annaba, Argélia) e São Tomás de Aquino (Roccasecca, 1225 – Fossanova, 1274).

A Filosofia Platônica foi tão importante para a Filosofia Teológica da Igreja Católica e a influenciou tanto, no que se refere ao estudo da Virtude e, em especial às Virtudes Cardeais, que o Papa Clemente II (nascido na Saxónia, Alemanha, 1000, falecido em 9 de outubro de 1047, em Pesaro, Itália), Bispo de Bamberg, Alemanha, eleito 150° papa em 25 de dezembro de 1046, teve em sua tumba, em 1047, na Catedral de Bamberg, Alemanha, esculpidas as Quatro Virtudes Cardeais. Destaca-se, também, a presença de uma das maiores obras de arte do mundo, pintada por Rafael, em 1511, a pedido do Papa Júlio II, na Stanza della Segnatura, Palácio do Vaticano, também, as Quatro Virtudes Cardeais.

A Influência da Filosofia Platônica, assim como a Filosofia Grega Clássica de um modo geral e as grandes Filosofias advindas do Oriente Antigo, bem como todo um conjunto de iluminadas e excelsas filosofias de todas as partes do mundo e de todas as épocas foram e continuam sendo assimiladas pela Arte Real, pelo simples magnífico fato de ser Bom e Virtuoso e se procurar constante e incansavelmente a Verdade; a melhoria do próprio ser humano, num processo de renascimento e reconstrução de si mesmo, por si mesmo e em fraternidade.

Segundo o Ir∴ Falconer, “Em tempos operativos as Quatro Borlas que eram suspensas nos quatro cantos do alojamento representavam guias, que foram destinados a ajudar um maçom para manter uma vida justa e correta, de onde derivou a referência para as quatro virtudes cardeais que, tradicionalmente, são temperança, fortaleza, prudência e justiça. Em lojas modernas especulativas esses Quatro Borlas, representando respectivamente a temperança, fortaleza, prudência e justiça, nesta sequência, deve começar no canto sudeste, que está ao lado esquerdo do Venerável Mestre, em seguida, avançar no sentido horário em torno do recinto da loja. Hoje em dia as borlas não são uma característica comum em templos maçônicos…”

Não todas as Sebentas Maçônicas, mas em sua maioria, instruem-nos sobre a fundamental importância das Virtudes, ensejadas pelas Borlas do Pav∴ M∴, assim como, na Antiguidade Grega Clássica encetou um dia Platão, no século IV a. C., posteriormente, os mais consagrados doutores e filósofos da Igreja Católica notadamente nos séculos III ao XIII d.C., bem como os Maçons Operativos em suas Cantarias e Alojamentos na Antiguidade e Idade Medieval e os Maçons Especulativos, a partir do século XVIII, sobre as Quatro Virtudes Cardeais: Sabedoria ou Prudência; Fortaleza ou Coragem; Temperança e, Justiça.

Assim Seja!

Referências:

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou. 1970.
FALCONER, W. M. Don. O Esquadro e o Compasso – Em busca da Maçonaria. 2014.
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Bibliot3ca
Fondiantichi
Hottopos
Lista de pinturas de Rafael
Sbgfilosofia

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