Há quase dois mil anos, passados, quando um jovem mestre chamado Jesus, o Cristo, já pregava a divina lei do verdadeiro amor, um jovem aprendiz, das ciências esotéricas espirituais, saiu pela estrada da vida, acalentando em seu enlevado espírito, o doce néctar do fruto do conhecimento.

Num certo trecho do caminho, foi avistando uma região, toda calcinada de cinza, carvão e enxofre, tendo na entrada, uma placa que declarava: “SODOMA, O ESPELHO DA VIDA”.

Era uma visão aterradora e sinistra, da qual os homens e os animais afastavam-se, assustados. Horrorizado e profundamente impressionado, como uma criança que acabava de ter um terrível pesadelo, o neófito aprendiz, voltou-se apressado para a sua vila, rumo ao aconchegante cantinho de seu Templo Maçônico, onde se punha, sempre, a meditar.

Em certo trecho do caminho de volta, deparou-se com um ancião, de olhar sereno e profundo, cuja aura, resplandecente, revelava, com firmeza, a vulnerável presença de um mestre, muito iluminado.

Induzindo, por seu espírito esotérico e místico que, só a intimidade com os livros e a convivência com os iluminados mestres no trazem, o aprendiz, de modo tímido e assustado, perguntou-lhe:

– Mestre! Diante de tanta desgraça, qual seria a lição espiritual que podemos nós, pobres mortais, tirarmos de tudo aquilo?

Diante de tanto interesse de evolução espiritual que a pergunta revelava, respondeu-lhe, o mestre comovido:

– Meu irmão! Naquele lugar, outrora, tão paradisíaco, existia a famosa cidade de Sodoma, que os hebreus chamavam de: Jardim do Éden, e, os árabes de: Jardim de Alá.

Ali jorrava o mel e as águas mais puras aos pés de frondosas árvores, das quais as mais belas flores e os mais doces frutos pendiam ricos cachos de oferendas, mil, aos privilegiados seres do lugar.

O seu povo era tranquilo e feliz; a sua vida transcorria serena e pacificamente, como brancas nuvens num divinal céu de anil.

A sua bandeira era a fé em Deus, a quem cultuava com amor e fidelidade.

O seu lema, a paz, que amava respeitando o direito alheio e desprezando as fratricidas guerras de conquista, sementeiras de desgraças e imorredouros ódios raciais.

O seu culto era o amor a Deus, ao próximo, às crianças e aos idosos, aos quais respeitava não apenas por gratidão, mas também por suas obras e seus bons exemplos, e, pelo muito que deles podia lucrar a sociedade, perante a sua longa experiência de vida e de conhecimentos adquiridos.

Mas, o eterno girar da roda da vida que, a tudo e a todos, leva e traz numa incessante renovação, e, como tudo que existe no universo, também é regido sob o signo, fatal, da dualidade, ora pleno de luz, ora repleto de trevas, com a devida intensidade, relativa aos nossos atos, foi acelerada com maior velocidade, a fatal Mandala do destino daquela gente, pelas suas cármicas ações, ao desprezar os seus Templos à virtude.

Os crimes, o vício e o desprezo pelos valores morais que, dantes, eram inexpressivos, foram se avolumando, num crescendo exasperante. Entre tantas leis que regem o universo para a perfeição da justiça e do equilíbrio cósmico, foi desencadeada a lei da reciprocidade: “Aquilo que se planta será aquilo que se colherá”.

– E então, apressou-se o aprendiz, em seu julgamento: Deus lançou em sua ira, o fogo dos céus sobre Sodoma!
– Não, meu irmão! Respondeu-lhe o velho Mestre: Deus é pai! Não condena nem se vinga de ninguém. São os homens que se condenam, por seus atos, pensamento e palavras!
E, o Neófito aprendiz, profundamente consternado, perguntou mais uma vez:
– Mas e aquela placa lá, naquele lugar, que declara estranhamente: “SODOMA, O ESPELHO DA VIDA”! Qual é a lição que podemos tirar de sua mensagem?
– A lição daquela mensagem, querido irmão, é uma lição de vida, e, um lembrete que deverá constar em todos os livros sagrados, de todas as religiões futuras, e que deverá servir, principalmente, para a humanidade da “era de aquário”, isto é, o elemento água, onde tudo começou e onde tudo se acabará, pela idolatrada tônica da besta.

Naquele tempo, tão futuro, apesar das mais variadas e tão aperfeiçoadas religiões, a humanidade já terá se esquecido das terríveis consequências que os homens, de lugares como este desencadearam, ao fazer das orgias, do vício, das drogas e dos crimes contra o seu próximo, contra os animais, contra a natureza e, o que é pior, pelo mais terrível crime: o pecado contra o amor.

O Amor! O elo mais sagrado que nos liga ao Grande Arquiteto do Universo e que, se santifica, sempre quando nos unimos material e espiritualmente a uma mulher, numa pureza de sentimentos que revela o nosso deus interior, enlevados pelo divino ato de criar o homem.

O Amor! Esta inesgotável fonte de felicidade que é o próprio Deus em nosso coração, induzindo-nos a “amarmos ao nosso próximo, como a nós mesmos” e a “perdoarmos, sempre, aos nossos inimigos”.

Porém, o Amor que nos une à nossa melhor e mais pura metade: a mulher será cada vez mais banalizado, emporcalhado e escarnecido, pelos pornófilos, os pornógrafos e os pornófonos, com sua psicopatia espiritual, moral e fisiológica, e, premidos pelo fantasma de suas deficiências sexuais, que incentivarão os mais fracos à prática dos vícios mais abjetos do ser humano, como a prática das orgias, incestos, estupros, e , a tão covarde pedofilia.

A destruição da fauna e da flora, e o banditismo, cada vez mais feroz e mais atuante, se juntarão aos criminosos internacionais em catastróficas guerras, jamais sonhadas, lideradas pelos primeiros e diabólicos Anti Cristos, que surgirão em decorrência do assustador crescimento do mal.

Tudo se dará na chegada do fim dos tempos, com término do Grande Mês (2000 anos) do Ciclo do Eterno Retorno, quando o maior dos Anti-Cristos, aparecerá com seu poderoso reino de terror, seguido logo mais, do Falso Profeta; fatos que ocorrerão antes da parusia do “Grande Messias”.

O mundo todo se tornará numa única e mais assustadora Sodoma, quando e onde, aqueles que tiverem olhos de ver poderão ler, arrependidos, no grande e sagrado livro da vida: SODOMA! O ESPELHO DA VIDA!

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