Finalizada a cerimônia de exaltação ao grau de mestre maçom, o sentimento de êxtase por tudo o que ocorreu, um ambiente fúnebre, lacrimoso e acusações pela morte do Mestre Hiram, assaltam o espírito de qualquer maçom que passa por mais esta etapa na caminhada maçônica.

A preparação do templo e a ritualística desenvolvida remetem ao recém-exaltado a lembrança da morte, tristeza, dúvidas e acusações e mais ainda, o desalento total pela perda do Mestre e a sua representação, o conhecimento, e o início da busca pela palavra perdida.

E a morte representa o fim? Ou ela é um prenúncio de uma renovação?

O início da jornada de todo maçom é com apenas três passos, o que não se sabe é qual será o caminho a trilhar e quem nos acompanhará, dispostos e com fervorosa vontade seguimos em frente e novamente surge mais uma etapa, a elevação ao grau de companheiro, onde surgirão mais dúvidas, perguntas e expectativas. Neste grau fomos apresentados à estrela e instigamos a ir mais longe.

O quanto é ir mais longe? Este caminho é longo, tem algum fim, aonde chegaremos?

Alcançar o mestrado é seguir o caminho, é mais uma estação onde muitos podem até parar para descansar ou desistir. Outros, porém, estimulados pelo exemplo de maçons mais antigos, seguem sua viagem maçônica em frente para saber o que há na próxima parada.

Ao longo de todo este trajeto estaremos sempre acompanhados, nunca sozinhos, haverá sempre um irmão próximo, que nos amparará e consolará quando assim necessitarmos. Para tanto é imprescindível que também sejamos acompanhantes.

O mestre é exortado a ensinar, ser o guia e modelo dos irmãos que estão chegando na ordem, porém para um jovem mestre maçom a caminhada está no início e sua experiência e conhecimento serão suficientes para cumprir tão importante tarefa?

Se forem bem escolhidos para ingressarem na maçonaria, estes possuirão habilitação e qualidades de sobra para ensinar, sendo esta a precípua missão de todos, devendo ser constante e valorizada. Uma loja maçônica que não privilegia o estudo, o debate, e a troca de conhecimentos entre seus integrantes está correndo o risco de torna-se apenas um local para executar o ritual e reunir-se para o ágape.

Esta reflexão visa estimular os irmãos experientes e com uma boa “quilometragem” de caminhada maçônica. O silêncio desses irmãos deve ser quebrado, recorrendo às escrituras sagradas, onde diz, “ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou coloca-a debaixo da cama. Ele a coloca no candeeiro, a fim de que todos os que entrem vejam a luz”.

Analisando sob esta ótica reforça-se que o saber não pode ser egoísta. Conhecimento é Luz!

Cora Coralina nos ensina que “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”, assim deve ser o pensamento do Jovem Mestre Maçom, que é transmitir e praticar aquilo que aprendeu, compartilhando informações e experiências, estimulando, questionando. O Jovem Mestre Maçom deve dar o seu testemunho e honrar o compromisso de ser um moderador para os novos Aprendizes e Companheiros, para que possam ser melhores do que aqueles que os treinaram.

O bom mestre é uma verdadeira ponte que liga margens e protege das águas da ignorância seus viajores.

Concluímos dizendo que a missão de um Mestre Maçom terá êxito quando seus Aprendizes, Companheiros e agora Jovens Mestres Maçons estão ensinando e tornando-se referencial para os que estão chegando!

Relembremos a recomendação de Jesus: “A messe é grande, mas poucos são os operários! Orai para que o dono da messe mande operários à sua messe!” (Mt. 9:37)

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ARLS Estrela do Sul, nº 84 Oriente de Bagé • GOB/RS ARLS Acácia das Lavras, nº 4512 Oriente de Lavras do Sul • GOB/RS

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