Na busca de manter sempre viva a Cultura Maçônica e vontade de que este trabalho trilhe pelos mais longínquos Templos da nossa Ordem, vem este singelo obreiro apresentar mais um tema polêmico, que nos dias atuais, muito precisamos saber para que possamos manter uma estrutura forte na Maçonaria.

E com isso, cabe-me alertar aos milhares de Irmãos espalhados pelo universo, sobre o peso das nove letras que formam a palavra Juramento.Essa promessa solene que pronunciamos de livre e espontânea vontade em nossos mistérios, tem uma conotação simbólica, que paulatinamente ativa o subconsciente do iniciado, fazendo-o notar a responsabilidade e dever para com a instituição.

1. JURAMENTO OU COMPROMISSO?
“É AO HOMEM QUE COMPETE SUBIR PARA IR BUSCAR A CHAVE, POIS, DECERTO, NINGUÉM VIRÁ DEPOSITÁ-LA EM SUAS MÃOS, NESTE PLANETA”.

Nos chamados Ritos Maçônicos teístas o juramento substitui o compromisso adotado pela Maçonaria Moderna.
A prática de jurar vem dos antigos maçons operativos medievais. Também, faço citar o juramento da maioria dos Ritos Contemporâneos, que mostram constantes ataques à Maçonaria. Apesar das variantes, permanecem ameaças e criticas a esse Sistema Teológico.
“PROMETO E JURO SOLENEMENTE AQUI NA PRESENÇA DE DEUS TODO PODEROSO E DIANTE DESTA RESPEITÁVEL ASSEMBLÉIA A QUAL REVERENCIO, QUE MANTEREI OCULTO…”

…QUE MEU CORPO SEJA R∴ A C∴ E ESPALHADAS SOBRE A FACE DA T∴, DE TAL MODO QUE NÃO RESTE A MENOR LEMBRANÇA MINHA ENTRE OS MAÇONS”. QUE DEUS ME AJUDE.
MASONRY DISSECTED, 1930
2ª EDIÇÃO – SAMUEL PRICHARD

Pois bem, sentimos que o objetivo desse juramento, era fazer o candidato gravar no inconsciente as suas responsabilidades e deveres, numa época em que a prática civil e criminal assim o estabelecia.
Mais tarde, na segunda edição da Constituição (1738) – o próprio Anderson, esclarece o propósito das ameaças, deixando claro que a solenidade do juramento nada acrescentava à obrigação, ou seja, o juramento obrigava por si só, existisse ou não a penalidade.

Fica claro que o segredo e o juramento remontam à Maçonaria dita Operativa.
Quando juramos, estamos invocando a divindade como testemunha.Este juramento pode ser: assertivo – quando procura atestar a veracidade de uma declaração; ou promissório – quando atesta que alguém cumprirá uma promessa.Parece ser um antigo costume adotado pela Maçonaria teísta jurar com a mão levantada.
GÊNESIS, XIV, 21 e 22 – O REI DE SODOMA, PORÉM DISSE A ABRAÃO: DÁ-ME AS PESSOAS, E TOMA PARA TI O MAIS QUE FICA. ABRAÃO LHE RESPONDEU: “EU LEVANTO A MINHA MÃO AO SENHOR DEUS ALTÍSSIMO, CUJO É O CÉU E DA TERRA”.

DEUTERONÔMIO, XXXII, 40 – “EU LEVANTAREI A MINHA MÃO AO CÉU, E DIREI: EU SOU O QUE VIVO ETERNAMENTE”.
Felizmente não adotamos o juramento solene prestado com a mão do promitente sobre os órgãos genitais do outro, considerado a fonte da vida, um objeto sagrado.GÊNESIS, XXIV, 2 E 3 – ABRAÃO JÁ VELHO “DISSE ELE POIS AO MAIS ANTIGO DOS SEUS SERVOS, QUE TINHA A INTENDÊNCIA DE TODA A SUA CASA. PÕE A TUA MÃO DEBAIXO DA MINHA COXA, PARA EU TE FAZER JURAR PELO SENHOR DEUS DO CÉU, E DA TERRA, QUE TU NÃO HÁS DE TOMAR NENHUMA DAS FILHAS DOS CANANEUS, ENTRE OS QUAIS EU HABITO, PARA A DESPOSARES COM MEU FILHO ISAAC”.
GÊNESIS, XLVII, 29 – ISRAEL “COMO ELE VISSE QUE SE VINHA CHEGADO O DIA DA SUA MORTE, CHAMOU A SEU FILHO JOSÉ, E LHE DISSE: SE EU ACHEI GRAÇA DIANTE DE TI, PÕE A TUA MÃO POR BAIXO DA MINHA COXA; E FAZE-ME O FAVOR DE ME PROMETERES COM VERDADE, QUE ME NÃO HÁS DE SEPULTAR NO EGITO”.

Finalmente é possível encontrar a ideia de que numa sociedade regenerada não há lugar para juramento, pois a palavra de um homem é suficiente.MATEUS, V, 33 A 37 – ”IGUALMENTE OUVISTES QUE FOI DITO AOS ANTIGOS: NÃO JURARÁS FALSO, MAS CUMPRIRÁS AO SENHOR OS TEUS JURAMENTOS. EU, PORÉM VOS DIGO QUE ABSOLUTAMENTE NÃO JUREIS, NEM PELO CÉU, PORQUE É O TRONO DE DEUS: NEM PELA TERRA, PORQUE É O ASSENTO DE SEUS PÉS: NEM POR JERUSALÉM, PORQUE É A CIDADE DO GRANDE REI: NEM JURARÁS PELA TUA CABEÇA, POIS NÃO PODES FAZER QUE UM CABELO TEU SEJA BRANCO OU NEGRO. MAIS SEJA O VOSSO FALAR, SIM, SIM: NÃO, NÃO: PORQUE TUDO O QUE DAQUI PASSA, PROCEDE DO MAL”.

Portanto, vimos que o próprio Livro da Lei Sagrada nos apresenta uma interpretação clara sobre a impropriedade do juramento, por que não adotar, plenamente, o compromisso como recomenda a Maçonaria Moderna?Mais, os argumentos éticos a favor do compromisso no lugar do juramento, são contundentes, pois, a ideia de comprometer se liga ao conceito existencialista da filosofia, podendo se aplicar em um sentido amplo (como fundamento de toda existência humana) ou em um sentido mais estrito (como elemento fundamental do filósofo). Portanto, esses dois conceitos são interligados, não podemos dissociar o interesse do filósofo da existência humana. E, comprometer-se filosoficamente significa vincular intimamente a teoria com a prática. Recusar-se-á assumir o compromisso significa opor-se ao solicitado, recusando-se, portanto, a aceitar o ajuste, o polimento.

Ninguém deve se comprometer, a menos que tenha compreendido a totalidade das proposições.
Exemplo histórico: A Constituição dos Estados Unidos nasceu do Grande Compromisso da Convenção de Filadélfia, e não de juramento prestado por seus notáveis ideólogos, e ninguém duvida de que a América do Norte era uma terra de virtuosos protestantes.

2. JURAMENTO DE UNIÃO
“EU JURO POR AQUELE QUE REVELOU À NOSSA ALMA A TETRAKTIS QUE TEM EM SI A FONTE E A RAIZ DA ETERNA NATUREZA”. O juramento maçônico é um procedimento muito antigo que se originou provavelmente das corporações de construtores de Catedrais ou Maçonaria Operativa. Todo Aprendiz, de construção, quando se tornava Companheiro, fazia um juramento de união, declarando fidelidade, tanto no sentido de respeitar os Estatutos da Associação, como no de manter secretos os ensinamentos recebidos.

“O ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO” DOS TRABALHADORES DE PEDRAS E PEDREIROS, NO SEU PARÁGRAFO 47, QUE DIZ: “NO ANO 1459, QUE QUATRO SEMANAS DEPOIS DA PÁSCOA, OS MESTRES E OS TRABALHADORES DESTA CORPORAÇÃO QUE ESTIVERAM EM RATISBONA (REGEMBURG), JURARAM FIDELIDADE SOBRE O LIVRO”. Em Ratisbona foi construída uma Catedral, cujos trabalhos começaram no de 1275 e findaram-se em 1524. Assim, como nas Corporações de Construtores, na Maçonaria Especulativa o juramento mantém-se no mesmo contexto; diferenciando apenas nas iniciações, onde os operativos iniciavam somente Companheiros, os especulativos iniciam Aprendizes.

Na Maçonaria Operativa os Aprendizes vinham livremente e passavam a ser observados por um período de cinco anos, para se tornarem Companheiros. Também tinha esta Maçonaria um único juramento, o de (Companheiro). No ato da iniciação, o candidato deve prestar um compromisso solene, o qual deve ser contraído livremente sem reserva mental, ou seja, sem coação.

O ASPECTO PSICOLÓGICO
Antes, porém, de assumir a responsabilidade perante os demais e perante a Ordem em si, para o candidato é lida uma fórmula de juramento para que o mesmo possa refletir sobre ela e, decidir livremente sobre sua aceitação.

A cada um dos graus sucessivos em que se é iniciado, esse juramento de fidelidade é renovado, ou seja, faz-se um novo juramento para reforçar os laços de união fraternal. Mas saliento que o mais importante deles é aquele prestado pela ocasião da iniciação na Ordem.

O juramento é sem dúvida, mais um símbolo transformador, e dos mais importantes no processo, pois, na medida em que se realiza, provoca alterações na esfera do subconsciente. É exatamente, nesse ponto que se cria o vínculo de fidelidade. O efeito transformador do símbolo do juramento é diretamente proporcional à perfeição da dramatização do processo iniciático em si.

O juramento, na iniciação é feito em duas oportunidades e, não por acaso, mas sim para realmente conseguir os efeitos desejados.Primeiro, é aquele feito sobre a Taça das Libações ou Taça Sagrada, onde se bebe da bebida doce que se transforma em amarga, da boa e da má sorte. Nesse momento cria-se um clima emocional intenso, cujo objetivo é o de provocar uma sobrecarga dos sentidos, onde o paladar é extremamente afetado e a mente é confundida pelo esbravejar das palavras que invocam um sentido de culpa.
A salutar bebida que se transforma em um sutil veneno, a acusação feita de forma drástica nas palavras do VM∴ e a retirada do profano do altar, constitui, na verdade, os passos do processo de condenação por perjúrio. O amargor da bebida revela e constitui prova do flagrante delito, visto que a culpabilidade pelo perjúrio é mostrada plenamente pela alteração no semblante do profano, que tem os músculos faciais contraídos reflexamente.

Na sequência, o esbravejar pronunciado pelo VM∴, pondo em dúvida a sinceridade e a pureza de caráter do iniciado, constitui a acusação do crime perjúrio e, ao ordenar impiedosamente que o profano seja retirado do oriente, está fazendo uma condenação por expulsão. Nesse ponto, são marcados na consciência do postulante os efeitos físicos e psicológicos resultantes de uma traição. Aqui o símbolo do juramento constitui sua parte significante, a qual mergulha no inconsciente onde irá exercer seu efeito à distância.

O drama constituído tem como objetivo criar o efeito psicológico da imprecação do juramento. Como se sabe, o juramento em si é um texto que constitui uma fórmula, uma declaração, que de certa forma é tão fria como um contrato no qual o elemento mais importante, a assinatura, é que dará condições para ações legais, caso não seja cumprido.

No juramento não existe, no contexto atual, a marca do lápis, mas sim o testemunho de um trauma no subconsciente que traz a sombra negra do castigo que espreita vigilante em nossa alma.
Esse primeiro juramento por trauma psicológico constitui, de certa forma, uma preparação para o próximo e definitivo, que virá em seguida, ou seja, ele faz com que o profano realmente entre em sintonia com aquilo que está realizando. É uma chamada de atenção para fazer emergir os elementos da razão onde tal fato fica gravado como lei.

A ESTRUTURA DO JURAMENTO
O juramento se constitui de três partes a considerar.

INVOCAÇÃO – É a parte que constitui o apelo, feito a entidade maior, o G∴A∴D∴U∴, que testemunha o ato e, de certa forma, fica com o avalista. O homem tem em seu subconsciente, a imagem arquétipa do DEUS de (Moisés e Salomão). O cristianismo passou isso. Assim, o homem tem em DEUS, a imagem da vingança e do amor. Com isso, o ato de fidelidade além de seu valor funcional tem também agora um sentido sagrado. Este fato tem valor sublime na consciência das pessoas de boa formação moral e religiosa.
PROMESSA – Constitui o objeto do juramento. É a declaração daquilo que se impõe promessa e permite a aceitação ou não de seu conteúdo. Este conteúdo é algo elaborado com perspicácia procurando tirar o máximo do significado psicológico das palavras, onde atua no subconsciente o vínculo de cumplicidade, a lealdade perante DEUS e os Irmãos.

IMPRECAÇÃO – É o castigo a que será submetido, caso venha faltar com o compromisso assumido perante DEUS e os Irmãos. É a parte mais importante do ato, junto com a invocação, pois, sem ela o juramento em si não tem efeito algum. Um maçom verdadeiro pode até por alguma razão abandonar seus companheiros de segredo, mais jamais desvelará seu conteúdo, porque tem o G∴A∴D∴U∴ como avalista e, uma cicatriz profunda na alma que jamais será removida e, estará ali para sempre, para lembrá-lo de seu compromisso de fidelidade.
O juramento é um compromisso definitivo para quem o faz, não dá para voltar atrás, não é possível rescindi-lo, sem se tornar perjuro.

Para mostrarmos melhor a ideia das partes do juramento, reproduzo alguns trechos de um juramento, destacando-se as três partes. INVOCAÇÃO – JURO E PROMETO DE MINHA LIVRE VONTADE E POR MINHA HONRA, EM PRESENÇA DO G∴A∴D∴U∴ E DOS MEMBROS DESTA…
PROMESSA –… NUNCA REVELAR OS MISTÉRIOS DA MAÇONARIA QUE ME VÃO SER CONFIADOS…
COMPROMETO-ME DEFENDER E PROTEGER MEUS IRMÃOS EM TUDO QUE PUDER E FOR NECESSÁRIO E JUSTO; PROMETO, AINDA, CONSERVAR-ME CIDADÃO HONESTO E DIGNO, AMIGO DA FAMÍLIA E NUNCA ATENTAR CONTRA NINGUÉM… PROMETO SEGUIR AS LEIS E OS REGULAMENTOS DA ORDEM E SUAS DECISÕES LEGAIS…
IMPRECAÇÃO -… CONSINTO, SE FALTAR COM MINHA PALAVRA EM SER EXCLUÍDO DA SOCIEDADE DE HOMENS DE BEM QUE VERÃO EM MIM UM ENTE SEM HONRA E SEM DIGNIDADE. …QUE SEJA-ME A∴ L∴ E O P∴C∴…

O ASPECTO ESOTÉRICO
A palavra juramento é derivada do latim, sacramentum, que significa sagrado, pois, o juramento é sagrado desde que a inovação seja feita a uma divindade como garantia.

Ao prestar juramento o profano o faz de forma Ritualística, no altar dos juramentos. Postando-se em frente ao altar, e sobre o J∴D∴ assume uma atitude de submissão, ou seja, de aceitação a uma lei maior. Significa concordância aos princípios da Ordem, uma devoção à causa que começa a abraçar e, ainda, uma veneração ao G∴A∴D∴U∴. Ao mesmo tempo, o espírito puro e limpo de devoto, recebe o fluxo de uma corrente energética, a qual atua como elo entre as energias da terra e do ar. Este apêndice de ligação é o fio que mostrará o caminho de saída das paixões materiais do EU inferior (Terra) rumo à estrela setenária, plano superior do EU (Ar), em busca do EU SOU.

Prosseguindo o J∴E∴permanece em forma de esquadro, simbolizando a fixidez, a estabilidade, a retidão, a firmeza de propósitos, que são os objetivos do juramento. A M∴D∴ no Livro da Lei, significa que o profano deve aceitar a verdade plenamente e por ela viver, porque o homem que não vive pela verdade jamais conseguirá sorver o doce néctar da felicidade plena.
A aceitação da verdade é acessão da palavra divina, é entrar em sintonia com a consciência cósmica, o verbo transformador da individualização do EU, a lei natural da evolução do espírito. A M∴E∴ no compasso (espírito), cujas pontas se apoiam no P∴ sobre o chakra correspondente, representam a harmonia que se estabelece com a centelha perdida na matéria do homem, com o espírito divino.
A união do corpo (matéria) com o compasso (espírito) nesse momento define e põem em sintonia dois planos: O humano, profano e consciente, com o sublime, sagrado e inconsciente, onde o elemento de comunicação é o símbolo. O juramento como ato esotérico significa o princípio da abertura na janela da alma, que faz surgir os primeiros raios da luz que corta as trevas do EU (inferior) e que virá iluminar seus passados rumo ao EU (superior).

3. JURAMENTO OLVIDADO
SALMO 136, 5 E 6 – SE ME ESQUECER DE TI, JERUSALÉM, A ESQUERCIMENTO SEJA ENTREGUE A MINHA DIREITA.

FIQUE PEGADA A MINHA LÍNGUA ÀS MINHAS FAUCES, SE EU NÃO ME LEMBRAR DE TI: SE NÃO ME PROPUSER A JERUSALÉM, COMO PRINCIPAL OBJETO DA MINHA ALEGRIA. Pretendo aqui, chamar a atenção para o maçom que não vem cumprindo como era de se esperar, o juramento que solenemente prestou quando da sua iniciação.
Com a M∴D∴ sobre o Livro da Lei e, ainda, diante de uma assembleia de maçons reunida em uma Loja Simbólica legal e regularmente constituída, o declarou em alto, e bom som, de viva voz, aceitar e cumprir todas as obrigações perante a Ordem, bem como se submeter às penas a que estaria sujeito na hipótese de transgressão às normas instituídas pela Constituição, Regulamento e Landmarks, ao qual estamos jurisdicionados.

Entendemos que se falta ao maçom o hábito do respeito à Ordem, à disciplina e não seja afeito a pratica de boas ações e da filantropia, não podemos esperar promissor futuro para esse tipo de homem que, enganadamente, pensou que seria um bom obreiro da Arte Real. Advindo a decepção, não adianta lamentarmos a perda de tempo, do trabalho de convencimento e as frustradas tentativas visando à recuperação de um Irmão que caiu na vala comum, onde deliberadamente permanecem aqueles que intimamente negaram ou ainda negam os seus juramentos sagrados, prestado solenemente.

Ao buscarmos identificar as causas do esvaziamento das Lojas Maçônicas, incidimos sempre num circulo vicioso, aonde vamos nos deparar, lá no ponto de encontro, com a sindicância.
No modelo atual de proposta para a admissão de novos candidatos, inclusive nas sindicâncias dá-se um valor extraordinário ao pronunciamento da esposa do candidato, se este é casado, que é questionada sobre a sua concordância sobre a pretensão do esposo em desejar ingressar na Maçonaria. O que não sabemos é se essa manifestação, quando favorável, nasce espontaneamente ou se sofre alguma manipulação.
Dessa forma, sendo a esposa cúmplice em face da sua anuência em ter um esposo maçom, compete a ela, por acréscimo, zelar por essa singular condição do companheiro, acompanhando a sua trajetória pelas atividades maçônicas, incentivando-o para que seja assíduo na frequência aos trabalhos em Loja, podendo, inclusive, como esposa, integrar a uma das entidades paramaçônicas femininas, que estão realizando, excepcional trabalho filantrópico e de assistência aos menos favorecidos da nossa sociedade. Diante disso, não consentir que o esposo não perca seu entusiasmo pela causa maçônica, que o levou a eleger, como opção de vida, a convivência salutar entre homens livres e de bons costumes, devotados ao desenvolvimento e ao bem estar da humanidade, firmes no combate aos vícios e ao obscurantismo.
O juramento do maçom, prestado diante do Livro da Lei, sintetiza uma promessa de vida austera, comprometida com a verdade e a justiça, jamais podendo ser esquecido por quem o fez solenemente, na presença espiritual do G∴A∴D∴U∴, criador de todas as coisas.
“NÓS SOMOS O QUE FAZEMOS. O QUE NÃO SE FAZ NÃO EXISTE. PORTANTO, SÓ EXISTIMOS NOS DIAS EM QUE FAZEMOS. NOS DIAS EM QUE NÃO FAZEMOS APENAS DURAMOS”.
PADRE ANTÔNIO VIEIRA

VOCABULÁRIO – DICIONÁRIO KOOGAN LAROUSSE E AURÉLIO

ARQUÉTIPO – s.m. 1 – Modelo de seres criados.
2 – Padrão, exemplar, modelo, protótipo.
COMPROMISSO – s.m. Ato pelo quais Litigantes se sujeitam
a acatar a decisão de um terceiro: Preferir um compromisso
a um processo. / Obrigação, promessa mais ou menos solene / acordo.
ESPREITA – s.f. 1 – Ato de espreitar.
2 – Observação vigia atalaia, espionagem.
FIXEDEZ – s.f. Qualidade do que é ou está fixo. Fixidade.
JURAMENTO – s.m. Ato de jurar. / Fórmula usada para o juramento // Fazer ou prestar juramento, fazer afirmação ou promessa solene em que se invoca por testemunho coisa ou entidade tida como sagrada. // Juramento hipocrático, juramento que fazem os médicos no ato da formatura.
IMPRECAÇÃO – s.f. 1 – Ato de imprecar.
2 – Rogo, súplica. 3 – Praga, maldição.
INVOCAÇÃO – s.f. 1 – Ato ou efeito de invocar; invocatória.
2 – Pedido de proteção divina para a fundação duma igreja ou
de qualquer instituição.
OLVIDAR – v.t.d. 1 – Perder de memória; não se lembrar de; esquecer.
2 – Deixar cair no esquecimento. 3 – Não se lembrar; esquecer-se.
4 – Adj. OLVIDÁVEL.
PERJÚRIO – s.m. 1 – Ato ou efeito de perjurar. 2 – Juramento falso.
PERSPICAZ – adj. 1 – Que vê bem; que observa; penetrante.
2 – Dotado de agudeza de espírito, ou que denota essa qualidade;
sagaz; observador. 3 – Inteligente, talentoso.
SINDICÂNCIA – s.f. 1 – inquérito; sindicação. 2 – Bras. A função
do síndico; sindicato. 3 – Bras. O exercício dessa função; sindicato.
TEÍSTA – adj. Relativo ao teísmo. / s.m. Partidário do teísmo.
TEÍSMO – s.m. Doutrina que afirma a existência pessoal de
DEUS e sua ação providencial do mundo.

BIBLIOGRAFIA
COSTA, Frederico Guilherme. A Maçonaria Dissecada
Editora Maçônica A Trolha.
OLIVEIRA, Welington B. Um Conceito de Maçonaria – Editora A Trolha
RIBEIRO, Moacir C.O CRAVO – Revista Maçônica Universo.
EDELBRA – Indústria Gráfica e Editora Ltda.. Bíblia Sagrada.
Tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo. 1979; Erechim – RS.
https://www.solbrilhando.com.br/Sociedade/Maconaria/Artigos/
Juramento_ou_Compromisso.htm

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